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O Poeta e o Sabiá

Insones madrugadores,

Insanos compositores;

No front, fiéis soldados,

No pódio, reverenciados;

Menestréis abnegados,

Trovadores apaixonados;

Tão criativos sonhadores

Quanto realistas semeadores;

Arquitetos da arte do poetar,

Missionários do Amor e da Paz.

 Mês de agosto, sabiá cantando,

Cheiro da Primavera chegando.

 

Alceu Sebastião Costa

Serra Negra, 26 de agosto de 2010

Urubu Malandro

Eu não, sinhô

Urubu malandro (dança característica, 1914)

Autor desconhecido; tema folclórico

 

Urubu veio de riba / Com fama de dançadô

Urubu chegou no Rio / Urubu nunca dançou

 

Dança, dança urubu / Eu não, sinhô

Urubu não vai ao céu / Nem que seja rezadô

Urubu catinga muito / Persegue Nosso Senhor

Foge, foge urubu / Eu não, sinhô

 

Urubu está cantando / Que nada sabe dizê

Em Mato Grosso se ouve: / Que foi a tropa fazê?

Fala, fala urubu / Eu não, sinhô

 

Urubu lá do Pará / Quem tem fama de avançadô

Larga o trono, vem embora / Deixa o Lauro por favô

Deixa, deixa urubu / Eu não, sinhô

 

Urubu delegado / É um moço de valô

É bonito e é letrado / Sabe mais que um dotô

Sabe, sabe urubu / Eu não, sinhô

 

Urubu municipá / Larga o osso por favô

Vê se come os intendente / Da mão do bispo, sinhô

Come, come urubu / Eu não, sinhô

 

Urubu chega disposto / Deixa o povo por amô

Corta os casaca-lavado / Que é pessoá avançadô

Corta, corta urubu / Eu não, sinhô

 

Urubu Nascimento / Carinha que Deus pintô

Meta a mão na algibeira / Paga aquele cantor

Paga, paga urubu / Eu não, sinhô

 

Autor Desconhecido