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Desabafo do Eng. Agronomo

Abra os olhos

AGRONEGÓCIO

Imagine-se um hipotético indivíduo que doravante chamaremos de Sr. Oliveira.

O Sr. Oliveira é um homem comum. É um pai de família.

Habita uma região metropolitana que poderia ser São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte ou Recife ou alguma outra grande cidade.

Tem um emprego em uma instituição financeira, ou em uma revendedora de peças por exemplo.

Pertence àquela classe média ligeira, que além de trabalhar 4 meses por ano de graça para o governo esforça-se para pagar as contas de aluguel, escola, natação e inglês dos filhos, plano de saúde, o guarda da rua e outros pormenores no fim do mês.

O Sr. Oliveira levanta-se de manhã e veste-se com roupas de algodão, algodão esse crescido nos campos de Chapadão do Sul( MS), Campo Novo dos Parecis(MT) e processado em Blumenau, SC.

Talvez esteja um pouco frio e ele use um pulôver de lã de carneiros criados em Pelotas, RS e fabricado em  Americana, SP.

Calça seus sapatos de couro vindo de bois do Mato Grosso, e fabricados em Novo Hamburgo, RS.

Ele toma café da manhã, com ovos vindos de Bastos, SP, leite de uma cooperativa do Rio de Janeiro, broa de milho colhido em Londrina, PR, um mamão vindo do Espírito Santo, suco de laranja de Araraquara, SP e um cafezinho vindo direto de São Lourenço, MG.

Ele lê um jornal, impresso em papel feito de eucalipto crescido em Três Lagoas, MS.

O Sr. Oliveira entra em seu carro, abastecido com álcool de cana de açúcar produzida em Piracicaba, SP, com pneus de borracha saída dos seringais de São José do Rio Preto, SP.

Enquanto ele vai ao trabalho, a Sra. Oliveira vai às compras nos supermercados do bairro, sempre pesquisando os melhores preços das frutas, das verduras e da carne para não apertar o orçamento familiar.

No almoço, o Sr. Oliveira come um filé de frango criado no Paraná, alimentado com soja e milho de Goiás e de Mato Grosso, com molho de tomate de Goiás.

Tem arroz do Rio Grande do Sul, feijão dos pivôs do oeste baiano.

Tem salada das hortas de Mogi das Cruzes, SP. Suco de uvas do Vale do São Francisco e de sobremesa goiabada feita com goiabas de Valinhos, SP e açúcar de Ribeirão Preto, SP, e queijo de Uberlândia, MG.

Outro cafezinho dessa vez da Bahia.

Hoje a noite é de comemoração. Sua empresa fez um corte de pessoal, mas felizmente o Sr. Oliveira manteve o emprego.

Ele leva a esposa jantar fora. Vinho do Vale dos Vinhedos gaúcho.

Presuntos e frios de porco criado em Santa Catarina, alimentado com soja paranaense, filet mignon de bois criados no Sul do Pará.

Chocolate produzido com cacau do sul da Bahia. E outro café de Minas, adoçado com açúcar pernambucano.

O Sr. Oliveira é um homem razoavelmente informado e inteligente.

No dia seguinte ele lerá os jornais novamente.

Pelos jornais ele ficará sabendo que há conflitos em terras indígenas recentemente demarcadas e fazendeiros cujas famílias foram incentivadas a ocupar aquelas terras há décadas atrás.

Pelos jornais ele ficará sabendo que a pecuária é a maior poluidora do país (embora ele mesmo tenha o sonho de um dia abandonar a cidade poluída e viver no campo por uma qualidade de vida melhor).

Pelos jornais ele tem notícias de invasões de terras, de conflitos agrários, de saques e estradas bloqueadas

(o Sr. Oliveira é a favor da reforma agrária, embora repudie a violência).

Pelos jornais ele toma conhecimento de ações do Ministério Público contra empresas do agronegócio (ele não entende que mal há em empresas que ganham dinheiro).

Pelos jornais ele acha que a Amazônia está sendo desmatada por plantadores de soja e criadores de boi..

Mas o Sr. Oliveira pensa que isso não tem nada a ver com ele.

Pois eu gostaria de agarrá-lo pela orelha, e gritar bem alto, de megafone talvez, não um, nem dez, mas mil megafones

que TUDO ISSO É PROBLEMA DELE SIM!

-Gostaria de lhe dizer que a agropecuária está presente em todos os dias da vida dele.

-Gostaria de lhe dizer que o agronegócio gera um terço do PIB e dos empregos do país.

Gostaria de lhe dizer que quem diz que a pecuária polui mente descaradamente.

-Gostaria de lhe dizer que o maior desmatador da Amazônia é o INCRA, que com o dinheiro dos impostos dele sustenta assentamentos que não produzem absolutamente nada, condenando uma multidão de miseráveis manipulados por canalhas QUE INVADEM TERRAS PRODUTIVAS SOB A ÉGIDE DE UM TAL DE MST QUE NÃO PASSA DE UM BANDO DE CRIMINOSOS balizados por uma ideologia assassina à eterna assistência do Estado.

-Gostaria de lhe dizer que estes mesmos canalhas estão tentando, sob a palatável desculpa dos direitos humanos,

acabar com o direito de propriedade, arruinando qualquer futuro para o agronegócio brasileiro.Gostaria de lhe dizer o que acharia o Sr Plinio Sampaio, defensor do MST se invadissem sua residência e depredassem tudo o que lá possui, sob a desculpa de que não tem onde morar!

-Gostaria de lhe dizer, que os mesmos canalhas querem fechar índios, que há 5 séculos estão em contato com brancos, em gigantescos zoológicos onde eles estarão condenados à miséria e ao suicídio.

-Gostaria de lhe dizer que índios são 0,5% da população brasileira e não obstante são donos de 13% do país.

-Gostaria de lhe dizer que querem transformar 2/3 do país em reservas e parque que estão sendo demarcados sobre importantes reservas minerais e aqüíferos subterrâneos essenciais para o futuro do país.

-Gostaria de lhe dizer que a agricultura ocupa apenas 7,5% da superfície do país, e que mesmo assim somos os maiores exportadores do mundo de carne, soja, café, açúcar, suco de laranja e inúmeros outros produtos.

-Gostaria de lhe dizer que podemos dobrar ou triplicar a produção pecuária do país sem derrubar uma árvore sequer.

-Gostaria de lhe dizer que produtores rurais não são a espécie arrogante e retrógrada que os canalhas dizem que são.

-São gente que está vivendo em lugares onde você não se animaria a viver,

transitando por estradas intransitáveis e mortais, acordando nas madrugadas para ver nascer um animal, rezando para chover na hora de plantar e para parar de chover na hora de colher,

com um contato e um conhecimento da natureza muito maior do que o seu.

São gente cujos antepassados foram enviados às fronteiras desse país para garantir que esse território fosse nosso, foi gente incentivada a abrir a mata, abrir estradas, plantar e colher, às vezes por causa do governo, às vezes apesar dele.

-Gostaria enfim de gritar a plenos pulmões, que qualquer problema que afete um produtor rural, uma empresa rural, uma agroindústria É UM PROBLEMA DELE, DO PAÍS E DO MUNDO.

-Sim, porque no mesmo jornal que o Sr. Oliveira leu, há uma nota de rodapé que diz que há 1 bilhão de pessoas no mundo passando fome.

-E grito finalmente para o Sr. Oliveira e tantos outros iguais a ele:

ABRA OS OLHOS!

E desconfie daqueles que querem transformar o agronegócio em uma atividade criminosa.

Autor: Eng° Agr° Fernando Sampaio.

Escrito por Fernando Sampaio , em 6/1/2011

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Brasil é campeão de conservação da biodiversidade

O desafio é muito grande

Brasil é campeão de conservação da biodiversidade, diz ministra.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou nesta terça-feira (14) o avanço do Brasil, na última década, para conservar a biodiversidade. “Vamos consolidar esses dez anos de iniciativa que colocaram o Brasil, internacionalmente, como o país que mais fez pela conservação da biodiversidade. O Brasil é um país campeão de conservação da biodiversidade”, disse, durante evento em comemoração aos dez anos do Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza.

O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Braulio Dias, afirmou que o principal avanço do sistema, que busca estabelecer normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação do país, é a ampliação. “Hoje ele cobre 17% do território e é um dos maiores sistemas de unidades de conservação ou áreas protegidas no mundo inteiro. Nós dobramos as áreas protegidas da Amazônia brasileira e isso foi o maior avanço no mundo inteiro em termos de criação de áreas protegidas”, destacou.

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), a quantidade de áreas protegidas dobrou na última década, passando de 38 milhões para 77 milhões de hectares.

O secretário disse ainda que o governo tem dado ênfase à criação de comitês e de planos de ação ou de manejo. “Agora o desafio é muito grande, porque não é só criar. Nós temos que regularizar as terras, fazer planos de ação ou de manejo, criar comitês envolvendo todos os atores locais – os representantes das comunidades, de universidades, de prefeituras, de organizações da sociedade civil –, para fazer a gestão dessas unidades”.

Para o presidente do ICMBio, Rômulo Mello, as parcerias entre o governo e organizações não governamentais podem potencializar as ações de proteção das áreas ambientais. “Precisamos dar continuidade aos processos que já foram estabelecidos e ‘dar mais pernas’ ao instituto, para que ele possa ter uma capacidade grande de construir parcerias, porque sozinhos, nós seremos sempre insuficientes”, destacou Mello. (Fonte: Agência Brasil)

Escrito por Agencia Brasil , em 15/12/2010

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