Postagens relacionadas com Ambientais

Mosquito para reduzir população do Aedes aegypti

Controle biológico

Uma empresa britânica quer usar a genética para dizimar o mosquito Aedes aegypti, transmissor da febre amarela e da dengue. Os pesquisadores criaram uma versão do inseto com o DNA alterado, que só produz filhotes inviáveis. Segundo eles, a presença desses animais “com defeito de fabricação” na natureza poderia cortar pela metade a população do A. aegypti.

Segundo a revista americana “Wired”, a empresa Oxitec modificou geneticamente os machos da espécie para que eles dependessem de um antibiótico fornecido pelos pesquisadores para sobreviver. Se não recebessem o antibiótico tetracicilina em sua dieta, os insetos morreriam.

Depois de chegarem à maturidade com o auxílio dos cientistas, os mosquitos, todos machos, seriam liberados na natureza. Eles seriam capazes de sobreviver o suficiente para copular com fêmeas de sua espécie. Os filhotes gerados, no entanto, acabariam morrendo sem conseguir gerar seus próprios descendentes. Um teste inicial feito pela equipe mostrou que cerca de metade das fêmeas da espécie acabam copulando com os machos geneticamente modificados.

Se tudo der certo, o projeto poderá ser adotado pelo governo da Malásia para enfrentar o Aedes aegypti dentro de três anos, diz a Oxitec. A empresa britânica, no entanto, sofre críticas de organizações ambientalistas, para as quais a liberação de insetos modificados geneticamente pode ter conseqüências imprevisíveis para os ecossistemas tropicais. (Globo Online)

Escrito por Globo Online , em 5/2/2008

Nova Zelândia cria berçários para tentar salvar o kiwi

Ajuda fundamental

Nova Zelândia cria berçários para tentar salvar o kiwi, ave símbolo do país

Faz apenas mil anos desde que os primeiros seres humanos chegaram à Nova Zelândia, e desde então três quartos das espécies nativas de aves do país desapareceram. O kiwi, ave não-voadora que é o símbolo do país, parecia ser mais um forte candidato à extinção, mas um projeto dedicado a cuidar dos filhotes em sua fase mais vulnerável parece ter chances de resgatá-los desse destino.

Hugh Robertson, chefe do Programa de Recuperação do Kiwi do Departamento de Conservação da Nova Zelândia, estima que existiam 5 milhões de kiwis quando os colonos europeus chegaram ao país da Oceania em 1820. Hoje, restam apenas 75 mil exemplares — isso contando as cinco espécies diferentes da ave.

“A culpa é dos humanos e dos predadores introduzidos por eles: furões, arminhos, doninhas, cães e gatos”, diz Jeremy Maguire, gerente da Reserva Willowbank, que fica próxima à cidade de Christchurch. Duas das espécies de kiwi têm menos de 300 indivíduos cada uma. A situação se tornou tão crítica porque quase não havia mamíferos terrestres na Nova Zelândia antes da chegada dos colonizadores. Sem predadores, os kiwis perderam a capacidade de voar e se adaptaram ao solo, ficando vulneráveis a predadores estrangeiros.

Faro aguçado – Os kiwis comem insetos, têm olfato muito aguçado e, por não voarem mais, suas penas lembram mais pêlos do que a plumagem típica das aves. Seus ossos também são maciços, ao contrário dos ossos ocos de muitas aves.

Os adultos pesam pelo menos 1kg e conseguem se defender da maioria dos predadores, mas os filhotes são praticamente indefesos. Calcula-se que apenas 1 em cada 20 kiwis conseguem chegar a um ano de idade. É por isso que o governo neozelandês decidiu recrutar comunidades locais, organizações não-governamentais e empresas para tentar proteger as aves até que elas fiquem menos vulneráveis.

No plano, apelidado de Operação Ovo no Ninho, os ovos são retirados da natureza e incubados em laboratório. Depois, os recém-nascidos são levados a áreas protegidas, muitas das quais em ilhas isoladas onde não há predadores. Ficam lá até completar um ano e depois são levadas para o local onde seus ovos foram achados.

O programa começou em 1994, mas demorou até alcançar a maturidade. O país deve comemorar uma marca significativa no começo de 2008, com o nascimento do milésimo filhote. As aves vivem em casais monogâmicos pela vida toda e é o macho que choca os ovos. (Globo Online)

Escrito por Globo Online , em 1/1/2008