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Ração sem antibióticos

Nutrição

Nutricionista pode orientar sobre a substituição dos promotores de crescimento

Avicultores brasileiros começam a descobrir alguns novos aditivos alimentares capazes de substituir com vantagem os promotores de crescimento que agem também como antibióticos. Estudos vinham constatando que alguns desses produtos, ao serem absorvidos pelo corpo humano, com o consumo de produtos avícolas, aumentam a resistência de microrganismos nocivos à saúde do homem, dificultando tratamentos médicos.

Os sucessores que estão se difundindo pelas granjas do País são os prebióticos, os probióticos e as enzimas, além das fórmulas de ração que têm por base a proteína ideal. O pesquisador Otto Mack, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), unidade de Jaboticabal, São Paulo, explicou, durante palestra em Goiânia, de que forma essas substâncias contribuem para a melhoria do desempenho das aves.

Na chamada proteína ideal, a lisina existe na mesma proporção de cada um dos aminoácidos, o que faz com ela aja com maior eficiência. Já o nome prebiótico é dado a substâncias alimentares que têm a finalidade de facilitar a multiplicação dos probióticos. Estes são grupos de microrganismos, mais propriamente bactérias, que, com a mistura à ração, vão se multiplicar e formar colônias no aparelho digestivo do animal. Serão comunidades de operárias prontas a ajudar o organismo a processar os alimentos e a tirar melhor proveito deles.

Evitar perdas

As enzimas também ajudam nesse trabalho. Elas melhoram a degradação do amido e das proteínas. Como a velocidade de crescimento das aves nas granjas comerciais é muito grande, o animal não consegue produzir enzimas em quantidade suficiente para degradar os nutrientes. Então, boa parte destes é expelida. Na opinião de Mack, o criador brasileiro precisa saber que é possível evitar a perda.

Com orientação de um nutricionista especializado em avicultura, ele pode passar a adicionar essas substâncias à ração e aumentar a produtividade de seu plantel. As enzimas e os probióticos são de uso geral na Europa, segundo Mack. No Brasil, entretanto, o uso desses aditivos só está se difundindo nos dois últimos anos, embora desde a primeira metade da década de 90 eles já não fossem novidade para alguns setores técnicos e unidades produtivas mais avançados.

O pesquisador recomenda seu uso tanto para aves de corte, quanto para as de postura. Em ambos os casos, a eficácia é suficientemente comprovada por instituições internacionais de pesquisa e testadas também no Brasil. A Unesp é uma das instituições que mais têm se dedicado a experimentos na área. E o tema acabou se tornando um dos mais enfocados ultimamente em palestras no setor avícola, inclusive por Otto Mack, um dos coordenadores desses estudos.

Marly Paiva

O Popular

 

Criação de Híbridos do Tarin

Hibridação Tarim x Canário – Histórico

J.Bernardino

Consultor Técnico COBRAP – www.cobrap.org.br

Membro do Grupo – Sítio dos Carduelis – carduelis@grupos.com.br

A idéia da cor vermelha nos canários começou por volta 1920. Um alemão, Dr. Duncker foi quem desenvolveu o primeiro trabalho direcionado à obtenção de um canário de cor de fundo vermelha, à partir da hibridação Canário x Tarim. Segundo esse estudioso, os híbridos receberiam um fator vermelho do Tarim e um amarelo do Canário, o que produziria uma cor acobreada. E que o acasalamento de dois hibridos poderia produzir pássaros com características do Canário com a cor do Tarim. As fêmeas F1 mostraram-se estéreis e o processo teve que ser modificado, utilizando-se os machos F1 férteis com Canárias. Houve um retrocesso, com perda de cor. Ai sugeriu-se o uso Canárias Brancas Dominantes, com a intenção de que o lipocromo amarelo fosse mascarado e o vermelho não fosse afetado. Foram obtidos hibridos cobres e cinzentos de ambos os sexos e o fator branco dominante mascarou tanto o fator vermelho, como o amarelo. Numa terceira tentativa, usaram-se fêmeas Brancas com a intenção de aparecerem apenas vermelhos portadores de recessivo. Os machos F1 desse acasalamento eram cobres e as fêmeas cinzentas como as do Tarim.

As fêmeas F3 mostraram-se finalmente férteis e foram retrocruzadas com machos F1. E repetindo-se os cruzamentos utilizando-se sempre os exemplares mais vermelhos e às vezes novamente com o Tarim, obtiveram-se aves de cor vermelho-laranja aceitáveis. Essas aves tinham a estrutura do canário e o vermelho do Tarim e também, o amarelo do Canário. E após anos de seleções, por volta de 1930, o Sr. Henninger da alemanha, conseguiu finalmente um canário capaz de extrair da alimentação uma substância corante vermelha para as penas. O fator vermelho está sobre um autossoma e tem hereditariedade dominante incompleta, ou seja, se cruzamos um amarelo com um vermelho, termos um tom alaranjado.

Bibliografia : Manual de Julgamento – Canários de Cor – OBJO – edição 2001.

Como Criar Canários – Frans Kop – Tradução do Livro Original Holandês “HET KWEKWN VAN KANARIES” Copyright 1985 por Frans H.M.Kop – Edição 1989 – FOB(federação Ornitológica do Brasil).