Consanguinidade – Os benefícios que traz na Criação

Stéphane Vansteelant

Utilidade e utilização da consangüinidade na criação

Muito elogiado por alguns que declaram ser esse método excelente se as linhagens são de boa qualidade, por vezes ele é execrado por outros experts. Os criadores foram por muito tempo geralmente hostis ao método da consangüinidade, muitas vezes com veemência, apesar de que muitas raças de animais foram desenvolvidas inteiramente desta forma.

A consangüinidade é um método de reprodução no qual são associados reprodutores de uma mesma família, aparentados por graus mais ou menos próximos. Efetivamente, segundo uma codificação precisa, há tantos graus de parentesco de gerações em linha direta quanto em linha colateral, remontando ao mesmo ancestral.

Assim, entre um pai e seu filho há um parentesco dito de 1º grau. Da mesma forma, o parentesco dito de 2º grau entre um avô e seu neto, mas também entre um irmão e sua irmã.

O parentesco será de 4º grau entre primos-irmãos. A consangüinidade será portanto decrescente na ordem seguinte: irmão x irmã, meio-irmão x irmã, sobrinho x tia.

A partir daí, a consangüinidade colateral é utilizada freqüentemente com muito bons resultados, sob a condição de que os exemplares utilizados sejam “de elite”. Ela permite realmente um alto grau de uniformidade no tipo e em algumas outras características.

Através da consangüinidade, pode-se concentrar nos indivíduos reproduzidos os genes de um ancestral que já tenha sido utilizado muitas vezes naquela linhagem.

A consangüinidade, também, tende a separar em famílias distintas, cada uma remontando a um determinado ancestral, do qual se tenha desejado fixar as características.

Entre essas famílias é impossível praticar uma seleção familiar. A consangüinidade linear aumenta notavelmente a homozigose e o “poder raçador”. Nós retornaremos posteriormente a estes dois pontos.

As aplicações práticas da consangüinidade linear são interessantes para se considerar. É evidente que se um certo macho produziu, com fêmeas diferentes, filhotes de qualidade superior à de suas mães, não se deve hesitar em utilizar o poder raçador deste reprodutor e fixar suas características.

Deve-se, portanto, aumentar a relação de parentesco entre seus descendentes e ele mesmo por utilização de consangüinidade em linha direta. Se o reprodutor tiver morrido, poderá ser utilizado indiretamente através de seus descendentes: nesse caso, sempre é importante aplicar rapidamente o método de consangüinidade em linha antes que a relação de parentesco entre os ditos descendentes daquele reprodutor torne-se mais baixa. Será mesmo conveniente recorrer à consangüinidade colateral entre primos-irmão.

Uma outra aplicação da consangüinidade linear é o estabelecimento de uma linhagem, problema que pode se apresentar a alguém que começar uma criação.

Para estabelecer a linhagem, é necessário inicialmente adquirir exemplares de excelente qualidade, em perfeitas condições de saúde e plenamente de acordo com os padrões da raça.

As fêmeas deverão ser acasaladas com um único macho, originando da mesma linhagem que elas, descendente portanto de um mesmo reprodutor.Esses cruzamentos permitirão a obtenção de filhotes dentre os quais se poderão selecionar os melhores.

Nos casos em que esse procedimento não seja possível, poderíamos partir de uma única fêmea como base. Ela deverá ser acasalada inicialmente com um excelente macho de uma linha de sangue diferente e depois com outro macho igualmente bom, mas com algum grau de parentesco com aquele utilizado da primeira vez.

Deveremos selecionar os melhores filhotes dessas duas ninhadas, que na temporada seguinte serão acasalados entre si e produzirão filhotes de qualidade homogênea, teoricamente muito boa.

Se após algum tempo de utilização de consangüinidade em linha aparecerem sinais de que ela tornou-se muito estreita na linhagem (os sinais de alarme mais comuns são o aparecimento de indivíduos instáveis, doentes e também a diminuição da vitalidade reprodutora dos jovens exemplares produzidos), poderá ser necessário introduzir “sangue” novo. É o chamado “outbreeding”. A melhor maneira de fazê-lo sem danificar o trabalho anteriormente desenvolvido será procurar um reprodutor com 50% de sangue diferente.

Na prática, deveremos reintroduzir na linhagem um macho que seja filho de um reprodutor da linhagem desenvolvida por consangüinidade com uma fêmea de linhagem totalmente diferente. A consangüinidade que tende a aumentar o número de produtos homozigotos faz também aparecer todas as taras e todas as características defeituosas que por ventura existam na linhagem no estado recessivo.

Assim, quando essas características aparecem deve-se proceder a uma seleção implacável e guardar para reprodução apenas os indivíduos que tenham produzido os filhotes mais saudáveis, melhor constituídos, os mais próximos do padrão.As possibilidades de se alcançar o progresso almejado são maiores quando se utilizam para a reprodução em consangüinidade exemplares escolhidos segundo a observação do genótipo de seus descendentes, pois só assim teremos certeza de que eles possuem os genes desejados.

A porcentagem de indivíduos homozigotos aumenta dentro de uma determinada população com os acasalamentos consangüíneos (lei de Hardy) na mesma proporção em que aumentam as chances da transmissão de um determinado caractere dos genitores ancestrais, macho ou fêmea.

Por uma estreita consangüinidade a probabilidade de obtenção de indivíduos heterozigotos diminui sensivelmente: eles tendem a desaparecer devido à utilização dos acasalamentos consangüíneos, pois só os indivíduos subsistem enquanto se aproxima mais a homogeneidade da população.

É evidente que a consangüinidade estreita, mais ou menos incestuosa, como a indicada nos exemplos anteriormente citados é a chamada “in and in” dos anglo-saxões, consistindo em acasalamentos entre pai e filha, filho e mãe, irmão e irmã.

O risco de aparecimento de taras recessivas é evidente o mesmo do surgimento das características desejadas, e é isso que justifica o aforimo de lush: A consangüinidade não é crime, ela descobre o crime. As taras, os defeitos e as qualidades são condicionados por genes que, por vezes recessivos, aparecem graças à homozigose, já que estavam mascarados anteriormente pela heterozigose dos genitores ancestrais.

Utilidade e utilização da consangüinidade na criação II

Uma consangüinidade distante consiste no manejo de indivíduos pouco aparentados. O inbreeding ou cruzamento entre parentes é a aliança de dois indivíduos que estão separados por três a quatro degraus de parentesco. O “line breeding” é aquele em que os exemplares acasalados estão separados por quatro ou cinco degraus de parentesco. Então, quando se fala de consangüinidade distante, significa que mais de cinco degraus de parentesco separam os reprodutores acasalados.

Os resultados da consangüinidade são sempre rápidos, contrariamente aos obtidos por simples seleção. A rapidez é mesmo chocante quando se trata de cruzamentos de “inbreeding” repetidos.

A utilização da consangüinidade gera controvérsias há muito tempo, e o problema é pouco esclarecido devido à parcialidade dos criadores e à inexatidão dos ensinamentos tirados de experimentos e ensaios práticos. A utilização prática da consangüinidade exige certas precauções, resultantes da estrita observação de regras bem codificadas pelo Dr. Roplet, que serão apresentadas nas linhas a seguir:

– Regra 1:

A consangüinidade que tende à homozigose produz a pureza, mas somente para a qualidade considerada pelo criador. Isso quer dizer que se os caracteres que o criador deseja melhorar beneficiam-se efetivamente desse método, outros caracteres não considerados irão degenerar-se. Isso pode acontecer por negligência, por escolha ou por impossibilidade material (números de casais utilizados) de eliminar os pássaros recessivos para esses caracteres secundários.

Portanto, deve-se absolutamente evitar o abandono provisório da melhoria de certos caracteres considerados como secundários e também a concentração de espécies de esforços unicamente na melhoria das qualidades primordiais, contando reverter posteriormente a situação, para então voltar a trabalhar aquilo que se tenha momentaneamente desconsiderado.

Efetivamente, se uma determinada característica é negligenciada, os indivíduos criados não mais a portarão, por resultado da homozigose (lei de Hardy) e não será mais possível reintroduzi-la, exceto pela infusão de “sangue novo” que, invariavelmente, provocará a destruição de todo o trabalho já realizado.

Há evidentemente necessidade de considerar-se numerosas características, uma vez que ocupando-se unicamente de trabalhar as qualidades de tipo (melanina), podem ser pioradas outras características (forma, lipocromo, etc…).

– Regra 2:

Os efeitos nocivos da consangüinidade podem ser decorrentes da heterozigose, sempre devido a cruzamentos em “outbreeding” nas gerações anteriores.

Paradoxalmente, a consangüinidade aumenta nesse caso a variabilidade e a freqüência do aparecimento de características indesejáveis, mas o grande erro seria voltar aos acasalamentos com outros indivíduos portadores de uma variabilidade de caracteres ainda maior.

O único remédio consiste na continuação de uma consangüinidade estreita com seleção rigorosa dos recessivos e sua eliminação da reprodução.

Na prática, a aplicação da consangüinidade em cruzamentos com linhagens estranhas (outbreeding) produz indivíduos com características indesejáveis. Portanto, a única solução é continuar a usar a consangüinidade.

Pode-se concluir daí que a consangüinidade é muito mais vantajosa e benéfica em curto tempo se praticada com exemplares já relativamente aparentados ao invés de uma população com linhagens diversas.

Podemos inferir que o criador terá o maior interesse em testar a descendência para evitar a heterozigose. O resultado será uma produção de grande homogeneidade, com alta porcentagem de indivíduos de boa qualidade. Esses indivíduos serão quase idênticos e formarão facilmente quartetos de muita harmonia.

– Regra 3:

Não se deve jamais utilizar reprodutores inferiores ao ideal desejado pelo criador.

A consangüinidade não traz bons resultados quando a freqüência genética de uma característica desejada é baixa.

É claro que o criador busca fixar essa característica favorável.

Ele deve , portanto, fazer acasalamentos entre famílias aparentadas, até que produzam um número suficiente de indivíduos excelentes para, só então, começar a utilizar a consangüinidade planejada.

O número de indivíduos excelentes deverá ser grande, porque sempre haverá muitos exemplares de fenótipo inferior para se eliminar.

Durante as quatro ou cinco primeiras gerações, deve-se acompanhar cuidadosamente não a qualidade particular de um único indivíduo, mas sim a qualidade dos melhores exemplares, que serão os únicos utilizados como reprodutores.

– Regra 4:

Não se deve nunca utilizar exemplares defeituosos (homozigotos recessivos para uma determinada característica indesejável), uma vez que o acasalamento de dois pássaros defeituosos produzirá com certeza apenas indivíduos defeituosos, e não se poderá jamais voltar à dominância heterozigótica sem “outbreeding”.

Por outro lado, a obtenção de uma característica dominante homozigota dispensa a seleção posterior de tal característica.

– Regra 5:

É desejável que os criadores trabalhem em estreito acordo, em parceria mesmo, cada um selecionando linhagens diferentes mais de características igualmente boas.

O desenvolvimento simultâneo de várias linhagens é efetiva garantia contra a involuntária mas inevitável perda de genes resultante da consangüinidade.

Poder introduzir um macho ou fêmea de excelente qualidade nessas diferentes linhagens permitirá a superação de eventuais problemas, assim como evitará chegar-se a um impasse definitivo.

Por outro lado, coisa muito comum na criação, a data de separação de diversas linhagens não é nunca muito antiga, e facilmente podemos perceber que muitos exemplares em nossas criações têm ancestrais comuns, provenientes de um criador líder na época da aquisição do plantel.

Desta forma, se o criador não praticou continuadamente o “outbreeding”, a impureza resultante dos acasalamentos de exemplares de diferentes linhagens não será jamais muito grande ou muito grave, assim como os cruzamentos com pássaros estranhos não produzirão perturbações muito importantes.

Utiliza-se, portanto, a consangüinidade quando se deseja produzir exemplares muito próximos daqueles que admiramos.

Desta forma, aumenta-se o coeficiente de parentesco que naturalmente seria reduzido à metade a cada geração, se não utilizarmos a consangüinidade.

Além disso, a consangüinidade apresenta uma enorme vantagem que justamente vem sendo desconsiderada pelos criadores há muito tempo: ela ajuda na seleção de genes desfavoráveis, ao fazer aparecerem indivíduos portadores dessas características.

Essa concentração de características indesejáveis em determinados indivíduos facilita a sua eliminação: basta retirar da reprodução esses exemplares.

O ideal seria que um filhote de cada ninhada acumulasse todos os defeitos.

A consangüinidade permite igualmente a formação de famílias distintas, oferecendo-nos assim a possibilidade de uma seleção mais severa que aquela feita entre indivíduos quaisquer, sobretudo quando consideramos as características de difícil transmissão.

A consangüinidade permite, enfim, testar o valor hereditário de um macho [b]”raçador”.[/b]

O teste da consangüinidade incestuosa serve como prova e constitui o teste mais rigoroso do valor hereditário de um macho. Esse é o maior mérito do método, permitir a criação de indivíduos fortemente homozigotos, qualificados como “raçadores”.

O poder raçador de um reprodutor é a capacidade de imprimir em seus descendentes características tais que os façam parecer-se com seus pais e entre si, mais que o normal.

Utilidade e utilização da consangüinidade na criação III

Em zootecnia, é comum designar-se pelo termo “hereditariedade unilateral” o fato de um produto parecer-se unicamente com um de seus pais.

Apenas um dos seus ascendentes transmitiu as características visíveis. Tudo se passa como se esse ascendente agisse sozinho,como se o produto fosse fruto unicamente de seus genes, quase um clone.

Um reprodutor que possua essa qualidade é evidentemente um excelente raçador, possuindo a capacidade de transmitir suas características a toda sua descendência, sendo chamado por isso de um marcador de linhagem.

Em contrapartida, alguns exemplares que brilham nos concursos, apesar de belos, não passam de reprodutores medíocres.

A qualidade de “raçador”, como bem define o Prof. Jean Blain, não é outra coisa senão a posse, por um reprodutor, de caracteres dominantes que se transmitem na primeira geração. É capacidade à qual se deve saber atribuir limitações e que a simples seleção não permite manter.

Se a consangüinidade não for utilizada, não há qualquer razão, segundo o Prof. Blain, para que as características dominantes continuem a aparecer na totalidade dos sujeitos da segunda geração.

Se as boas características de um raçador persistem após várias gerações pode-se dizer que os sujeitos portadores de caracteres recessivos não considerados foram eliminados.

Como nós vimos, é melhor usar a consangüinidade estreita a partir de um bom reprodutor que a consangüinidade distante a partir de um reprodutor médio.

Na prática, não existem reprodutores que transmitam apenas suas características, mas há reprodutores quepossuem características que se impõem.

Reportando-nos às leis de Mendel, o abecedário da criação, é fácil constatar que um reprodutor que possua caracteres dominantes em dose dupla (homozigose) os transmitirá obrigatoriamente à sua descendência, ao passo que um reprodutor que possua esses mesmos caracteres em dose simples (heterozigose) os transmitirá a apenas 50% de seus descendentes.

Basta que o número de filhotes seja pequeno, para que o acaso faça com que nenhum deles se pareça com seu pai heterozigoto.

De tudo que foi visto até aqui, podemos afirmar que as diversas causas do poder “raçador” de um indivíduo são:

– a homozigose – se o reprodutor for homozigoto, ele produzirá apenas os genes que nós selecionamos. Portanto, o poder “raçador” é diretamente proporcional ao número de genes desejáveis para os quais o pássaro é homozigoto.

– a dominância – um descendente que receba um gen dominante exteriorizará apenas o efeito desse gen. Portanto, o valor reprodutor será máximo se todos os genes desejáveis forem dominantes, e em estado de homozigose.

– a epistasia – fenômeno pelo qual um determinado caractere depende de uma combinação de vários genes que individualmente produziriam um efeito nulo ou defeituoso. Normalmente, essa combinação epistática tende a rarear a cada nova geração, e portanto a consangüinidade linear permite aumentar sua probabilidade de acontecer.

O valor do poder “raçador” de um indivíduo é função dos acasalamentos praticados. Os defeitos são freqüentemente devidos a genes recessivos, e um reprodutor “raçador” pode possuí-los em heterozigose.

Em caso de acasalamento com um outro exemplar qualquer, aparentemente não defeituoso, mas igualmente heterozigoto para o defeito considerado, esse defeito poderá manifestar-se como em qualquer outro acasalamento entre pássaros heterozigotos.

Enfim, o poder “raçador” é transmissível apenas naquelas características concernentes à dominância.

A homozigose de um macho reprodutor não se repetirá em seus filhos, a não ser que as fêmeas com as quais for acasalado também sejam homozigotas para as características desejadas.

Conclui-se que um alto grau de homozigose só pode ser obtido após numerosas gerações sucessivas, e pode ser facilmente destruído por um único cruzamento em “outbreeding”.

Vemos, portanto, que na criação deve-se buscar um equilíbrio entre as características procuradas e as indesejáveis. este equilíbrio depende da habilidade do criador e de seus conhecimentos, mas depende também do seu “capital inicial” e em particular da abundância de genes indesejáveis.

Em fim, o criador deve preservar esse equilíbrio reservando-se o direito de recorrer a outras linhagens consangüíneas, para corrigir eventuais problemas e para reintroduzir genes favoráveis perdidos em sua própria linhagem, devido a erros de manejo ou a situações imprevistas.

É conveniente lembrar que fundar uma linhagem é praticar a consangüinidade “in” e “in”. Perpetuar uma linhagem, fixar um novo caractere ou melhorar uma raça decorrem da prática de uma consangüinidade mais ou menos estreita, que não se deve hesitar em usar.

O coeficiente de consangüinidade a partir do qual começa o perigo é função do objetivo, da exatidão dos testes, da abundância dos genes indesejáveis, da porcentagem de eliminação possível, da velocidade de reprodução e das habilidades do criador.

A consangüinidade ajuda na seleção contra os genes desfavoráveis ao fazê-los aparecer, e ao permitir a eliminação dos exemplares que os possuam.

Se o número de genes recessivos é muito grande, a consangüinidade revelar-se-á impossível e a seleção não poderá ser levada a seu termo, uma vez que não será possível alcançar o objetivo desejado.

O criador de animais, qualquer que seja a espécie ou raça, deve convencer-se de que não há seleção possível ou válida sem consangüinidade, assim como não há consangüinidade benéfica sem seleção.

A produção é uma arte sutil que exige competência e habilidade, paciência e dinamismo, e também um permanente questionamento.

Finalmente, é de uma judiciosa utilização da seleção, da consangüinidade e do “outbreeding” que depende o desenvolvimento de cada raça de pássaros que criamos, fazendo-nos incansáveis pesquisadores/criadores, permitindo a nós, humanos que somos, reencontrarmo-nos e desenvolvermos calorosas relações de amizade.

fonte: Revista Brasil Ornitológico – Publicada pela FOB – Federação Ornitológica Brasileira

Editado por Ivan de Sousa Neto

Escrito por Stéphane Vansteelant, em 12/4/2004