Plante árvore

Neutralização de CO2, porque neutralizar

Seg, 16 de Agosto de 2010 16:50

A neutralização nada mais é do que retirar do meio ambiente a quantidade de carbono emitida pela queima de combustíveis fósseis, proveniente das atividades diárias de empresas e pessoas físicas, que provoca o aumento gradativo da temperatura global. Essa queima, conciliada ao desmatamento inconsequente, traz efeitos catastróficos principalmente no que se refere à natureza, que dia a dia mostra-nos sua fúria, com enchentes, furacões, terremotos e mudanças climáticas cada vez mais acentuadas.

Para conter essas ações, foram criadas e desenvolvidas ferramentas que mensuram as emissões de forma coerente e precisa. A mais conhecida no momento é a GHG Protocol, reconhecida nacionalmente por empresas que procuram neutralizar os gases que emitem, em especial, o CO2. Com essa ferramenta, é possível saber em toneladas a quantidades de CO2 lançadas na atmosfera por determinada empresa, ação, evento, entre outras atividades.

A forma mais utilizada e eficaz de se fazer o sequestro de CO2, para compensação dessas toneladas produzidas e lançadas no ambiente, é o plantio de árvores, reflorestamento ou florestamento de área degradadas. Já está provado cientificamente que o reflorestamento de áreas degradadas sequestra duas vezes mais carbono que a monocultura. A empresa que deseja ter uma certificação socioambiental deve estar ciente das formas para conseguir esse reconhecimento.

O inventário de carbono é o primeiro passo para quem deseja neutralizar suas emissões e gerar créditos de carbono. Por meio dele, a empresa pode saber quantas toneladas deve sequestrar e, a partir disso, quantas árvores plantar. O plantio de florestas corporativas pode ser aliado a outros projetos socialmente corretos, como criação de campanhas de incentivo ao consumo sustentável e preservação dos recursos naturais e hídricos.

O programa Plante Árvore criou o selo Plante Árvore, que premia a empresa participante e apoiadora das ações socioambientais no que diz respeito a questões globais. O Programa tem a proposta de plantar mudas nativas em todo Brasil, através de parceiros e incentivadores que necessitem neutralizar suas emissões de CO2 ou queiram ser ecologicamente corretos. Tudo isso é feito com baixo custo, credibilidade e reconhecimento do IBF, que faz o inventário, planta a floresta, certifica, e cuida da floresta por dois anos, emitindo relatórios semestrais sobre o plantio. O selo tem validade de um ano e dá à empresa o status de “CO2 neutro”, a exemplo da empresa Elektro que teve sua floresta corporativa plantada com 30 mil árvores nativas, adquiriu o selo Plante Árvore e tornou-se Neutra.

Além de plantar florestas com mudas nativas do Brasil, outro foco do programa é a divulgação de nossos parceiros como forma de incentivo à iniciativa de participar de ações socioambientais, ecológicas e de preservação de recursos naturais. Nosso departamento de comunicação e marketing faz a divulgação nos sites Plante Árvore, Ibflorestas, twitter. Além disso, são enviadas newsletters a mais de 400 mil contatos por mês, o que torna mais visível a participação das empresas parceiras.

Escrito por Silvia Serra

Escrito por Silvia Serra , em 28/10/2010

Pesquisadores, Lei Biodiversidade Trava Inovação

Um grande imbróglio

Com vasta riqueza em espécies de plantas e animais, o Brasil pouco avança na inovação científica a partir da biodiversidade. Para empresas e pesquisadores, o maior entrave é a atual legislação para coleta e exploração de recursos genéticos.

Ninguém envolvido com a questão defende liberdade absoluta para pegar e usar espécies da natureza em pesquisas ou para criar produtos, como remédios e cosméticos. Mas academia e indústria avaliam que a medida provisória que regula o acesso à biodiversidade, em vigor desde 2001, é problemática.

“A legislação atual é uma barreira à pesquisa aplicada e à pesquisa pura”, diz Rodolfo Guttilla, diretor de assuntos corporativos da Natura. O gerente técnico científico da Aché Laboratórios, Emerson Queiroz, considera a lei “de tamanha complexidade que desestimula o aproveitamento desses recursos, dada a dificuldade de se obter autorização para acessar e pesquisar os recursos genéticos”.

Ele dá um exemplo concreto. A legislação exige que antes do desenvolvimento do produto se efetive um contrato de repartição de benefícios – para pagar comunidades tradicionais, como índios, que já utilizem a planta ou animal analisados.

“Ocorre que os estudos de desenvolvimento de fármacos são de longa duração, possuem elevado custo e apenas uma pequena fração chega ao mercado. Assim, o eventual pagamento deveria incidir apenas no produto efetivamente desenvolvido e comercializado”, argumenta.

Segundo empresas, a situação não é muito melhor no resto da América Latina. “Apenas a Colômbia está interessada em aperfeiçoar seu marco regulatório”, diz Gutilla. No Hemisfério Norte, as leis são mais simples – mas muitos países já não têm florestas nem diversidade de espécies. “Ainda não existe um país que conseguiu estabelecer um sistema jurídico adequado e justo”, afirma Queiroz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Fonte: G1 / Agencia Estado)

Escrito por Agencia Estado , em 25/10/2010