Manejo Faunístico

Conduzir com as mãos

Manejar significa “Conduzir com as mãos, dirigir”.

Manejo é um tipo de intervenção humana que ocorre de forma ocasional ou sistemática, em cativeiro ou na natureza, visando manter, recuperar, ou controlar populações silvestres, domésticas, domesticadas ou asselvajadas para garantir a estabilidade dos ecossistemas, dos processos ecológicos ou dos sistemas produtivos.

Todo manejo deve ser sustentável, sobretudo do ponto de vista ambiental. A sustentabilidade econômica e social devem ser compatíveis com a sustentabilidade ambiental e devem ser buscadas de forma paralela e complementar. Todo manejo deve pressupor conhecimento, controle e monitoramento. Sem esses requisitos, que devem ser estabelecidos pelo poder público em regras e normas, não há manejo. A ética no manejo e no acesso aos recursos a serem manejados é fundamental para que ele seja bem sucedido.

Objetivos

Os objetivos do manejo faunístico são diversos e todos estão previstos em lei, regulamentados por instrumentos jurídicos específicos ou gerais. Podemos citar:

comercial – visa a produção de bens, produtos e serviços, além de animais vivos para servirem como plantel inicial de criadouros e zoológicos ou disponibilizá-los ao mercado como animais de estimação.

científico – visa agir diretamente sobre espécimes ou populações animais em vida livre ou em cativeiro para delas obter informações, dados e material genético imprescindível para a sua conservação ou para delas obter produtos a serem utilizados em benefício do homem, de outras espécies ou no desenvolvimento de outras pesquisas específicas.

conservação – visa favorecer a recuperação de espécies e populações silvestres no ambiente, utilizando espécimes de vida livre e/ou de cativeiro, previamente preparados para esse objetivo.

consumo próprio – visa atender agricultores e produtores rurais que não visem o comércio porém desejam criar animais silvestres em cativeiro para consumo de sua família, parentes e visitantes.

controle – visa efetuar o controle de espécimes e populações da fauna silvestre, exótica ou doméstica, nocivas à agricultura, saúde pública, espécies residentes ou ao ambiente.

concorrência com o tráfico – visa desestimular e combater a atividade ilegal vinculada ao tráfico de animais silvestres, oferecendo aos consumidores animais com origem legal e sanidade conhecida, reduzindo assim a pressão de apanha e captura de animais na natureza.

Retirado do Site do IBAMA

Escrito por Ibama , em 3/1/2008

Nova Zelândia cria berçários para tentar salvar o kiwi

Ajuda fundamental

Nova Zelândia cria berçários para tentar salvar o kiwi, ave símbolo do país

Faz apenas mil anos desde que os primeiros seres humanos chegaram à Nova Zelândia, e desde então três quartos das espécies nativas de aves do país desapareceram. O kiwi, ave não-voadora que é o símbolo do país, parecia ser mais um forte candidato à extinção, mas um projeto dedicado a cuidar dos filhotes em sua fase mais vulnerável parece ter chances de resgatá-los desse destino.

Hugh Robertson, chefe do Programa de Recuperação do Kiwi do Departamento de Conservação da Nova Zelândia, estima que existiam 5 milhões de kiwis quando os colonos europeus chegaram ao país da Oceania em 1820. Hoje, restam apenas 75 mil exemplares — isso contando as cinco espécies diferentes da ave.

“A culpa é dos humanos e dos predadores introduzidos por eles: furões, arminhos, doninhas, cães e gatos”, diz Jeremy Maguire, gerente da Reserva Willowbank, que fica próxima à cidade de Christchurch. Duas das espécies de kiwi têm menos de 300 indivíduos cada uma. A situação se tornou tão crítica porque quase não havia mamíferos terrestres na Nova Zelândia antes da chegada dos colonizadores. Sem predadores, os kiwis perderam a capacidade de voar e se adaptaram ao solo, ficando vulneráveis a predadores estrangeiros.

Faro aguçado – Os kiwis comem insetos, têm olfato muito aguçado e, por não voarem mais, suas penas lembram mais pêlos do que a plumagem típica das aves. Seus ossos também são maciços, ao contrário dos ossos ocos de muitas aves.

Os adultos pesam pelo menos 1kg e conseguem se defender da maioria dos predadores, mas os filhotes são praticamente indefesos. Calcula-se que apenas 1 em cada 20 kiwis conseguem chegar a um ano de idade. É por isso que o governo neozelandês decidiu recrutar comunidades locais, organizações não-governamentais e empresas para tentar proteger as aves até que elas fiquem menos vulneráveis.

No plano, apelidado de Operação Ovo no Ninho, os ovos são retirados da natureza e incubados em laboratório. Depois, os recém-nascidos são levados a áreas protegidas, muitas das quais em ilhas isoladas onde não há predadores. Ficam lá até completar um ano e depois são levadas para o local onde seus ovos foram achados.

O programa começou em 1994, mas demorou até alcançar a maturidade. O país deve comemorar uma marca significativa no começo de 2008, com o nascimento do milésimo filhote. As aves vivem em casais monogâmicos pela vida toda e é o macho que choca os ovos. (Globo Online)

Escrito por Globo Online , em 1/1/2008