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Pássaros em viveiro comunitário

Aves vivem em harmonia em viveiros comunitários

Prezado LUIZ CARLOS

Um viveiro comunitário, para pássaros nativos brasileiros (a não ser que tenha área bem grande – acima de 10 metros quadrados) não é o local adequado para as aves viverem em paz e harmonia. Isto porque, na época da procriação, os reprodutores passam a apresentar posturas de comportamento agressivas, brigando entre si – e em vários casos, ocasionando lesões graves e até morte dos ocupantes do viveiro.

O melhor seria a aquisição de pássaros exóticos que, por viverem e criarem em comunidade, não entrariam em conflito.

O canário-da-terra é um passarinho que, na época da criação, é muito belicoso e territorialista e, portanto, não recomendável para viver em bandos com outros pássaros da fauna brasileira.

Sds

Paulo Rui de Camargo – SP – criar para não extinguir

—– Original Message —–

From: Aloísio Pacini Tostes

To: Sicalis

Sent: Sunday, February 22, 2004 12:20 PM

Subject: Fw: Instruções/Enderêços…

—– Original Message —–

From: Luiz Costa

To: lagopas@terra.com.br

Sent: Thursday, February 19, 2004 3:32 PM

Subject: Instruções/Enderêços…

Boa tarde senhores,

Construí um viveiro de três metros de diâmetro em minha chácara de Tatuí, e estou querendo adquirir um casal de canário da terra e outras aves que possam viver em harmonia neste mesmo espaço. Gostaria se possível, contar com sua generosa ajuda, para orientar-me neste sentido, para que eu possa adquirir estes pássaros, com segurança e dentro da legalidade.

Desde já agradeço sua atenção.

Obrigado,

Luiz Carlos.
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Escrito por Paulo Rui de Camargo – criar para não extinguir, em 23/2/2004

A Arte da Criação

O criador é um artista

Criar passarinhos é antes de tudo uma arte. Começa sempre com o amor pelo belo; a paixão pela Música. Sendo uma arte, o criador é um artista. Dessa forma, antes de se comentar ou dialogar com quem apresenta alguma proposta, alguma crítica, alguma posição, é necessário, por respeito \’a arte e ao interlocutor, ao crítico, quando ele também se insere naquele meio artístico sobre o qual se manifesta, saber o que ele cria, quais são as suas obras, para que ele possa exteriorizar a sua arte e, a partir de então, você compreendê-la. É necessário também que o crítico esclareça a modalidade que escolheu para desenvolver seu trabalho artístico. Finalmente, onde obtém recursos e como faz para repassar suas obras aos admiradores da sua arte. Sim, porque o artista não se pertence. Nem sua obra lhe pertence. O trabalho artístico é patrimônio da Humanidade. Somente a sua criação lhe pertence. Somente sua criatividade não pode ser repassada. Mas o artista vive da sua obra, quando profissional, e arrecada recursos com a comercialização do seu trabalho. Todo artista ama sua própria arte, mas não pode guardar para si, ocultar aos olhos do mundo toda extensão da sua obra. Pode reservar para si aquelas que mais lhe inspiram, que lhe proporciona a capacidade de continuar criando, pois não tem o direito de reserva-se tudo, sacrificando o seu talento e sua produção artística, de modo a privar ao público o acesso a suas obras. Quando se trata de um artista amador, que não comercializa suas obras, haverá de ter necessariamente uma fonte de captação de recursos e pode reservar para si maior parte do que produz, porque o faz somente para satisfação do próprio ego, não encontrando interesse do público admirador do trabalho artístico. Desse modo poderá sobreviver com renda própria e desenvolver sua arte com captação externa de recursos, para que possa desenvolver seu trabalho artístico e distribuir parte de seus trabalhos entre seus amigos, destiná-lo a causas beneficentes, oferecer a quem queira, tudo gratuitamente, posto que seu amor por sua própria arte se sobrepõe ao interesse econômico e ele não detém necessidade financeira. Tem de ser uma doação de si para o mundo, porque se assim não for, mesmo sendo um artista amador está se utilizando profissionalmente na sua arte. Mas, mesmo os amadores, que assim se declaram e se comportam, não poderão guardar para si todo o seu acervo, pois o egoísmo não cabe na alma do artista. Em assim se considerando, é necessário que o crítico, integrado \’a modalidade artística que comenta, pertencendo ao meio, produzindo também suas obras tanto quanto os demais artistas, coloque gratuitamente \’a disposição do público o seu trabalho. Se assim não for, nada o impede que seja apenas um interprete dos trabalhos apresentados, sem, contudo poder julgá-los, eis que não pode compreender a técnica, o sentido, a mensagem, o conteúdo do trabalho artístico. Dessa forma, verifique a produção do crítico e procure saber quantas e quais peças do seu trabalho artístico ele possa te oferecer, graciosamente, não para que você as comercialize, mas que possam enriquecer o seu acervo.

Escrito por Valdemir Roberto Barros, em 23/1/2004