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Tipos de Contaminação

Contaminação

Vanderlei Teixeira

CRN 4972 junho/2003

TIPOS DE CONTAMINAÇÃO

QUÍMICA: Existência de produtos químicos nos alimentos.

Exemplo:

· Agrotóxicos: utilizados, principalmente nas lavouras;

· Inseticidas e Raticidas: produtos utilizados nos controles de pragas (baratas, ratos, insetos em geral);

· Produtos despejados nos rios, principalmente pelas indústrias químicas.

FÍSICA: presença de corpos estranhos nos alimentos.

Exemplos:

· Pedaços de metais, insetos, clips, esponjas de aço, etc…

MICROBIOLÓGICA: presença de bactérias (patogênicas) e/ou toxinas nos alimentos. Este tipo de contaminação ocorre, principalmente pela inobservância dos cuidados necessários durante a manipulação.

AS BACTÉRIAS, INVISÍVEIS, PODEM CAUSAR MUITOS MALES

As bactérias são responsáveis por toxinfecções alimentares, que podem provocar enjôos, vômitos, diarréia, dores no corpo, dor de cabeça e mal estar geral.

Em casos mais graves podem causar febre, dificuldades para respirar, convulsões, podendo levar o doente à morte. A gravidade da doença, na maioria dos casos depende da sensibilidade da pessoa, do tipo e quantidade de bactérias existentes no alimento contaminado e da quantidade de alimento consumido.

Muitas bactérias alteram o cheiro, a cor, o sabor, a consistência do alimento (propriedades organolépticas). Elas não são responsáveis pela doença e sim pela perda do produto.

Na maioria das vezes, porém, as bactérias não alteram as propriedades dos alimentos.

Aí reside o perigo! Come-se um alimento com aspecto bom, sem saber que está contaminado.

RECOMENDAÇÕES BÁSICAS

VOCÊ PODE SER A FONTE DE CONTAMINAÇÃO

O manipulador é um elemento chave na contaminação do alimento, através das mãos sujas ou contaminadas, tosse, espirro e conversa sobre os alimentos, ou por outras falhas na manipulação.

TENTE EVITAR:TENTE

· Fumar no local de preparo dos alimentos (a boca tem bactérias em profusão);

· Falar, cantar, tossir sobre os alimentos, colocar as mãos no nariz, boca e cabelo, quando manipular alimentos;

· Enxugar as mãos no avental e em panos sujos;

· Manusear dinheiro e em seguida com o alimento;

· Fazer serviço de limpeza e manipular os alimentos ao mesmo tempo;

· Trabalhar doente ou com ferimentos nas mãos e antebraços.

FAÇA ISTO:

Lave as mãos e antebraços:

v Antes de iniciar ou reiniciar o preparo dos alimentos;

v Após o uso do banheiro;

v Se você trabalhar com alimentos crus e for manipular alimentos cozidos;

NUNCA DEIXE PRODUTOS DE LIMPEZA OU TÓXICOS, PRÓXIMOS AOS ALIMENTOS

PARA SUA SEGURANÇA

· Manipule os alimentos somente quando absolutamente necessário. Use sempre garfos, pinças, pegadores, etc. As partes dos equipamentos e utensílios que entram em contato com os alimentos não devem ser tocadas.

· Os utensílios (tábuas de cortar, facas, garfos, vasilhas, máquinas de moer) devem ser lavados e desinfetados sempre que usados com alimentos crus. Evite utensílios de madeira.

CONTROLE DE PRAGAS

Os ratos, baratas, moscas e pássaros transmitem doenças ao homem, além de causar grandes prejuízos danificando as embalagens e provocando a inutilização de grande quantidade de alimentos.

Por isso, é importante que medidas sejam tomadas para impedir que entrem no estabelecimento.

Para prevenção é preciso colocar tela milimétrica em todas as aberturas e vãos, inclusive saída de tubulações, nas áreas de manipulação e armazenamento. Os ralos sifonados e grelhas devem ser protegidos e permanecerem tampados durante a noite.

As portas devem ser providas de mola, para que permaneçam sempre fechadas e na parte inferior devem ter protetor contra entrada de insetos e ratos.

A melhor forma de prevenir infestação de pragas é manter todas as áreas limpas e livres de entulhos, resíduos de alimentos e sujidades em geral.

A aplicação de produtos químicos só deve ser realizada depois de atendidas com eficácia todas as medidas de prevenção de entrada de pragas no estabelecimento.

A desinsetização e desratização do local só pode ser feita por Empresa que tenha alvará de funcionamento da Vigilância Sanitária.

Para aplicar o inseticida, os alimentos devem ser retirados do local. Os equipamentos e utensílios devem ficar protegidos e após a aplicação devem ser lavados.

A empresa aplicadora do inseticida e raticida deve fornecer um certificado assinado pelo responsável técnico responsável o nome e a composição do produto ou associação utilizada, as proporções e a quantidade total empregada por área, as instruções para prevenção ou para o caso de ocorrência de acidente e o prazo de validade da aplicação.

A SEGUIR, INFORMAÇÕES SOBRE AS PRINCIPAIS PRAGAS URBANAS:

BARATAS

Há perto de 5.000 espécies de baratas. Menos de 1% tem status de praga.

A maioria vive nas regiões tropicais, mas vivem em todos os lugares do mundo, incluindo o Pólo Norte e o Pólo Sul. Em lugares muito frios, entretanto, sobrevivem junto aos homens.

Nas zonas tropicais são frequentemente de cor verde, amarela ou marrom avermelhada.

São nativas do oeste da Ásia e norte da África.

Alguns fósseis mostram que as baratas existem a mais de 300 milhões de anos e são muito semelhantes às espécies atuais.

A maior barata tem cerca de 20 cm de comprimento e vive na América do Sul. Algumas são muito pequenas ( 4 mm ) e vivem em ninhos de formigas.

Podem viver até um mês sem comer, mas somente uma semana sem água.

Podem nadar e prender a respiração até por 40 minutos. O pulmão é distribuído pelo lado do corpo e respiram através dele, e não pelo nariz.

Podem enxergar muito bem com luz verde, mas não enxergam com luz vermelha.

Têm o esqueleto fora do corpo.

À medida que crescem trocam de casca muitas vezes, fenômeno denominado de ecdise.

Têm glândulas salivares e podem cuspir.

Usam as antenas como nariz.

As baratas jovens parecem adultos em versão pequena e sem asas. São as ninfas.

Vivem em buracos e fendas e passam 75% do seu tempo descansando.

Comem à noite, e algumas têm atração por bebida alcoólica, particularmente cerveja.

Comem qualquer coisa, mas preferem carboidratos a proteínas e gorduras.

Podem passar por fendas muito pequenas, de até 1,6 mm. As “grávidas” precisam de no mínimo 4,5 mm para passar.

As baratas podem em uma única vez se tornarem fecundas para o resto da vida.

Os ovos são naturalmente protegidos dos inseticidas, tornando difícil o seu controle.

Podem trazer doenças, contaminando os alimentos, como gastroenterocolites, intoxicação alimentar e diarréia.

São basicamente noturnas. As poucas que se vê durante o dia pode significar uma grande infestação.

A cabeça da barata contém pequena parte do cérebro. Ele está distribuído por todo o corpo, de tal forma que se cortar a cabeça, ela pode permanecer viva até morrer de inanição ou sede em uma semana.

PERIPLANETA AMERICANA

BARATA AMERICANA

APARÊNCIA: tem de 2,5 a 4,0 cm de comprimento, de cor marrom avermelhada nas asas e manchas claras no tórax. Podem voar.

HÁBITOS: muito agressiva, prefere calor e áreas ligeiramente úmidas. Pode ser vista durante o dia em áreas externas com mais frequência que outras espécies. Preferem os porões, ralos, lixos e esgotos. Comumente encontrada em áreas de preparo de alimentos.

DIETA: se alimentam de restos, comem qualquer coisa.

REPRODUÇÃO: as fêmeas produzem muitos ovos. Cada ooteca contém, em média, 13 ovos. Vivem mais de 15 meses.

OUTRAS INFORMAÇÕES: têm grande atração por bebida alcoólica, especialmente cerveja. Reconhecem a água quando está contaminada.

BLATELLA GERMANICA

BARATA ALEMÃ

APARÊNCIA: tem de 1,5 a 2,0 cm de comprimento, de cor marrom claro, com 2 manchas longitudinais escuras no tórax.

HÁBITOS: noturnas, primeiramente infestam áreas fechadas, pouco úmidas e quentes. É a mais comumente encontrada em apartamentos, supermercados e restaurantes. Preferem áreas como banheiros, cozinhas e em volta de motores elétricos.

DIETA: alimentam-se de restos e comem de tudo.

REPRODUÇÃO: produzem uma ooteca a cada 20 ou 25 dias. Cada ooteca contém de 18 a 48 ovos. Podem viver mais de um ano.

OUTRAS INFORMAÇÕES: Muito comuns nas grandes infestações. São encontradas em bando.

SUPELLA LONGIPALPA

BARATA LISTRADA

APARÊNCIA: com 1,5 a 2,0 cm de comprimento, e 2 manchas marrom amareladas das asas.

HÁBITOS: noturnas, podem voar e podem ser encontradas em qualquer estrutura, mas preferem lugares quentes e úmidos, altos ou dentro de móveis. São isoladas, não andam em bandos.

DIETA: comem restos de quase tudo.

REPRODUÇÃO: as fêmeas carregam a ooteca por 24 a 36 horas e então depositam em lugares protegidos. As ootecas contém, em média, 18 ovos. Os adultos vivem mais de 10 meses.

OUTRAS INFORMAÇÕES: às vezes confundidas com a barata alemã. Frequentemente guardam as ootecas no interior dos móveis. Não são dependentes de lugares úmidos como as outras espécies.

BLATTA ORIENTALIS

BARATA ORIENTAL

APARÊNCIA: cor marrom escuro a preto brilhante, com 2,5 a 3,0 cm de comprimento. São capazes de voar.

HÁBITOS: preferem lugares frios e úmidos como porões, ralos, lixos esgotos.

DIETA: comem restos de qualquer coisa.

REPRODUÇÃO: a ooteca tem aproximadamente 2,5 cm de comprimento e o período de incubação é de 37 a 81 dias.

OUTRAS INFORMAÇÕES: os machos são menores que as fêmeas e as asas cobrem 2/3 do abdomem.

CAMUNDONGOS

Alguns cientistas acreditam que o camundongo se desenvolveu do rato sob condições onde era menos importante ser grande e feroz que ser capaz de escapar por pequenos buracos.

São mais aceitáveis pelas pessoas que os ratos.

São capazes de ser transportados por longos períodos de tempo em caixas fechadas.

São encontrados em todo o mundo, desde os trópicos às regiões árticas.

O camundongo tem um mecanismo de proteção que responde a estresse – barulho em excesso, por exemplo – induzindo a um torpor ou dormência que conserva a sua reserva fisiológica.

Muitos incêndios de causa desconhecida podem ter sido causados por camundongos roendo as instalações elétricas.

Em seis meses, um par de camundongos pode comer cerca de 2 kg de alimento e produzir cerca de 18.000 bolinhas fecais.

Não são cegos, mas têm visão ruim e não podem ver claramente cerca de 15 cm de distância.

São excelentes escaladores e podem correr pelas paredes ásperas sem quebrar o passo.

Podem nadar, mas preferem não fazê-lo.

Podem saltar distância vertical de 30 cm do piso para uma superfície plana elevada, e saltar de uma altura de 2 metros do piso sem ferimento.

Sobrevivem em câmaras frigoríficas até a 10 graus C abaixo de zero.

Podem se espremer através de aberturas de até 0,5 cm de diâmetro.

Correm horizontalmente sobre tubos, fios e cordas.

São magros e com longos pelos se vivem em ambientes frios.

Um par de camundongos pode produzir 200 descendentes em 4 meses.

Cada camundongo pode contaminar 10 vezes mais alimentos que comer.

MUS MUSCULUS

CAMUNDONGO

APARÊNCIA: é pequeno e delgado, tendo de 7 a 10 cm de comprimento. Possui orelhas grandes, olhos pequenos e nariz pontudo. É marrom claro ou cinza claro.

HÁBITOS: se aninha em tocas ou dentro de estruturas. Estabelece um território próximo à fonte de alimentos, geralmente de 3 a 10 metros de sua toca. É curioso mas cauteloso. É um excelente escalador.

DIETA: onívoro, mas prefere cereal em grãos.

REPRODUÇÃO: criador prolífico desde 2 meses. Pode ter crias com freqüência de 40 ou 50 dias, com 4 a 7 filhotes. Vive mais de 1 ano.

OUTRAS INFORMAÇÕES: alimentam-se 15 a 20 vezes por dia, e podem se espremer em aberturas e fendas muito pequenas, de até 1 cm de largura.

Ratos

São onívoros, alimentando-se de qualquer tipo de comida, incluindo membros de sua própria espécie mortos ou doentes.

Os sentidos predominantes são olfato, paladar, tato e audição em oposição à visão. Os ratos se movem ao escurecer, usando seus longos e sensitivos bigodes e pêlos do corpo para guiá-los.

Têm um excelente paladar, habilidosos em detectar certos componentes, incluindo os venenos, mesmo em concentrações muito baixas, muito rapidamente.

Os ratos podem entrar em seu ambiente por um orifício de tamanho aproximado de um quarto do seu tamanho.

Memorizam um caminho específico e usam a mesma rota habitualmente.

São cautelosos e se seu alimento está em área exposta onde não podem consumí-lo rapidamente, carregam para um lugar escondido.

Dentro das áreas urbanas os ratos deduzem o suporte de suas vidas de um sistema de gerenciamento e processamento de alimentos e áreas de armazenamento.

Danificam as estruturas, as instalações elétricas e causam incêndio. Urinam na comida dos animais e pessoas e transmitem doenças.

Podem mergulhar e nadar por baixo da água durante 30 segundos. Mergulham nos sifões de banheiros e podem nadar em água livre até por 800 metros de distância.

Podem escalar tubos e canos na vertical, por dentro e por fora deles.

Podem saltar na vertical até 90 cm em superficie plana.

Rattus Norvergicus

APARÊNCIA: marrom, encorpado, medindo aproximadamente de 15 a 18cm de comprimento. Tem olhos e orelhas pequenos, nariz grosso e o rabo mais curto que a cabeça e o corpo.

HÁBITOS: se aninha em tocas subterrâneas, das quais sai para procurar alimento. Permanecem escondidos durante o dia.

DIETA: São onívoros , mas preferem carne. Não sobreviem longo tempo sem água.

REPRODUÇÃO: atingem a maturidade sexual em 2 meses. Podem procriar todo mês. As fêmeas têm de 4 a 7 crias por ano, com 8 a 12 filhotes em cada uma delas. Os adultos vivem em torno de 1 ano.

OUTRAS INFORMAÇÕES: têm agilidade limitada, mas são excelentes nadadores.

RATTUS RATTUS

APARÊNCIA: preto ou marrom, tem de 18 a 25 cm de comprimento, com longa cauda, olhos e orelhas grandes, nariz pontudo e pele macia.

HÁBITOS: se aninha em tocas subterrâneas ou em pilhas de entulhos de madeira. É um excelente escalador, podendo ser encontrado frequentemente nas partes mais altas das estruturas.

DIETA: Onívoros, mas têm preferência por grãos, frutas e vegetais.

REPRODUÇÃO: tornam-se sexualmente maduros aos 4 meses. Têm de 4 a 6 crias por ano, com 4 a 8 filhotes por cria. Vivem mais de 1 ano.

OUTRAS INFORMAÇÕES: são muito ágeis e podem se espremer em fendas de somente 2 cm.

Escrito por Vanderlei Teixeira, em 2/9/2003

Salmonelose II

Prevenção e Profilaxia

A Salmonelose

J.Bernardino

Consultor Técnico COBRAP – www.cobrap.org.br

Membro do Grupo – Sítio dos Carduelis – carduelis@grupos.com.br

A Salmonelose é uma doença de origem bacteriana, é o agente etiológico são as Salmonellas sp. , no caso de aves silvestres a mais comum é a S. typhimurium e a mais comum entre as aves de forma geral é a S. gallinarium. Existem outras mas, vamos nos ater à doença. O período de incubação é de 3 à 5 dias.

A transmissão pode ser feita pelos seguintes formas:

de ave para ave através do contato ente elas.

ovos de galinha.

fezes secas.

alimentos contaminados por fezes e secreções.

aves portadoras sãs.

insetos, roedores e moscas.

Transmissão da mãe para os filhotes através do ovo pois, os ovários são contaminados.

Essa doença tem duas formas, à saber:

Forma aguda : diarréia marrom avermelhada à branca, febre, perda de peso, perda de apetite e da sede, mancha roxa no abdomem, a ave fica embolada e finalmente, morte. Ao nascerem os filhotes devemos observar se apresentam uma mancha preta no lado direito de seus abdomens, isto é sinal de salmonelose.

Forma Crônica : acontecem de forma geral, artrites. A ave sobrevivente se torna uma portadora sã.

O Tratamento é feito à base de antibióticos de alta sensibilidade mas, para aves sobrevivente à fase crônica isso não eliminará as bactérias de seu organismo e portanto, essas aves devem ser descartadas do plantel pois, tornam-se fontes de contaminação para as outras aves do plantel.

Para fazer-se o controle e evitar-se epidemias no plantel deve-se: manter um manejo higiênico e sanitário adequado no criadouro, fazer-se quarentena das novas aves adquiridas, de aves que apresentem qualquer sintoma de doença, de aves que retornem de exposições e concursos. Evitar-se superpopulação nos criadouros pois, um ambiente com superpopulação torna-se positivo para propagação de doenças. Fazer uso de medicamentos de forma preventiva mas, sempre sob orientação de um médico veterinário para ter-se um planejamento das aplicações e doses adequadas.

Minha experiência pessoal com salmonelose deu-se em 1991. Eu tenho o hábito de fazer quarentena em aves mas, visitando uma exposição no Parque da Água Branca, vi e gostei de uma fêmea Canela Vermelho Mosaico(CN VM MS), uma beleza de fêmea e a comprei. Fiz as assepcias necessárias e como era quase época de iniciar-se a criação, no caso específico dessa fêmea, não fiz o período mínimo de quarentena e coloquei-a diretamente na voadeira das fêmeas do plantel. Chegou a época, acasalei todos os casais e começamos os trabalhos para obetermos um ano de bons resultados na criação. Numa determinada semana, começaram à morrer fêmeas, uma na segunda-feira, duas na terça-feira, uma na qurta-feira e uma na quinta-feira, essa a Canela Vermelha Mosaico. Meu pai colocou essa fêmea em um saco plástico e colocou-a no congelador e na sexta-feira rumei para São José dos Campos e levei a canária(numa caixa de isopor repleta de gelo para conservá-la) à clínica Pró-ave. Lá fui recebido pela Dra. Stella Maris Benez e respondi à uma série de perguntas para que fosse montado um perfil do meu criadouro. Foi feita a necrópsia da canária e o anti-biograma. Constatou-se que a doença era SALMONELOSE e o anti-biograma mostrou que a bactéria infectante era resistente à 06 dos antibióticos utilizados e de resposta intermediária ao norfoxlaxino, que na época não existia para uso animal, existindo em medicamento para uso humano. A resistência da bactéria à tantos medicamentos era fruto, com certeza, do uso indiscriminado e intuitivo de antibióticos, hábito de muitos criadores que na ânsia de protegerem seus plantéis de doenças, acabam fortalecendo e dando resistência à organismos patológicos, criando verdadeiros monstros. Fizemos um tratamento para todo o plantel, em meio ao período reprodutivo e tivemos naquele ano, uma baixa produtividade mas, mais nenhum caso de Salmonelose. Vejam bem, um pequeno descuido e pronto, uma ano prejudicado.

Escrito por José Bernardino, em 2/9/2003