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Problemas na criação

Apanhado de Problemas na Criação

José Giordano Penteado

Revista UCCC – Julho 2001

Arquivo editado em 07/09/2001

Mais uma época de cria se inicia, e os dissabores vão surgindo na medida em que esperamos os filhotes, sadios dos casais que gostariamos criar.

Mas nem sempre o que desejamos acontece, então resolvemos listar uma série de problemas mais corriqueiras, lembrando sempre que é melhor prevenir do que remediar; consulte um médico veterinário para orienta-lo melhor sobre as doenças que pode existir, ou melhor,a quelas que não queremos ver.

Uma boa higienização ajuda na maioria dos problemas existentes durante a criação.

Durante o período que acontece a criação dos problemas existentes durante a criação desenvolvimento sexual pela mudança da hora-luz do dia, o metabolismo completo das aves é alterado para prover os nutrientes necessários para a formação de óvulos e espermas. Condições de luminosidade insuficiente podem afetar a fertilidade. Temperaturas extremas também afetam a fertilidade, e de forma indireta ao condicionar o consumo alimentar e reproduzir a freqüência de gala.

FERTILIDADE DAS REPRODUTORAS / NASCIMENTO:

A preocupação é sempre o número de filhotes viáveis a partir dos ovos que as fêmeas colocam para chocar. Isso pode significar o êxito e o fracasso de nosso trabalho anual. Esse processo biológico da reprodução é complexo que pode ser afetado por uma fertilidade temporária ou por uma alimentação inadequada ocorrida a três meses.

Essas duvidas fizeram com que elaborássemos um rol de problemas mais comuns durante a criação.

PROBLEMAS CAUSAS ATITUDES A TOMAR

1) Ovos claros (inférteis) a) Macho não esta pronto – Deixar o macho sozinho até cantar forte e solto.

b) Má nutrição do macho – Nutrir os machos separados das fêmeas, e usar uma dose de vitaminas E.

c) Problemas de briga com fêmea no acasalamento – Colocar lado a lado para namoro, antes do acasalamento.

d) Macho não esta pronto ainda – Revisar o local onde abrigou o macho; deve ser claro por no mínimo 12 horas.

e) Macho muito velho – Trocar os mais velhos por novos.

f) Macho estéril – Trocar o macho.

g) Tempo de guarda dos ovos antes de por para chocar – Não armazenar ovos por mais de 5 dias. – Observar a umidade e a temperatura relativa de 70%.

2) Anéis de sangue que indicam morte embrionária. a) Temperatura muito alta ou muito baixa – Verificar a temperatura ambiente, controlando-a.

b) Procedimento de má desinfecção – Estar borrifando água para desinfecção sobre fêmea e ovos nos 6 primeiros dias é proibido.

3) Muitos mortos na casca a) Ovos armazenados por muito tempo – Não guarda-los por mais de 5 dias.

b) Temperatura muito alta ou muito baixa – Verificar temperatura ambiente, controlando-a.

c) Ovos não virados – Verificar se a fêmea sai e volta ao ninho, fazendo movimento de virar os ovos.

d) Nutrição deficiente nas reprodutoras quando a morte ocorre entre 8 a 10 dias de choco. – Especial atenção no estado nutricional das aves em geral, revisando nutrição e alimentaçào 15 dias antes do acasalamento, como corretivo usar complexos vitamínicos e aminoácidos.

e) Ventilação deficiente – Aumentar a ventilação do local de criaçào diminuir o número de casais.

f) Plurosis ou outras doenças infecciosas – Revisar a forma de higiene e desinfecção dos pássaros e locais de criação.

4) Nascimento prematuro ou tardio a) Temperatura muito alta – Evite a mudança brusca de temperatura se necessário, usar termostato para controle de temperatura.

5) Filhotes mal formados a) Ovos mal chocados, fêmeas deixam esfriar muito so ovos – matenha alimentação farta e de boa qualidade à disposição das fêmeas em choco, tratar primeiro as que estão chocando.

6) Filhotes com perna aberta a) Defeito causado por minhos muito liso – Trocar por ninhos mais rústicos.

7) Filhotes debilitados/pequenos/ofegantes nascimento demorado a) Muitos filhotes para uma fêmea tratar – Manter de 3 a 4 filhotes por ninho do mesmo tamanho.

b) Umidade baixa no período de encubação – Manter a umidade ao redor de 70%.

c) problemas tóxicos – Rever toxinas ingeridas ou usadas no ambiente.

d) Demasiada umidade no ninho ou enfermidade infecciosa – Enviar filhotes para laboratório.

8) Tamanho desigual dos filhotes ao nascer a) Fêmea mal nutridas – Rever plano de nutrição, usar complexo vitamínico e aminoácidos.

9) Baixa eclosão e má formação do bico e do esqueleto a) Deficiência de vitaminas e ácido fólico – Revisar o índice de ácido fólico na alimentação.

10) Nascimeto desigual e mal formação do esqueleto embrionário a) Deficiência de vitamina H e do complexo B – Revisar o conteúdo da vitamina H e do complexo B na dieta.

11) Nascimento distanciado e morte embrionária na 2 semana a) Deficiência de vitamina D – Revisar o conteúdo da vitamina D na dieta.

12) Nascimento defeituoso e morte embrionária nos últimos dias a) Deficiência de vitamina B12 – Revisar o conteúdo da vitamina B12 na dieta.

13) Nascimento deficiente a) Relação de ácido pantatênico – Revisar o conteúdo do ácido Pantatênico da dieta.

14) Ovos que quebram e cheiram mal a) Contaminação dos ovos, fêmeas doentes. – Ovos de fêmeas limpas prevêem a contaminação.

15) Nascimento precoce dos filhotes a)Temperatura muito alta no início do choco até sétimo dia e umidade muito alta – Reveja as condições do local.

16) Nascimento tardio dos filhotes a) Baixa umidade e temperatura muito alta, variação de temperatura no local do choco – Reveja as condições do local.

17) Mal posição do embrião a) Alimentação inadequada – Revisar dieta dos adultos.

18) Filhotes demasiadamente pequenos a) Ovos pequenos problemas de nutrição – Revisar dieta dos adultos.

19) Filhotes demasiadamente grandes a) Ovos grandes, problemas de nutrição – Revisar dieta dos adultos.

20) Filhotes desitradatos a) Baixa umidade do ambiente – Revisar umidade do local.

21) Filhotes que não pedem comida a) Dieta de reprodutores, mudança de temperatura brusca e/ou ventilação – Revisar dieta dos adultos e condições do ambiente.

22) Filhotes defeituosos a) Deficiência na nutrição dos reprodutores – Revisar dieta dos adultos e melhorar a parte nutricional.

23) Dedos torcidos a) Deficiência na nutrição dos reprodutores – REvisar dieta dos adultos e melhorar a parte nutricional dos adultos.

Escrito por José Giordano Penteado, em 2/9/2003

Prevenção e Profilaxia

Prevenção e Profilaxia

A muda crônica ou requeima é um mal que muito incomoda os passeriformes. Caracteriza-se por várias causas, entre elas: disfunção hormonal, problemas de estresse, manejo incorreto, mudança de alimentação e ambiente, que fazem com que haja um descontrole que provoca a muda fora de época.

O pássaro fica trocando de penas sem parar, termina uma muda e começa outra. Estará, assim, inutilizado para qualquer tipo de atividade. Quase não canta e não servirá para a procriação, caso não sejam tomadas algumas medidas.

As causas podem ser a carência da vitamina A, ácido fólico, ácido pantotênico, biotina, excesso de energia na ração – respectivo desbalanceamento, inclusive de proteína. Pode ser também carência de outros complexos de vitaminas e de aminoácidos para formação das penas, ou a submissão da ave a período prolongado em ambientes pouco arejados e muito quentes; e a falta de sol da manhã, piolhos das penas e dos canhões das penas e fungos.

Em geral, ataca pássaros mal tratados ou idosos, colaborando sobremaneira para o aparecimento de outras doenças pelo desgaste físico que provoca. Menos má é a requeima parcial de penas, que ocorre após algum estresse, como por exemplo o manejo antes do secamento da muda ou pela mudança de clima de uma cidade para outra ou troca de local do prego para outro local de temperatura mais alta na mesma casa.

A profilaxia é nunca deixar a ave em locais pouco arejados e excessivamente quentes (acima de 35 graus) e tomarem-se os cuidados devidos quando se trocar o local da morada e alimentar adequadamente as aves.

A melhor terapia para a muda crônica é soltar-se a ave em um viveiro onde possa tomar sol e chuva e fazer uma muda completa, inclusive a fase da secagem e lustragem das penas. Ministrar polivitamínico e tratar o problema específico.

Para a requeima de penas basta oferecer tranqüilidade, boa alimentação e resguardo até a fase final da lustragem das novas penas. Só se deve manusear o pássaro quando ele começar a cantar de novo sem qualquer tipo de estímulo.

Escrito por Stella Maris Benez, em 2/9/2003