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Cinquenta anos em UM

Nami e Sidnei

Tiramos muitas fotos registrando os torneios por este Brasil afora.

Registramos momentos de alegria, de tensão, de cansaço e por que não, até de tristezas, quando nosso companheiro alado vai mal……..

Somos combatidos como passarinheiros, diversas vezes. Muitos não entendem a paixão que nos leva a percorrer muitas vezes mais do que mil quilômetros para participar de competições, deixando a família todo um final de semana……

Não importa. O que importa é a sensação única que por mais que queiramos, não conseguimos transmitir.

Em Campo Grande/MS tive a felicidade de registrar um momento, um registro daqueles por acaso, mas de grande significado.

Na foto em anexo, em uma ponta, Namir Jafet, 62 anos. Sobe e Desce, Peão, Pelé, dentre outros formaram com ele conjuntos com apresentações memoráveis, que os aficcionados por bicudos de fibra conhecem tão bem. Na outra ponta, Sidnei, 12 anos filho do Nei de Magé. Um a experiência e a maturidade que lhe faz mais comedido, mas não menos emocionado. O outro, entrando na adolescência, inquieto, ansioso, torcendo não só com o coração, mas com as mãos, com o rosto, com gestos e com a voz. Sua idade e tamanho se escondiam por detraz da ousadia de interromper a passagem de adultos que por ali teimavam em passar. E impunha respeito com a emoção que o fazia crescer.

50 anos separam as duas vidas. Nem 5 passos estão um do outro. Ali, de igual para igual. O respeito mútuo, não pela idade, mas pelo respeito que impunham, cada qual a seu modo.

Esta cena para mim valeu o torneio. Não sei qual conjunto ganhou, ao final. Ganhou para sempre toda a ornitofilia.

Parabéns, Namir. Parabéns, Sidnei. E obrigado por terem me proporcionado, de forma não intencional, este momento, este flagrante.

Rogério Fujiura

Escrito por Rogério Fujiura, em 17/10/2005

Uberlândia dá o Exemplo

É possível

Por ocasião do Mega torneio de Uberlândia, passamos bons momentos por lá, sem dizer o recorde obtido no torneio de fibra bicudos 240 participantes. A atenção dos passarinheiros de lá com os visitantes, festas para todos os lados, na sexta e no sábado. Neguinho, Ronaldo Barros, Heliandro e José Ângelo foram responsáveis por deliciosos pratos, inesquecível calor humano, voltamos de lá todos mais pesadinhos. Agradecemos ao Hélio, Valdir, Roni, Nabor, Lenilson entre outros, , todos trabalharam muito. PC Caetano e Wilian que operaram o SME, naquele calorão danado, não mediram esforços no sentido de que o sistema funcionasse perfeitamente e tudo bem. Lúcio e Zoroastro na roda de bicudos, Hélio Robson, Chico Rodovalho e Chico Leão nos curiós. Ferdinando e Gradela no canto de Bicudo (muita gente). Foi muita gente tralhando e de dando show de competência e desprendimento o que proporcionou uma festa das melhores.

A atenção do Neguinho conosco não parou na sexta, no sábado estivemos rodando pela cidade e pude ver algo inédito (ou quase) no Brasil: as margens do rio Uberabinha que corta a cidade estão sendo recuperadas e suas matas ciliares recompostas. As invasões que lá existiam foram retiradas e as pessoas removidas para casas populares construidas para este fim. Pudemos ver gente pescando e a água bem limpa…..soube que todo o esgoto está sendo tratado e a água é devolvida ao rio, sem poluentes. Pensei até que estava sonhando ou que o que me contavam era mentira, mas é verdade. Pude constatar…..Parabéns ao povo de Uberlândia um exemplo de cidadania e de visão de futuro. abraços

Aloísio

Escrito por Aloísio Pacini Tostes, em 14/10/2005