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Iluminação

Criação

SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PARA CRIADOUROS DE PÁSSAROS E AVES:

“ILUMINIBIRD”

“FIAT LUX!” – Que a luz seja feita! Alusão a palavra criadora Gêneses. E a luz foi feita e todas as coisas passaram a depender dela.

Nada substitui a natureza em toda a sua plenitude. Então para imitar a natureza, é preciso aproximar-se o máximo dos efeitos que ela causa sobre todas as formas de vida.

A luz é a essência para gerar as condições otimizadas da vida e como não poderia deixar de ser, quando se trata de Criação de Pássaros, a luz mantém sua contribuição vital para o sucesso do criador. A iluminação é fundamental para o sucesso desta tão nobre empreitada, a de induzir os Pássaros a se reproduzir em um ambiente que não possui a amplitude dos vastos campos e planícies. A solução é recriar as condições que os pássaros encontrariam em seu habitat, ou seja, na natureza.

Depois de muitas experiências, narradas em vários livros e manuais de criadores, ficou comprovado que um prolongamento artificial do “Dia” induzia os Pássaros a um melhor rendimento em sua postura e reprodução. Um dia de 14 horas de iluminação ficou estabelecido como ideal, proporcionando melhores resultados em todos os aspectos, pois isto permite ao pássaro uma forma ideal de rendimento hormonal e alimentar sem chegar ao estresse.

Como a maioria dos Criadouros Comerciais de aves, canoras ou outras, estão sempre situados em galpões, ou mesmo dentro de um modesto quarto ou peça da casa transformada em criadouro, a luz do dia, quase sempre é insuficiente para cumprir o ciclo vital do desenvolvimento das aves, como se estivessem livres na natureza. A solução encontrada e que responde melhor aos estímulos necessários para obter sucesso garantido e tão almejado é fornecer um complemento de iluminação que atinja os objetivos dos criadores, ou seja, melhor conforto para os Pássaros e maior sucesso em sua reprodução.

O “ILUMINIBIRD” é o complemento ideal de iluminação, composto de duas lâmpadas conjugadas, que devem ser usadas sempre aos pares para cobrir todo o espectro luminoso necessário, reproduzindo ao máximo as condições encontradas na natureza, indo desde o limite do Infra-Vermelho até o Ultra-Violeta, passando por todo o espectro luminoso induzindo as aves a se sentirem como em um ambiente natural e propiciando a reprodução de filhotes, como se estivessem livres.

O Número de lâmpadas deve ser calculado levando-se em conta vários fatores no qual serão aplicadas, tais como tamanho do recinto, cor das paredes e teto, como também do piso etc. Assim após vários testes ficou estipulado que o ideal é utilizar um conjunto de duas lâmpadas, para cada 12 metros cúbicos do ambiente.

É só medir a largura da peça, multiplicar pelo comprimento e multiplicar novamente pelo lado mais alto ou pé direito. Na sua fórmula original, (Largura X Comprimento X Altura) Ex: Um ambiente que possua, 5 metros de frente, por 6 de comprimento e uma altura de 3 metros. 5 X 6 X 3 = 90 m3, que divididos por 12, dá um número inexato de 7,5 conjuntos de duas lâmpadas cada e que nós arredondaremos sempre para a unidade superior, que será, 8 conjuntos.

As cores das paredes e do teto devem ser sempre claras ou neutras. O piso também, na medida do possível deve ser claro, para facilitar a reflexão da luz, tanto a luz natural, quanto a artificial. O prolongamento do dia natural pode ser escolhido tomando-se como padrão o nascer do sol, entre 06:00h e 06:30h da manhã que somado ás 14 horas de iluminação nos dará 20:00h, ou 20:30h da noite. Cabe ao usuário, controlar a iluminação de uma maneira prática e econômica. Nos dias de verão que são mais longos, a iluminação artificial pode ser reduzida, necessitando-se duas ou três horas e até menos. Já nos dias de inverno e estação chuvosa, com dias mais curtos e tempo nublado a complementação pode atingir até 6 horas e ás vezes as luzes ficarão acesas o dia inteiro. Caberá ao usuário o critério de utilização que melhor lhe convenha, visando uma distribuição do consumo que seja mais proveitoso e econômico.

O tempo de vida útil destas lâmpadas é em torno de 7.000 Horas ou mais, quando acesas em ciclos de 3 horas. Claro que em se tratando de lâmpadas, tudo é muito relativo, dependendo da estabilidade da tensão elétrica da rede e o número de vezes entre acender e apagar.

A instalação ideal seria em “Varais” de modo que as lâmpadas permanecessem na horizontal, mas os “varais” ou suportes ficassem na vertical. Assim as gaiolas ou viveiros receberiam a luz diretamente e obteria melhor proveito. Mas se dificuldade existe, melhor distribuí-las da maneira convencional no teto, colocadas em uma distribuição eqüidistante uma das outras. A instalação deve ter critérios que obedeçam as normas de segurança no uso de tensão e corrente elétrica, com fios nas bitolas específicas á corrente elétrica e tomada de três pinos com aterramento, assim como fusíveis ou disjuntores adequados, lembrando que segurança é coisa séria. Sai muito mais barato evitar do que remediar, como o bom e velho ditado nos ensina.

Escrito por Geraldo Magela, em 2/9/2003

Aves

Criação

Há três possíveis e importantes causas de infertilidade temporária que, por serem de correção bem fácil, deveríamos explorar mais:

1- A época certa da prontidão para a criação. Cada pássaro tem uma época própria para a muda que antecede o período de cria. Nas minhas andanças mineiras vi canários já bem adiantados na muda, outros no seu início e outros ainda criando e sem indícios de muda. Parece que, onde há vários machos disputando o espaço, o nível hormonal permance alto e a muda faz-se mais tarde. Outras influências podem ser a temperatura ambiente e mesmo a genética de cada um. Logicamente, os pássaros machos e fêmeas estarão com a muda terminada e prontos para a procriação em datas diferentes. Parece que o Ivan já citou que o Aloísio aconselha começar as galadas um pouco mais tarde. Conselho simples e inteligente. Os pássaros mais novos, principalmente se nas suas primeiras temporadas de cria, aprontam-se mais tardiamente. Creio que o controle das datas das mudas de cada pássaro do plantel facilitará usar os pássaros num período mais adequado e com maior poder produtivo. Creio também que o isolamente visual e auditivo, quando puder ser feito, apressaria a muda e o início da procriação. Não tenho estudos em mãos, mas, com certeza, no período da muda os hormônios ditos sexuais estão baixos. Se o pássaro continuar a disputar território, eles se manterão altos e a muda atrasará. Assim como vi pássaros ainda disputando canto, aqui em casa, onde tenho um só canário, ele já está adiantado na muda, tranqüilo, saudável e corrichando ou com poucos estalos baixos;creio que isso deveria ser o normal da muda. Claro que há as exceções que confirmam a regra;

2- Embora a menor fotoperiodicidade seja menos importante nos trópicos, a não ser em locais específicos mais sujeitos às cerrações, ao ar poluído por excesso de fumaça e em criadouros muito fechados, se o excesso de luz do dia for mantido por longos períodos (meses) a resposta da produção hormonal diminui com o correr do tempo. Isso é explicável, pois, como já foi explorado nesses papos, o aumento dos hormônios sexuais leva à diminuição dos seus hormônios estimuladores;

3- Em pássaros criados formando casais monogâmicos, a proximidade de outros pares reforça o estímulo à defesa do território. Entretanto, se houver excesso do tempo perdido na defesa territorial poderá haver baixa na fertilidade. Esses estudos parecem reforçar a tese já apresentada no GET sobre a queda da fertilidade de machos muito fogosos mantidos ocupando o mesmo território.

Um outro dado interessante, capaz de criar um ambiente psicológico positivo que favorece a procriação, é a constatação que, na Natureza, o período de cria coincide com o aumento da quantidade e da variedade de insetos e, principalmente, dos grãos. Sábia Natureza. Isso parece, em tese, apoiar a conduta de alguns criadores em oferecer uma grande variedade de alimentos aos seus pássaros.

Escrito por José Carlos Pereira, em 2/9/2003