Lixo: conscientização e reciclagem

O maior problema que temos

Enquanto a água pode nos faltar, o lixo sobra. É lixo demais, e ele sempre aumenta. Aumenta tanto que nem sabemos onde colocá-lo. Essa dificuldade é maior quando associada aos custos para se criar aterros sanitários. A situação torna-se pior quando constatamos que, na maioria das cidades brasileiras, o lixo é despejado em terrenos baldios ou nos “famosos” e inadequados lixões.

Em contraposição a essas práticas ecologicamente incorretas, vem se estimulando o uso de métodos alternativos de tratamento, como a compostagem e a reciclagem ou, dependendo do caso, a incineração. A incineração (queima do lixo) é a alternativa menos aceitável. Provoca graves problemas de poluição atmosférica e exige investimentos de grande porte para a construção de incineradores.

A compostagem é uma maneira fácil e barata de tratar o lixo orgânico (detritos de cozinha, restos de poda e fragmentos de árvores). A reciclagem é vista pelos governos e defensores da causa ambiental como solução para o lixo inorgânico (plásticos, vidros, metais e papéis). Com a reciclagem, é possível reduzir o consumo de matérias-primas, o volume de lixo e a poluição.

Tecnicamente, é possí­vel recuperar e reutilizar a maior parte dos materiais que, na rotina do dia-a-dia, é jogada fora. Latas de alumínio, vidro e papéis, facilmente coletados, estão sendo reciclados em larga escala em muitos países, inclusive no Brasil. Embora seja um processo em crescimento, ainda não é economicamente atrativo para todos os casos. Assim, nos restam as alternativas: evitar produzir lixo, reaproveitar o que for possí­vel e reciclar ao máximo. Como fazer isso? Aqui vai uma boa dica: aproveitar melhor o que compramos, escolhendo produtos com menor quantidade de embalagens ou redescobrir antigos costumes, como, por exemplo, a volta das garrafas retornáveis (os velhos cascos) ou das sacolas de feira para carregar compras.

Escrito por Colégio Salesiano, em 15/3/2010

Criação em Cativeiro de Peixes

Aumenta a população deles no Pantanal

No Centro-Oeste do Brasil, a população de peixes do Pantanal está crescendo. É o resultado do sucesso da criação em cativeiro, mas de uma forma diferente.

Com uma canoa, Américo de Souza cuida dos peixes. No Pantanal, ele é conhecido por doutor. São 50 anos como pescador e, perto de se aposentar, está reaprendendo a pescar.

Geralmente viajamos por três, quatro dias para pegar 500 quilos de peixe. Desse novo jeito, criamos como fazendeiros. Quando chegar o comprador é só vender. Nunca foi tão fácil como agora, diz Souza.

Doze tanques foram instalados no meio do Rio Paraguai. Ter uma produção de peixes sem ameaçar a natureza no meio do Pantanal é a proposta dos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Em menos de oito meses, eles conseguiram produzir, em um pequeno trecho do rio, mais de quatro toneladas de cachara, um peixe nativo dos rios pantaneiros.

“Abastecer a demanda por alimento com extrativismo, com peixe da natureza, está se tornando impraticável. A demanda aumenta a cada dia e os estoques naturais não conseguem sustentar essa produção. Estamos produzindo proteína de primeira qualidade em larga escala”, diz Flávio Nascimento, biólogo e pesquisador.

No laboratório, os testes de qualidade da carne foram animadores. “As análises feitas para cor e para maciez do produto já mostram que ele tem características próximas às dos produtos que existem no mercado”, afirma o pesquisador.

A pesquisa busca melhorar geneticamente os peixes para que eles engordem mais rápido. As quatro toneladas retiradas dos taques foram distribuídas em projetos sociais de Corumbá (MS). O próximo passo é definir quais áreas poderão ter o cultivo de pescado.

Isso vai demandar o que a gente chama de zoneamento de áreas psícolas do Pantanal, para que depois os órgãos ambientais possam licenciar a criação de peixes dentro do Pantanal, diz a bióloga Emiko Resende.

Em média, cada brasileiro consome menos de sete quilos de peixe por ano. O mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde são 12 quilos. (Fonte: G1)

Escrito por G1, em 11/3/2010