Nosso Jardim
A valsa das aves
Nosso jardim
Pela janela vejo a sentinela,
Imponente, coisa mais bela,
Admiro a sua cor amarela,
O Outono cobre de flor a “Primavera”.
Não existe “prima”, só a “rima”,
Da poesia feita com estima
Para alguém que se venera,
Tão verdadeira, por isso é “vera”.
A tiara amarela no topo da “Primavera”
Dá a ela charme de manequim na passarela,
Alvo da ave que a deixa com calor,
Esse apressado e apaixonado Beija-Flor.
Sentado na varanda, ao cair da tarde,
Observo a natureza com a sua arte,
Só o olfato é castigado pelo duro açoite,
Do aroma sufocante da perfumada “Dama da Noite”.
Nosso jardim, enfim, possui o encanto de lindas flores,
Cenário alegre pela suavidade das suas cores,
Sou grato aos céus pelo privilégio desses favores,
Coroados pela sinfonia de pássaros cantores.
“Os olhos vêem… o coração enxerga”.
Alceu Sebastião Costa