A Busca da Alta Linhagem

Temos que saber trabalhar essa questão

Embora pareça óbvio, é mais ou menos por aí.

Realmente o indivíduo não precisa dominar toda a genética, mas precisa saber o mínimo dos mínimos, como diz a netona filósofa (agora está deixando de ser filósofa e se tornando monetarista. Eheheheheh): que os filhotes recebem patrimônio genético do pai e da mãe, que esse patrimônio é transmitido pelos gens, que para determinada característica física ou psicológica recebe gens do pai e da mãe, que esses gens da mãe para determinada característica podem dominar os dos pais para essa mesma característica e vice-versa, etc.

Cabe ao criador selecionar o que pretende na criação, usando não só o seu olho clínico como outras qualidades exigidas:

-Não ter a cegueira do canaril, vendo nos seus pássaros qualidades que eles não têm;

-Objetivos bem definidos do que quer;

-Metodologia para alcançar os objetivos;

-Perseverança e paciência porque nada acontece em pouco tempo;

-Ouvir, ouvir, ouvir e pouco falar; ou ler, ler, ler…;

-Humildade para aceitar conselhos e corrigir erros;

-Não ter preconceitos;

-Coragem para voltar atrás e começar tudo de novo;

-Planejamento e não esperar pela sorte ou que tudo caia do céu;

-Gostar do que faz para não deixar tudo nas mãos de terceiros. Em cinofilia dizem que é gostar de sentir o cheiro da boca do filhote;

-Ter algum money, bons amigos, prestígio ou bom papo para conseguir bons pássaros;

-Saber que, nem sempre, o pássaro caro e ganhador de troféus é o ideal para o seu plantel;

-Ter frieza para não se envolver emocionalmente com alguns pássaros que jamais terão alguma utilidade na seleção, etc,etc,etc.

Portanto, fifty to fifty entre genética e selecionador.

Abraço.

José Carlos.

Escrito por José Carlos Pereira, em 14/12/2004