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Ninho de ave em extinção é encontrado no Pará

Rainha da floresta

Biólogos encontraram, na Floresta Nacional de Carajás (PA), uma raridade: um ninho de gavião real, ave também chamada de harpia.

O filhote de harpia é branco e tem cerca de sete meses. Ele pode criar um filhote a cada três anos, e esse filhote ainda fica mais um ano no ninho, com os pais cuidando dele, diz Frederico Drumont, chefe da Floresta Nacional de Carajás. O gavião real está praticamente extinto em quase todo o Brasil.

O ninho encontrado pelos biólogos foi construído na copa de uma castanheira de 35 metros de altura. De lá, a ave consegue ver todo o ambiente ao seu redor e sair do ninho com facilidade, explica a bióloga Raquel Narques.

A harpia chega a medir um metro de altura e dois metros de envergadura, com as asas abertas. Graças às suas enormes garras, ela é capaz de capturar macacos e preguiças nas copas das árvores, em pleno voo.

O filhote de gavião real foi descoberto por um grupo de australianos que veio ao Brasil para observar pássaros.

Os pesquisadores pretendem, a partir de agora, visitar o ninho com mais frequência. A idéia é também monitorar a ave via satélite, mas para isso é preciso comprar um equipamento que é importado e custa caro.

Segundo o chefe da reserva, o esforço para preservar uma das aves mais imponentes do Brasil vale a pena. Se o leão é o rei da selva africana, a harpia é a rainha da floresta amazônica, afirma Drumont.

Escrito por Fonte: G1, em 6/1/2009

Onça apreendida no AM

O que fazer???

Onça apreendida no AM não pode voltar à natureza e não encontra lar definitivo.

Uma onça-parda de dois anos e meio que vive no Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama em Manaus é exemplo de um problema comum entre bichos apreendidos pela instituição. Batizado pelos tratadores de Shiva, o felino, que na verdade é um macho, chegou ainda pequeno ao órgão ambiental, e, por isso, não aprendeu a viver solto na natureza.

Segundo Carlos Abrahão, veterinário responsável pelo núcleo de fauna silvestre do Ibama, existem treinamentos que permitiriam readaptar o animal à vida selvagem, mas são tão caros e demorados que raramente são aplicados, mesmo em países ricos. Os custo para reintroduzi-lo é muito alto. Ele está fadado à vida em cativeiro. Veio como filhote e nunca aprendeu a caçar, diz Abrahão.

Por outro lado, o centro de triagem tampouco é pensado para ser o lar definitivo dos animais. O Ibama tenta encaminhá-los para zoológicos ou criadouros autorizados com instalações adequadas. Temos poucas instituições que podem recebê-lo legalmente, conta Abrahão. E a maioria deles fica no centro-sul do país, distante de Manaus.

O custo para a transferência, que precisa ser feita de avião, é alto. Além disso, a onça-parda existe em todo o país e, por isso, não há tantos locais interessados em receber espécimes de longe.

Em março, a irmã de Shiva, Krishna, foi levada para um criadouro particular em Santa Rita do Passa Quatro, no estado de São Paulo, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). As duas onças foram encontradas quando ainda tinham poucos meses, em Rio Preto da Eva (AM). Abrahão não sabe dizer o que aconteceu com a mãe das duas onças-pardas. Ele aponta, no entanto, que é comum, em casos como este, que caçadores matem a mãe, encontrem os filhotes e fiquem com pena de matá-los também.

Também são comuns os casos em que as pessoas levam os filhotes para casa, mas não conseguem mantê-los quando adultos, já que não podem ser domesticados. O animal vai crescendo e fica agressivo porque é selvagem, explica o veterinário do Ibama. O custo para manter uma onça como Shiva também é alto, já que chega a comer 2 quilos de carne ao dia. (Fonte: Dennis Barbosa/ Globo Amazônia)

Escrito por Dennis Barbosa, em 27/5/2009