Lula condena críticas ao desmatamento da Amazônia

O que está por trás

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atribuiu a uma “disputa comercial que não é leal” as críticas de que o Brasil está desmatando a Amazônia. Em encontro com empresários alemães e brasileiros, em Blumenau (SC), Lula defendeu a idéia de que países desenvolvidos financiem países pobres para reduzir o desmatamento.

“Existe uma disputa comercial que não é leal e está se espalhando pelo mundo. Quero dizer aos empresários alemães que ninguém tem mais preocupação de preservar a Amazônica do que nós, brasileiros”, afirmou.

Ele disse que pretende apresentar nos próximos encontros e fóruns internacionais proposta em que os países ricos que contribuem mais com a emissão de gases que causam o efeito estufa financiem os mais pobres, que não contribuem com os mesmos níveis de emissão.

Lula negou que o governo brasileiro esteja incentivando a produção de cana e biocombustível na Amazônia. “Agora, por favor, não levem em conta que a obrigação seja só dos países mais pobres”, disse, numa referência à ação para combater o efeito estufa.

Para o presidente, há duas formas de os países desenvolvidos darem a sua contribuição para o combate ao efeito estufa. A primeira delas é a redução da emissão de gases, o que, na sua avaliação, é muito difícil. A outra alternativa, destacou, é o financiamento aos países pobres.

Escrito por Estadão Online, em 20/11/2007

Especialistas preparam IPCC da biodiversidade

Preocupação de todos

Especialistas preparam IPCC da biodiversidade

Um mamífero em cada quatro espécies, um pássaro em oito, um terço dos anfíbios e 70% das plantas correm risco de extinção. Para evitar esse desastre, cientistas e representantes de governos, reunidos na França, pretendem criar uma rede internacional de defesa da biodiversidade, semelhante ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

“O desafio é enorme: se trata de ir até o final no nosso objetivo de colocar a biodiversidade no mesmo nível político que a mudança climática”, declarou à AFP Jacques Weber, diretor do Instituto francês da Biodiversidade.

Reunidos até o próximo sábado, esses especialistas, tomando como base a lista de risco publicada pela União mundial pela natureza (UICN) no dia 12 de setembro, assinalam que o ser humano é a principal causa da extinção em massa das espécies.

Só esse ano, cerca de 200 novas espécies entraram na lista de 16.306 ameaçadas de extinção, sobre um total de 41.415 espécies vigiadas pela UICN, entra as mais de 1,9 milhões conhecidas em todo o mundo.

Os especialistas reunidos na França pretendem definir um “Mecanismo Mundial de Vistoria Científica da Biodiversidade” (IMoSEB em inglês), que poderia ser criado dentro de um ano.

“A idéia é ter um mecanismo que possa garantir, para a biodiversidade, às funções que são cobertas atualmente pelo IPCC”.

A preservação da biodiversidade é um desafio em grande escala, já que depende da redução da pobreza, abastecimento de água potável e os conflitos vinculados ao uso e apropriação dos recursos naturais. (Yahoo Brasil)

Escrito por Yahoo Brasil , em 16/11/2007