Pólen
Estudo do pólen
A) ESTUDO EXPERIMENTAL:
Depois de séculos, a medicina empírica usava abundantemente os pólens aos quais ela atribuía múltiplas virtudes.
Os apicultores conheciam igualmente, já depois de muito tempo, a importância do pólen na vida da colméia notando que as famílias de abelhas mais vigorosas eram as que tinham feito armazenamentos importantes do pólen desde a primavera.
O pólen representa, na verdade, o principal alimento das abelhas ( o mel chega só na 2a categoria ), e é a razão pela qual os apicultores a chamam comumente de maneira imaginária: o pão das abelhas, ou melhor: o beefsteack das abelhas.
Diante dessas constatações, a idéia desenvolve-se de que o pólen poderia talvez apresentar um interesse não desprezível em dietética e em medicina, e merecia então um estudo científico completo a fim de determinar sua composição e suas verdadeiras propriedades.
Mas se desde o fim do século XIX, os pesquisadores se prendiam a explicar sua composição química ( especialmente nos EUA, Japão, Escandinavia e França ), foi só mesmo depois de 1950 que foram empreendidos os estudos analíticos e experimentais muito importantes ( em particular no Laboratório de Pesquisas Apícolas de Bures-sur-Yvette, perto de Paris ).
Desses múltiplos trabalhos, tanto no animal ( e mais precisamente os do Pr. Rémy CHAUVIN sobre o rato ) como no homem, foi resgatado progressivamente um bom conhecimento desse pólen de flores e do que poderia-se obter em um quadro alimentar e médico.
Nós devemos observar essencialmente os elementos seguintes:
– de um lado, inocuidade absoluta deste alimento natural no homem e no animal;
– de outro lado, colocar em evidência:
* de um princípio acelerador de crescimento em que a natureza exata ainda não foi demonstrada;
* de uma ação sobre a reprodução pela presença verosimilhável de uma substância à poderosa ação gonadotrófica;
* da existência efetiva de substâncias antibióticas ativas em todos os tipos de colibacilos e em certos tipos de PROTEUS e de SALMONELLES ( ver sobre isso os importantes trabalhos de Pierre LAVIE);
– enfim, a realidade de um certo número de vantagens nutritivas, energéticas e metabólicas, e mais particularmente:
* uma ação reguladora das funções intestinais;
* um aumento da taxa de hemoglobina no sangue nos anêmicos, e particularmente nas crianças;
* uma rápida retomada do peso nas pessoas que tinham emagrecido;
* uma rápida retomada das forças nas pessoas cansadas, em particular nos convalescentes;
* o estímulo de humor psíquico com um notório efeito euforisante;
* um aumento da vitalidade em geral.
É interessante rel atar aqui os resultados de trabalhos científicos, realizados perto dos anos 70 pela pesquisa farmacêutica, sobre os extratos hidrossolúveis e hipossolúveis de certos pólens bem determinados, que confirmam ou completam os elementos precedentes; especialmente, esses extratos dos pólens:
– não têm efeito tóxico;
– não têm nenhum efeito teratológico;
– favorecem a síntese protéica com melhor cicatrização das feridas e aumento do teor em RNA ( ácido ribonucleico ) e em triglicerídios do fígado.
Esses estudos esclarecem sobre a comercialização de uma especialidade farmacêutica muito usada na medicina hospitalar e prática, em que os resultados clínicos em milhares de casos ( muitas experimentações tendo tido lugar em cegos duplos ) confirmam, lá também, a excelente ação desses extratos de pólens sobre:
* a anorexia ( ou perda de apetite );
* o emagrecimento;
* a fraqueza ( ou estado de cansaço),
e isso também na criança, no adulto ( o alcólico em particular ), e no idoso com uma perfeita e constante tolerância.
Esse breve panorama resumido dos trabalhos científicos realizados até hoje, mostra o grau já bem avançado em nossos conhecimentos na matéria. As pesquisas continuam todavia ativamente através do mundo inteiro a fim de tentar:
– determinar de maneira ainda mais clara a composição analítica desses pólens em que a extrema riqueza da fração conhecida não é suficiente para explicar a totalidade dos efeitos constatados;
– conhecer melhor os mecanismos de ação farmacológica em que muitos ficam incompletos ou incertos;
– codificar melhor as numerosas indicações para selecionar aquelas entre as quais o pólen representa um tratamento de primeiro plano.
B) ASPECTO MICROSÓPICO:
De forma esférica ou ovóide mais ou menos deformada, um grão de pólen mede de 2,5 à 220 micras ( milésimo do milímetro ) segundo as espécies de flor de onde é orininário, com um tamanho frequente que oscila entre 20 e 40 micras.
Tantas flores diferentes, tantos pólens diferentes, e o quadro apresentado logo após mostra alguns que as abelhas colhem entre muitos outros.
Muitas características permitem aos especialistas de identificar no microscópio o tipo de pólen ao qual a gente tem negócio; este estudo ultrapassaria o quadro desse volume. Assinalamos ao leitor interessado por esse assunto, que ele pode consultar utilmente os seguintes trabalhos: “Beitrage zur Herkumftbestimmung bei Honig”, de Zander ( atlas bastante completo mas antigo e muito raro ); “ Polen Morphologie and Plant Taxonomy”, de Erdtmann; “European Bee Plants and their Polen”, do Reverendo Yate Allen ( 300 vistas aumentadas de grãos de pólen com suas particularidades ); “ The Polen Poads of the Honey Bee” de Dorothy Hodges ( 140 espécies ampliadas retiradas de plantas melíferas inglesas ); “Pollens de Plantes Mellifères d’Europen” de Maurizio e Louveaux ( 60 estampas de gravuras detalhadas e numerosas referências bibliográficas ).
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AULNE Bétula CHARME Castanheiro Carvalho
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Faia Milho Mimosa Aveleira
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Choupo Dente-de- Salgueiro Passo-de-
ou alamo leão burro
Algumas variedades de grãos de pólen vistos no microscópio; entre os que são colhidos pelas abelhas. ( segundo M.Reille “ Le Pollen” par A.Pons, P.U.F. Edit. )
C) COMPOSIÇÃO ANALÍTICA:
As técnicas de análise científica modernas permitem atualmente ter uma idéia bem clara sobre a composição dos pólens trazidos à colmeia pela abelha.
Mas, em função da origem botânica de cada pólen, existem diferenças importantes sobre o plano quantitativo.
Nós procedemos então:
* primeiro, ao estudo da composição qualitativa dos pólens em geral que é, ela, praticamente constante e conhecida de maneira quase completa, este estudo tendo somente algumas porcentagens médias dos elementos constituintes mais importantes.
* logo depois, há o estabelecimento de algumas tabelas com a composição quantitativa dos diferentes elementos dosados, com variações de porcentagem e números médios habitualmente encontrados ao nível de variados pólens, entre os que são mais frequentemente colhidos pela abelha.
1) Qualitativamente, o pólen contém:
– uma certa porcentagem de água, mais ou menos importante conforme a análise é praticada antes ou depois da secagem, efetuada em vista de sua boa conservação ( ver pág.53 ). Essa taxa oscila em média por volta de:
* 10-12 % para o pólen fresco;
* 4 % para o pólen seco ( a taxa de 5 % representando em geral o limite superior a não ultrapassar para assegurar uma excelente conservação ).
A assinalar logo em seguida, que a secagem do pólen exige um equipamento especial que deve funcionar a uma temperatura vizinha daquela da colméia ( ou seja, aproximadamente 40oC ), a fim de não destruir alguns elementos constitutivos ativos termolábeis ( ver pág. 53 ).
– os glicídios ( açúcares ) com uma porcentagem média de 35 % , ou seja um bom terço.
– os lipídios (corpos gordurosos)com uma porcentagem média por volta de 5%.
– os protídios ( substâncias azotadas ) com uma porcentagem média de 20 %, em que uma grande parte se encontra sob forma de aminoácidos que estão:
– seja no estado livre ( na maioria );
– seja no estado combinado.
O pólen ( como a geléia real ) é um dos produtos naturais mais ricos que sejam qualitativamente em aminoácidos; esse fato merece ser salientado, porque ele participa certamente de uma maneira direta ou indireta a suas ações terapêuticas.
Esses aminoácidos são os seguintes:
Ácido aspártico Lisina
Ácido glutâmico Metionina
Alanina Fenilanina
Arginina Prolina
Cistina Serina
Glicina Treonina
Histidina Triptofano
Isoleucina Tirosina
Leucina Valina
Constatamos que esta lista contém todos os aminoácidos indispensáveis à vida ( em número de oito: isoleucina- leucina-lisina-metionina-fenilanina-treonina-triptofano e valina ); quer dizer que são aqueles que o organismo é incapaz de sintetizar e que ele precisa então receber na alimentação. O fato que todos eles estejam presentes no pólen confere a este, nesse plano particular, um grande interesse.
B) CONSERVAÇÃO:
Para garantir uma boa conservação ao pólen colhido pelas abelhas, é necessário proceder à várias operações sucessivas:
– a secagem, a fim de trazer a taxa de umidade por volta de 4 % ( 5 % máximo ), que corresponde à porcentagem de água que permite ao pólen conservar-se perfeitamente sem nenhum risco.
Deve ocorrer rapidamente, e para ter condições constantes de dessecação, procedemos à uma secagem artificial com um secador onde o princípio é da passagem de uma corrente de ar quente e seco atravessando grades sobre as quais o pólen é deixado em camadas finas. Essa operação dura várias horas a 40oC e ela é satisfatória quando as pelotas não aderem mais umas às outras quando apertamos um punhado na mão.
– a limpeza (triagem), a fim de eliminar as pequenas impurezas suscetíveis de serem encontradas no pólen ( asas, patas ou partes de abelhas; pequenos restos diversos; etc.). Pratica-se:
* seja à mão, em pequenas quantidades, com uma pequena pinça ( tipo pinça de depilar ou pinça à dissecação );
* seja com aparelhos muito elaborados ( do tipo de ventilador para limpar os grãos ) permitindo tratar grandes quantidades ao mesmo tempo.
– a estocagem desse pólen seco e limpo, que se faz dentro de recipientes diversos ( barris, baldes, sacolas em matéria plástica neutra, etc … ) perfeitamente fechados e vedados para evitar qualquer umidade, recipientes que serão eles mesmos localizados por precaução suplementar em um local seco e fresco, na temperatura de aproximadamente 14oC. Se a estocagem deve prosseguir durante vários mêses, é preferível fazê-lo a uma temperatura situada entre 0 e 5oC.
O pólen está então pronto para sua comercialização e seu consumo, guardando-se sempre em mente que os dois grandes inimigos de sua boa conservação são a umidade e o calor.
5 – Propriedades do pólen
Como vimos no capítulo 3, existem diferenças notáveis de composição quantitativa entre os pólens segundo sua origem botânica; cada pólen pego isoladamente pode ter propriedades muito específicas em terapêutica humana, e nesse plano numerosos trabalhos restam a serem feitos; em consequência, nós falamos aqui, neste trabalho de síntese, somente em propriedades médias, quer dizer as mais conhecidas e as mais comumente reencontradas, em ligação com um “pólen médio”, quer dizer um pólen reunindo uma grande variedade, a mais importante possível, de espécies florais.
A assinalar que um tal pólen misturado fornece ao organismo ( aproximadamente e em média) 270 calorias para 100 gramas.
Nesse quadro, o pólen é um alimento muito rico em numerosos elementos indispensáveis para a vida, e suas ações se exercem essencialmente:
* sobre o aparelho digestivo, com uma retomada do apetite e juntamente o peso, e a regularização de diversas perturbações de ordem funcional.
* sobre o sistema neuro-psíquico, com um estímulo do humor e um efeito euforisante, acompanhados de um aumento das capacidades intelectuais.
* sobre o metabolismo em geral, com efeitos reguladores agindo em diferentes níveis ( crescimento, envelhecimento orgânico, etc, … )
É assim que através de sua composição global, suas diferentes ações farmacodinâmicas estudadas nos animais de laboratório e seus efeitos constatados no quadro de experimentações clínicas rigorosas no homem, o pólen pode:
– fornecer ao organismo certos elementos sucetíveis que possam faltar;
– ajudar no bom funcionamento de numerosas funções orgânicas que tornaram-se insuficientes, ou em regularisar algumas que estão perturbadas;
– favorecer ou restabelecer harmoniosamente certos metabolismos enfraquecidos;
– estimular e aumentar globalmente a energia vital em geral, tanto física como psíquica.
De tudo isso provém um certo número de propriedades que podem se resumir esquematicamente e globalmente assim:
* o pólen é um tonificante e um estimulante gerador de bem estar, com efeito euforisante;
* o pólen é um reequilibrante funcional agindo de maneira natural e harmoniosa;
* o pólen é um desintoxicante geral de todo o organismo no quadro de uma ação fisiológica.
Essa propriedades gerais fazem que esse alimento natural vá encontrar numerosas indicações no domínio da saúde do homem:
– seja para mantê-la no seu melhor nível;
– seja para melhorá-la, se ela for insuficiente;
– seja para ajudar a recuperá-la se ela encontrar-se enfraquecida; indicações que nós vamos revisar e detalhar agora no capítulo seguinte.
– 6 – Indicações do pólen
Deve-se saber antes de qualquer coisa, que se todas as indicações mencionadas nesse capítulo são bem reais, isso não significa, bem entendido, que somente o pólen é capaz de resolver totalmente a perturbação patológica ou a doença considerada e de restabelecer completamente e definitivamente o estado de boa saúde.
O pólen não é nem um produto milagroso, nem um remédio que cura qualquer doença, mas um alimento, e certamente o melhor complemento alimentar natural que pode nos ajudar sobre o plano terapêutico, seguidamente um pouco, às vezes muito, e isso em numerosos casos; e como o exagero atrapalha sempre a boa causa de um produto de qualidade, nós guardaremos a cabeça fria e daremos sempre o máximo de objetividade a nosso propósito.
A esse efeito, e para que as coisas não façam confusão, nós indicamos:
* em letras “grifadas”, as indicações mais importantes onde o pólen utilizado sozinho, ou quase, dá em regra excelentes resultados;
* em letras “itálicas”, as indicações habitualmente reconhecidas onde o pólen pode ser útil e dá seguido bons efeitos num quadro de espera ou em um complemento de outras terapêuticas indispensáveis;
Esse prévio estando bem estabelecido, nós estudaremos sucessivamente as indicações do pólen no homem bem portador e no homem portador de uma perturbação caracterizada ou de uma doença determinada tendo feito exames e diagnósticos precisos.
A) NO HOMEM SADIO:
* O pólen será tomado por via oral com o objetivo de:
– corrigir as eventuais insuficiências em vitaminas, sais minerais, aminoácidos, etc,…, da alimentação em período normal ou em ocasião de períodos fisiológicos particulares tais que a gravidez, o aleitamento, etc …;
– obter um melhor rendimento físico e intelectual no quadro das atividades normais, ou ter uma maior resistência ao começo em ocasião de períodos de atividade momentaneamente mais intensas ( provas esportivas e preparação aos exames em particular );
– reforçar o terreno na luta contra as agressões em geral, assinalando seus efeitos preventivos notáveis no quadro das doenças de origem viral e particularmente contra a gripe sazonal;
– prevenir desordens metabólicas internas geradoras de perturbações e doenças à médio ou longo termo.
* O pólen será utilizado por via externa no quadro de uso de cosméticos, sob forma de preparações e associações muito variadas e numerosas, no detalhe das quais nós não entraremos aqui, contentando-nos somente em dar a maneira de preparar a si mesmo uma boa máscara de beleza:
Pegar uma colher de café de pelotas de pólen que nós pulverizaremos em um moinho de café elétrico; juntar uma gema de ovo e uma meia colher de café de mel líquido. Bater na batedeira para obter uma mistura bem homogênea que espalharemos pelo rosto e pescoço massageando docemente. Deixar por uma meia hora e lavar com água morna para começar, depois fria para terminar a fim de melhor tonificar a pele, que deixaremos descançar depois de alguns instantes antes de aplicar qualquer coisa.
B) NO HOMEM DOENTE:
Segundo a etiologia e a gravidade da doença em causa, o pólen poderá ser tomado, sozinho ou associado a outras terapêuticas indispensáveis, nas perturbações seguintes:
1) INDICAÇÕES GERAIS:
– fraqueza ou estado de cansaço, em todos os graus, atuando bem sobre a esfera física, psíquica, sexual ou intelectual:
* fraqueza durante a doença
* fraqueza pós-operatória
* restabelecimento
* fadiga por excesso de trabalho
* esgotamento físico ou intelectual
* fraqueza do idoso
* fraqueza neurótica ou neurastenia
– anorexia ou perda de apetite, de origem fisiológica essencialmente, mas igualmente de origem psíquica ( anorexia mental ).
– emagrecimentos e estados de magreza so todas suas formas, e particularmente nas crianças sofrendo de má nutrição, onde o efeito é espetacular.
– estados de carência e suas consequências:
* raquitismo
* atraso de crescimento
* insuficiência ponderável
* má dentição
* etc …
– terrenos deficientes constitucionais.
– envelhecimento prematuro e anormal exagerado para o qual representa uma excelente indicação.
2) INDICAÇÕES PARTICULARES:
* Esfera cardiovascular e sangüínea:
– arteriosclerose e suas consequências em que a hipertensão arterial que é seguido favoravelmente influenciada;
– fragilidade vascular em geral e a fragilidade capilar em particular;
– anemia simples, especialmente em crianças.
* Esfera digestiva:
– anorexia por estímulo da função gástrica;
– constipação sob todas as formas onde oi pólen dá os resultados incomparáveis e permite suprimir sobre o trabalho dos laxantes; sempre irritantes e nocivos para os intestinos.
– entero-colite; diverculoses e colites diversas entre elas a colite amebiana;
– diarréias crônicas, também paradoxal que isso possa parecer à primeira vista do fato de sua indicação mais importante no tratamento de constipação mais facilmente compreensíveis se nós conhecemos os mecanismos geradores dessas perturbações intestinais que seria muito longo para desenvolver aqui. Podemos então considerar o pólen como um verdadeiro regulador da função intestinal;
– infecções intestinais crônicas seguidamente geradoras de COLIBACILLOSE;
– inchação do abdômem; meteorismo; fermentações intestinais;
– alcoolismo crônico pela ação sobre a anorexia e emagrecimento.
* Esfera genito-urinária:
– prostatismo com seu cortejo de perturbações desagradáveis e complicações. É assim que no adenoma da próstata ao estado pré-cirúrgico, o pólen dá resultados muito interessantes e que merecem atenção, com efeitos ao mesmo tempo decongestivos e ANTIPHLOGISTIQUES não negligenciáveis; isso, sem nenhum efeito secundário desagradável e sem nenhuma incompatibilidade com outras terapêuticas unidas ( resultados confirmados clinicamente por trabalhos hospitalares recentes e observações medicais trazendo em numerosos doentes e em vários anos );
– fraqueza sexual e certas formas de impotência;
– colicacilose, para sua relação frequente com as infecções intestinais sobre as quais o pólen é ativo.
* Esfera neuro-psíquica:
– miastenia ( doença grave de causa desconhecida que seria devido a um bloqueio progressivo da junção myo-neural ) em que a evolução foi algumas vezes estabelecida, e também mesmo melhorada.
– neurastenia ( estado no qual a fatiga nervosa é predominante );
– estados depressivos reacionários a um mal estado físico;
– nervosismo e certas insônias reacionárias que são seguidamente regularizadas;
– perturbações da memória.
* Esfera ósteo-articular:
– artrose ou reumatismo crônico em que os sintômas dolorosos, são desagradáveis e às vezes aliviados de maneira sensível.
* Esfera dermatológica:
– fragilidade cutânea, e cicatrizações difíceis;
– unhas frágeis ou quebradiças, e a queda de cabelos que é diminuida,e às vezes mesmo interrompida;
– certas doenças da pele tiram igualmente um bom benefício.
* Esfera visual:
– cansaço ocular;
– perturbações da vista crepuscular ou HEMERALOPIE.
* Esfera metabólica:
– estado de emagrecimento e de desnutrição sem etiologia precisa;
– alguns estados diabéticos seriam favoravelmente influenciados pelo pólen, mas a experiência que nós temos desse domínio é ainda insuficiente para concluir atualmente. De todas as maneiras, no quadro dessa indicação, um aviso medical é sempre, não somente recomendável, mas absolutamente indispensável.
Lembrete: Em numerosas indicações ( fraquezas, anorexias, emagrecimentos, envelhecimento, anemias, arteriosclerose, colites, fraqueza sexual, neurastenia, estados depressivos menores, certas doenças da pele, entre outros ), a ação da geléia royal é complementar daquela do pólen. Deve-se associá-lo cada vez que for possível para obter um resultado mais rápido e mais completo ( ver sobre isso em nossa abertura A GELÉIA REAL na mesma coleção ).
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* misturando as pelotas com mel que representa uma excelente associação ), doce, iogurte, e comendo essa preparação;
* engolindo diretamente, tendo como ajuda um pouco de líquido, o número de comprimidos que corresponde à dose necessária. A assinalar que a forma GÉLULE é adaptada para as crianças e para as pessoas que na toleram o cheiro ou o sabor do pólen.
– CONSUMO SOB FORMA PULVERIZADA:
Essa forma é obtida passando as pelotas de pólen no moinho de café elétrico, somente o tempo necessário para a pulverização. Notamos que é fácil triturar a quantidade de um pote inteiro, em uma só vez, e colocar em seguida o pó assim obtido na sua embalagem original de onde tiraremos aos poucos conforme as necessidades, não esquecendo de fechar hermeticamente após cada uso.
Os diferentes métodos de preparação precedentes podem ser ainda usados, e particularmente a mistura com o mel que demonstra ser fácil a realizar.
Nós recomendamos todavia o seguinte método que nós testamos e que parece bem mais rápido, o mais saboroso e o mais eficaz:
* pegar a quantidade de pólen pulverizado necessário com uma colher e colocá-la num grande copo vazio;
* juntar um pouco de água ou de leite ( conforme os gostos ) e mexer para obter uma massa semi-líquida;
* terminar então de enxer o copo e mexer de novo para obter uma boa homogeneidade do conjunto;
* fazer dissolver enfim uma colher de café de mel líquido ( acacia por exemplo ) nessa preparação e beber essa mistura agradável ao gosto.
Lembrete: Não se pode de jeito nenhum fazer cozinhar o pólen, o que teria como efeito destruir muito seus princípios ativos. Ele pode todavia, sob forma de pelotas ou pulverizado, ser adicionado a um líquido ou a um alimento moderadamente quente ( leite ou sopa por exemplo )
C) POSOLOGIA:
Nós consideramos aqui posologias médias, em que o número superior representa um limite que em geral inútil de ultrapassar; mas tem que saber, que em certas indicações, e em certas pessoas que dificilmente suportam o pólen, fracas doses da ordem de 2 a 5 gramas podem dar igualmente bons resultados; trata-se então de uma base de início, adaptável depois em função de cada caso particular.
Essas doses são as seguintes:
a) no adulto, por dia e seguindo os casos:
* dose de carga e ataque —————————————- 30 a 40 g
* dose média de manutenção—- ——————————- 15 a 20 g
b) na criança, por dia e conforme a idade:
* de 3 a 5 anos ————————————————— 5 a 10 g
* de 6 a 12 anos ————————————————— 10 a 15 g
Correspondência ponderal das colheradas de pólen:
1 colher de café rasa de pólen seco pesa —————————— 4 g
1 colher de sobremesa rasa de pólen seco pesa ——————— 8 g
1 colher de sopa rasa de pólen seco pesa ————————— 12 g
É fácil através desta tabela de correspondência tomar a dose prescrita, sabendo todavia que a dose necessita ser exatamente precisa.
– essas doses devem ser tomadas de preferência de manhã antes do café, esse horário apresenta numerosas vantagens: a regularidade, a comodidade e uma grande eficácia.
Assinalamos todavia que não tem nenhum inconveniente tomar a dose recomendada de pólen em várias porções e segundo a susceptibilidade individual, nas refeições ou fora dessas.
– os prazos para o efeito do pólen e a duração necessária à um tratamento são eminentemente variáveis segundo os indivíduos em função das perturbações apresentadas, os resultados a atingir e as doses tomadas.
É todavia possível traçar alguns esquemas diretores, sabendo repentinamente:
* que a regularidade e a continuidade dos tratamentos são fatores muito importantes para a obtenção de melhores resultados possíveis;
* que a ação dos pólens não é nem rápida, nem brutal; em efeito, como na maioria das indicações, o pólen age progressivamente em um plano metabólico profundo, ele apresenta então na maioria das vezes, detalhes de ação bastante longas ( 2 a 3 semanas ) que são normais e não devem surpreender.
* que os efeitos do pólen se prolongam sempre além do fim dos tratamentos empreendidos e são seguidamente mais duráveis que os de numerosas outras terapêuticas (do tipo quimioterapia alopática em particular ).
Os esquemas de base são os seguintes:
1) O tratamento isolado de uma duração mínima de um mês. Um tal tratamento não é suficiente em geral para tirar verdadeiramente benefício do pólen; a melhor duração para um tratamento único é em regra de 3 mêses.
2) A cura regularmente renovada que permite obter bons resultados. Nós aconselhamos que seja:
* quatro tratamentos de um mês e meio por ano, em razão de um a cada troca de estação;
* dois tratamentos de três mêses por ano, na razão de um iniciado no fim do verão e terminado no fim do outono, e um outro iniciado durante o inverno e terminado no começo da primavera.
3) Enfim o tratamento continuo, a dose média e equilibrada em função de cada um, que, quando ela é possível, permite uma grande regularidade nos resultados. A tolerância de um tal tratamento é excelente e numerosas pessoas usam assim o pólen há vários anos ( mais seguido em casos preventivos, mas às vezes também curativos de certas doenças crônicas) sem nenhum inconveniente de qualquer espécie.
Se nós devessemos resumir uma POSOLOGIE média para um adulto santo, nós formularizamos a prescrição seguinte:
“Pegar uma colher de sopa dem arredondada de pólen pulverizado que colocaremos em suspensão num grande copo de líquido, água ou leite de preferência ( para obter uma excelente homogeneidade, utilizar a técnica indicada página 64 ). Assucarar eventualmente com uma colher de café de mel líquido e mexer novamente. Beber essa mistura todas as manhãs em jejum no início do café da manhã, em razão de dois tratamentos médicos anuais de três mêses cada um, situados, um durante o verão para terminar no fim de outono, outro durante o inverno para terminar no começo da primavera”.
8 – Contra-indicações e incidentes possíveis
1) Não tem contra-indicação propriamente dita sobre o uso do pólen, só os sujeitos sofrendo uma insuficiência renal devem cercar-se num aviso médico prévio.
* a obesidade assim que o bom estado de saúde não são contra-indicações, porque se o pólen faz engordar as pessoas magras ou desnutridas, ele não faz as pessoas que não precisam pegar peso; ao contrário, favorescendo numerosos metabolismos, ele tem uma ação favorável nos tratamentos de emagrecimentos e no tratamento da celulite onde foi constatado que os resultados, que podiamos esperar, eram obtidos mais rapidamente, e em bem melhores condições, nas pessoas que usavam regularmente o pólen.
* o pólen pode igualmente ser usado durante a gravidez sem nenhum inconveniente, bem ao contrário, porque ele trará complementos necessários a alimentação se ele se encontrar enfraquecido, regularizará o TRANSIT ( o deslocamento do tubo digestivo ) intestinal seguidamente perturbado durante esse período.
* na mente de muitas pessoas, a palavra “pólen” é associada sistematicamente à manifestações alérgicas de ordem respiratória e particularmente na “gripe do feno”. Essa visão simples das coisas é a fonte de numerosas confusões ou erros que deve se dissipar aqui. Para isso, e sem entrar em numerosos detalhes inútis, nós vamos então dar aqui muito esquematicamente algumas informações necessárias e suficientes para esclarecer e compreender esse problema:
– as principais alergias ao pólen encontradas na Europa Ocidental e na França em particular, são o fato dos pólens transportados pelo vento ( pólens anemófilos ) e mais especialmente pelos pólens da família das gramíneas ( 3500 espécies mais ou menos), são as gramíneas forrageiras que estão na maioria das vezes em causa, de onde o fato que o “gripe do feno” tenha virado sinônimo de POLLINOSE na linguagem de todos os dias.
– esses pólens transportados pelo vento, e fontes de POLLINOSES, não são jamais, com raras exceções, transportados pelas abelhas, que são os únicos insetos ligados ao assunto que nos interessa.
– resulta que os grãos de pólen contidos nas pelotas contidas ao nível da colméia, os únicos a nos interessarem, no quadro desse trabalho, não ocasionam em regra nenhuma manifestação alérgica de tipo respiratório.
– em conclusão, as diversas doenças alérgicas respiratórias não são contra-indicações a priori do uso de pólens colhidos pelas abelhas, como ainda é suposto na hora atual.
2) Não tem incompatibilidade com outras terapêuticas quais que elas sejam, no estado atual de nosso conhecimento na matéria.
3) Não provoca nenhum costume, mesmo em tratamento continuo muito prolongado (nós usamos pessoalmente o pólen desde vários anos sem nenhum problema ).
4) É de uma total benignidade e privado de qualquer toxidez, mesmo usando fortes doses.
5) Somente alguns incidentes muito afáveis podem às vezes trazer:
* uma sensação de nojo ligada ao cheiro ou ao sabor ocasionam, nos sujeitos sensíveis, um leve mal estar digestivo podendo ir até o aparecimento de enjôos.
Essas perturbações, vêm em geral depois do uso matinal da dose de pólen recomendada seguido de um café da manhã quantitativamente insuficiente.
Depois de ter procurado melhorar o gosto com uma preparação melhor adaptada à pessoa concernada e ter aconselhado o uso, seja único antes de uma das principais refeições ( almoço ou janta ), seja fracionado antes de cada um desses, é melhor, se as perturbações continuarem, interromper o tratamento, porque esses estragariam o benefício do pólen; mas é bem raro de ser obrigado a chegar até lá.
* algumas perturbações intestinais ( meteorismo ou leve diarréia ) se produzem algumas vezes nos primeiros dias de tratamento provocando um pequeno incômodo passageiro; trata-se de fenômenos provisórios dos quais não deve-se inquietar-se e não deve-se interromper o tratamento.
Se essas perturbações persistirem além de 5 a 6 dias, é só diminuir a dose progressivamente até obter o restabelecimento normal da função intestinal e manter em seguida essa nova posologia.
* Algumas dores gástricas, do tipo fadiga, que são seguidamente ligadas ao uso do pólen sob forma de pelotas mal mastigadas nas pessoas que têm estômago frágil, essa insuficiência de mastigação ocasionando um trabalho digestivo gástrico suplementar podendo ser doloroso.
É indispensável nesse caso fazer absorver o pólen triturado ( ver página 64 ) e diminuir ligeiramente a dose que será usada então no começo da refeição de meio-dia, essas medidas sendo em geral suficientes para fazer parar essas perturbações.
Lembramos-nos então, que em regra geral, as medidas a tomar em caso de incômodo ou de intolerância são:
– um fracionamento ou uma diminuição da dose absorvida diariamente;
– o uso sob forma pulverizada;
– a ingestão no começo de uma das principais refeições ( almoço ou janta ) ou dos dois em caso de usos fracionados;
medidas que são suficientes, na maioria das vezes, a fazer tudo entrar em ordem, estando bem entendido que o pólen consumido é um pólen de qualidade, corretamente e perfeitamente conservado.
A ausência de contra-indicação formal e de incompatibilidade associada à ausência de toxicação e a raridade dos efeitos laterais menores suscetíveis de aparecer, fazem então do pólen de flores, em função de suas propriedades, de seu campo de atividade de de sua eficácia, um produto que toma comodamente seu lugar em primeiro plano das terapêuticas naturais maiores, e em vista do qual poucas outras medicações contemporâneas podem manter a comparação no quadro de suas principais indicações.
CONCLUSÃO:
“Não trata-se de acrescentar anos na vida, mas vida aos anos”.
Não pode envergonhar-se por emprestar ao povo o que pode ser útil à arte de curar dizia HIPPOCRATE … Mais de 2000 anos depois, nós podemos ainda escrever a mesma frase sem medo de nos atrapalharmos; no fundo, não tem nada de mudado. Claro, existe ainda muitos desconhecidos quanto aos numerosos mecanismos que presidem a ação do pólen no quadro de sua utilização terapêutica no homem ( mas não é, em graus diversos, em nível de todas as medicações mesmo alopáticas as mais elaboradas e mais conhecidas ?… ), e se isso for, certamente, desagradável para o espírito em um contexto de procura científica pura, isso tem só uma importância relativa em que concerna as aplicações práticas e os efeitos que deduzem; os resultados estão lá, bem reais, e é bom, definitivamente, o que importa, tanto para o doente como para seu médico.
Na hora da ciência onipotente e onipresente, que não resolve infelizmente todos os problemas, e onde certos destes dogmas, entre estes que pareciam os melhores estabelecidas até então, são recolocados em questão por personalidades cuja a autoridade e a competência na matéria não podem ser contestadas, tem lugar de saber recolher o conjunto de dados fornecidos pelo empirismo e de não fechar sistematicamente em um ceptiscismo estéril que floresce ainda muito seguidamente em certos meios médicos.
É porque, considerando, como nós expomos em vários prosseguimentos durante esse trabalho, que das investigações ainda faltam a fazer, tanto no domínio experimental, como no da clínica propriamente dita, nós podemos ainda assim, desde agora, avançar que o pólen apresenta todas as qualidades necessárias para entrar na lista dos terapêuticos naturais.
Na verdade:
– é um produto inteiramente natural e colhido naturalmente;
– ele é privado de qualquer toxidez e ele é de uma total benignidade às doses aconselhadas;
– ele é admiravelmente tolerado e não dá praticamente nenhuma perturbação secundária;
– ele não tem contra-indicação;
– ele não tem nenhuma incompatibilidade e pode estar associada sem restrição a outras terapêuticas;
– ele é fácil de ser usado e se integra sem dificuldade na alimentação diária;
– ele pode ser usado em todas as idades da vida segundo uma posologia muito leve e fácil de adaptar;
– ele reforça as defesas do organismo e o coloca assim no máximo ao abrigo das agressões quais que elas sejam;
– ele melhora o estado geral e o potencial de energia vital, melhoramento que é a fonte do bem estar e da saúde;
– ele reequilibra numerosas perturbações metabólicas latentes ou patentes que estão à origem de muitas doenças graves;
– ele atenua e elimina seguidamente numerosas perturbações patológicas em que alguns estão longe de ser negligenciáveis;
– enfim, e isso tem sua importância, seu preço é razoável, o que o coloca ao alcance de todos.
Observação: Esta obra trata-se da tradução resumida do livro, em francês: Le pollen- Therapeutique naturelle. 6ª Edição. Editora Librairie Maloine S.A., Paris, França,
99 páginas, 1983 do autor DONADIEU, Y.
SILVIO LENGLER
Prof. Titular de Apicultura, Depto. de Zootecnia, CCR , Universidade Federal de Santa Maria
Presidente da Confederação Brasileira de Apicultura
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Escrito por Silvio Lengler, em 2/9/2003