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Nutrição de aves de criação

Tecnologias atuais

União dos Criadores de Canários de Sorocaba 2006

Rodrigo Silva Miguel

Médico Veterinário e criador especialista em nutrição de aves

Proprietário do Criadouro Caiapós desde 1983

Fone (11 )9961 4031 rsmiguel@ig.com.br

A constante evolução genética dos planteis exige cada vez mais cuidados para que não percamos tempo, dinheiro e o prazer desta atividade apaixonante que é a criação de aves.

A criação de sucesso está baseada em três pilares principais:

GENÉTICA – SANIDADE – NUTRIÇÃO

A Genética determina o ritmo da evolução dos planteis e para que estes possam expressar todo seu potencial, devemos acompanhar estas mudanças genéticas com evolução também na sanidade e na nutrição.

É claro que as instalações e o manejo também são muito importantes, mas sem a adequada manutenção dos três pilares a criação não chegará ao seu máximo.

No caso da nutrição, o suporte necessário à máxima expressão genética das aves ganhou nos últimos anos algumas ferramentas importantes no que diz respeito à otimização dos nutrientes disponíveis nas dietas. O perfil nutricional evoluiu muito nas últimas duas décadas, a relação entre os nutrientes está muito ajustada, as matérias primas utilizadas têm qualidade cada vez melhor, no entanto, era necessário fazer com que as aves conseguissem aproveitar de maneira mais eficiente cada componente presente na ração.

Neste sentido as pesquisas atuais nos brindaram com alguns aditivos capazes de promover este aproveitamento superior dos nutrientes das dietas e em pouco tempo estes aditivos tem se tornado parte indispensável das rações de melhor qualidade

Vamos agora descrever de maneira sucinta as funções de alguns destes aditivos e sua importância para a evolução cada vez mais especializada dos planteis:

Vitaminas Protegidas as vitaminas são nutrientes essenciais para o bom desempenho de todas as funções vitais das aves e devem estar presentes em quantidade suficiente e balanceada nas rações para que possam contribuir de maneira efetiva. Com a evolução das rações no sentido do processo de fabricação corno por exemplo a peletização, extrusão e também o aumento do prazo de armazenamento, houve a necessidade de tornar as vitaminas mais estáveis para que suportassem as altas temperaturas e permanecessem íntegras até sua absorção no intestino das aves. Outra necessidade era a de fazer com que as vitaminas passassem pelo trato digestivo das aves (moela, proventrículo), sem se degradar no Ph ácido destes órgãos, chegando assim ao intestino em quantidade e qualidade superiores. Sendo assim, desenvolveu se um processo de proteção ou encapsulamento das vitaminas para que isto fosse possível.

Minerais Orgânicos (Quelatados) com a mesma importância das vitaminas na nutrição das aves, os minerais também são componentes obrigatórios das rações e os cuidados com o balanceamento e as dosagens devem ser constantes. Os minerais estão divididos em macrominerais (Cálcio, Fósforo, Sódio, Potássio) e microminerais (Selênio, Cobre, Ferro, Zinco, Manganês, Cromo, Cobalto) em função das quantidades necessárias ao organismo. O fato dos microminerais serem necessários em quantidades menores, não significa que sejam menos importantes. São os microminerais parte integrante e responsáveis pelo bom funcionamento das enzimas endógenas que comandam todos os processos fisiológicos das aves entre os quais podemos citar: crescimento ósseo, muscular, empenamento, fertilidade, controle do stress, formação da casca do ovo, enfim tudo que se passa na ave é controlado por alguma substância do orgamismo (enzima endógena) e estas substâncias tem microminerais como parte de sua estrutura.

Para que possam ser absorvidos no intestino das aves, os minerais devem se ligar a um aminoácido específico e isto pode ocorrer no próprio intestino antes que os minerais passem pela zona de absorção e sejam excretados nas fezes, ou o processo pode ser otimizado com a utilização de minerais orgânicos ou quelatados. A quelação, é o processo de ligação dos microminerais com moléculas orgânicas (aminoácidos, açúcares, lipídeos, etc) com a finalidade de “antecipar” este processo para o organismo. A ligação que deveria ocorrer dentro do trato digestivo da ave, é feita antes e o micromineral chega à zona de absorção pronto para ser absorvido, fazendo assim com que uma maior quantidade dos elementos chegue à corrente sanguínea e possa desenvolver suas funções de maneira melhor.

Enzimas digestivas para o aproveitamento dos nutrientes da dieta é necessário que as aves consigam digerir os alimentos. Para isto utilizam enzimas presentes em todo o trato digestivo, desde a língua e saliva até o fígado, vesícula biliar e pâncreas. Contudo as aves possuem certas enzimas em quantidade suficiente para digerir apenas uma parte dos alimentos, ficando intocada uma outra parte que chamamos de substrato não digestlvel. Este substrato não digestível pelas enzimas das aves pode ser aproveitado pelo organismo se adicionarmos às dietas uma suplementação destas enzimas, fazendo assim com que o organismo possa retirar dos alimentos uma quantidade maior de nutrientes como proteína, energia, aminoácidos, fósforo, entre outros.

Probióticos para realizar a boa digestão dos alimentos, o intestino deve conter uma flora bacteriana que vai agir auxiliando esta digestão. Vários fatores como stress, medicação, competição com bactérias patogênicas (nocivas), podem alterar a composição desta flora intestinal, prejudicando a digestão e absorção dos nutrientes e consequentemente o estado geral de saúde da ave. Para prevenir e até mesmo restabelecer as boas condições da flora intestinal, podemos utilizar os probióticos que são compostos produzidos a partir de colonias de bactérias benéficas e que vão promover a colonização do ambiente intestinal, preservando e melhorando assim a condição digestiva da ave.

Prebióticos são compostos geralmente de polissacarídeos (mananoligossacarídeos) utilizados para facilitar a proliferação das bactérias benéficas no trato intestinal. Têm valor nutricional que permitem a estas bactérias se proliferar e tomar o espaço que poderia ser ocupado por bactérias nocivas ( patogênicas ), auxiliando na manutenção da boa flora intestinal.

Adsorvente de Micotoxinas a produção e armazenamento de sementes e grãos está sujeita à proliferação de fungos que facilmente se desenvolvem em nossas condições climáticas. Estes fungos são responsáveis pela produção de substâncias tóxicas às aves chamadas de Micotoxinas. São as micotoxinas que causam todos os problemas atribuídos aos fungos na alimentação das aves, como problemas hepáticos, renais, neurológicos, infertilidade e até mesmo mortalidade. Os aditivos adsorventes de micotoxinas têm a capacidade de se ligar a estas substâncias no intestino antes de serem absorvidas pelo organismo das aves e carreá-las para fora via fezes, anulando assim seu efeito deletério. É importante ressaltar que aditivos antifúngicos têm a propriedade de impedir a formação de fungos nos alimentos quando armazenados não tendo ação alguma sobre as micotoxinas; porém muitas pesquisas mostram que a produção de micotoxinas por fungos começa ainda nas plantações, chegando assim já produzidas ao armazenamento. Assim a utilização dos adsorventes de micotoxinas também é uma importante ferramenta para a manutenção da saúde das aves.

Vale a pena dizer que tudo que se pode oferecer em termos de nutrição, deve seguir critérios técnicos, pois o excesso pode prejudicar tanto ou mais que a carência de algum nutriente. Vitaminas e minerais tem interação entre si, de forma que altas doses de uma vitamina podem provocar bloqueio da absorção de outra assim como nos minerais; alguns minerais, apesar de essenciais, podem se tornar tóxicos em altas doses. De modo que utilizar estes recursos para obter sucesso na criação deve ser algo responsável e com acompanhamento técnico.

Estes produtos estão disponíveis no mercado e, tanto podem como devem fazer parte de uma ração ou farinhada de boa qualidade. As rações prontas já com os aditivos são o melhor meio para se utilizar, pois obedecerão a um balanceamento orientado por um técnico responsável, além de ser bastante complicado manusear doses pequenas destes aditivos em casa. A margem de erro é muito grande.

Como demonstramos acima, os recursos disponíveis para manter a boa saúde dos nossos planteis são muitos e naturalmente eficientes. Devemos assim, nos conscientizar de uma vez por todas que os tradicionais antibióticos ainda utilizados por alguns criadores, devem ter apenas função terapêutica (para o tratamento de doenças) e deixar de integrar de maneira contínua as rações. Os efeitos da utilização da antibióticos a longo prazo ou em doses inadequadas traz muito mais problemas do que benefícios. Mas este tema é assunto para outro artigo. Devemos e podemos prevenir doenças e ter bons resultados com boa alimentação!!!

Escrito por Rodrigo Silva Miguel, em 1/2/2008

Sorgo

Excelente alimento para aves

SORGO

A moderna planta de sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) (Taxonomia) é um produto da intervenção do homem, que domesticou a espécie e, ao longo de gerações, vem transformando-a para satisfazer as necessidades humanas. Sorgo é uma extraordinária fábrica de energia, de enorme utilidade em regiões muito quentes e muito secas, onde o homem não consegue boas produtividades de grãos ou de forragem cultivando outras espécies, como o milho.

A origem do sorgo está provavelmente na África, embora algumas evidências indiquem que possa ter havido duas regiões de dispersão independentes: África e Índia. A domesticação do sorgo, segundo registros arqueológicos, deve ter acontecido por volta de 3000 A.C., ao mesmo tempo em que a prática da domesticação e cultivo de outros cereais era introduzida no Egito antigo à partir da Etiópia.

Quando e como o sorgo se dispersou para fora da África é matéria de grande controvérsia. O Sorgo Durra, nome de um dos tipos raciais da espécie, é encontrado extensivamente desde a Etiópia, passando pelo Vale do Nilo até o Oriente próximo, atingindo a Índia e a Tailândia. Os Durras provavelmente foram introduzidos no mundo árabe por volta de 1000 a 800 AC. As rotas comerciais terrestres ou marítimas da antiguidade que levavam ao extremo Oriente (China, Coreia, Japão) certamente foram usadas para introduzir o sorgo na Índia.

Registros indicam que seu cultivo na Índia (que hoje é a mais extensa área de cultivo de sorgo no mundo) segundo estatísticas mundiais, remonta ao século I D.C.

O sorgo chegou ao Oriente próximo um pouco mais tarde e ao mesmo tempo atingiu a Europa através da Itália, provavelmente com sementes trazidas da Índia por volta de 60 a 70 anos D.C. Partindo também da Índia, o sorgo chegou à China no século III D.C. Antes disso ocorrer, no entanto, sorgos do tipo Durra já eram observados na Coreia a nas Províncias Chinesas adjacentes, provavelmente introduzidos através das chamadas “rotas da seda” que partiam da Ásia Menor em direção ao extremo Oriente.

À partir de numerosos materiais genéticos foram introduzidos nos EUA pelo Departamento de Agricultura e outras agências, provenientes de diversas partes do mundo. Os Durras chegaram à Califórnia vindos do Egito em 1874. O tipo Shallu, da Índia, em 1890. Os Kafirs, da África do Sul, em 1904 e alguns anos mais tarde os Milo, os Feterita e os Hegari, do Sudão.

Na primeira década do século XX, sorgo foi extensivamente cultivado nos EUA para produção de xarope ou melaço. As cultivares eram de porte muito alto e tardias, com alguma semelhança fenotípica com os atuais sorgos forrageiros para silagem. O porte avantajado dessas cultivares não permitia sua utilização como plantas graníferas porque a colheita, mesmo que fosse por processo manual, era muito difícil. Além disso, o ciclo extremamente longo limitava seu cultivo às regiões no sul do país mais próximas da linha do equador. Os primeiros colonizadores das Grandes Planícies do Oeste Americano, então, selecionaram plantas dos tipos Milo e Kafir mais adaptadas à agricultura que se modernizava e que eram muito mais tolerantes ao clima seco da região do que o milho. Com o advento da mecanização na segunda década do século XX, novas seleções foram sendo feitas a partir dos materiais originais, que acrescentaram mais valor às cultivares como precocidade e porte cada vez mais baixos.

Mas foi a partir da década de 40, com o surgimento dos chamados (combine types) ou sorgos graníferos como conhecemos hoje, que a cultura tomou um significativo incremento em várias regiões do Oeste dos EUA. Maiores progressos no entanto, estavam por vir graças ao trabalho de um grupo de cientistas como J.R.Quinby e J.C. Stephens, que viabilizaram os híbridos por volta do início dos anos 60. O sorgo híbrido tornou-se um incontestável sucesso nos EUA e a nova tecnologia rompeu suas fronteiras, tornando-se rapidamente uma cultura muito popular em diversos países como: Argentina; México; Austrália; China; Colómbia; Venezuela; Nigéria; Sudão; Etiópia.

No Brasil, onde o sorgo foi mais recentemente introduzido, seu cultivo está se popularizando também e já somos um dos 10 maiores produtores mundiais. Em todo o mundo a combinação de potencial genético e o uso de práticas de cultivo como fertilização adequada; controle de doenças, insetos e plantas daninhas; manejo da água de irrigação; zoneamento agroclimático e altas populações de plantas, tem propiciado altos rendimentos de grãos e forragem em regiões e condições ambientais desfavoráveis para a maioria dos cereais.

Sorgo é cultivado em áreas e situações ambientais muito secas e/ou muito quentes, onde a produtividade de outros cereais é anti-econômica. Embora de orígem tropical, o sorgo vem sendo cultivado em latitudes de até 45º norte ou 45º sul, e isso só foi possível graças ao trabalho dos melhoristas de plantas, que desenvolveram cultivares com adaptação fora da zona tropical. Sorgo é cultivado principalmente onde a precipitação anual se situa entre 375 e 625 mm ou onde esteja disponível irrigação suplementar. Sorgo é, entre as espécies alimentares, uma das mais versáteis e mais eficientes, tanto do ponto de vista fotossintético, como em velocidade de maturação. Sua reconhecida versatilidade se estende desde o uso de seus grãos como alimento humano e animal; como matéria-prima para a produção de alcool anidro, bebidas alcoólicas, colas e tintas, o uso de suas panículas para a produção de vassouras, extração de acúcar de seus colmos, até às inúmeras aplicações de sua forragem na nutrição de ruminantes.

Agronomicamente os sorgos são classificados em 4 grupos: granífero; forrageiro para silagem e/ou sacarino; forrageiro para pastejo/corte verde/fenação/cobertura morta; vassoura.

O primeiro grupo inclui tipos de porte baixo (híbridos e variedades) adaptados à colheita mecânica. O segundo grupo inclui tipos de porte alto (híbridos e variedades) apropriados para confecção de silagem e/ou produção de açúcar e álcool. O terceiro grupo inclui tipos utilizados principalmente para pastejo, corte verde, fenação e cobertura morta (variedades de capim sudão ou híbridos inter específicos de Sorghum bicolor x Sorghum sudanense) (Taxonomia).

O quarto grupo inclui tipos de cujas panículas são confeccionadas vassouras. Dos quatro grupos, o sorgo granífero é o que tem maior expressão econômica e está entre os cinco cereais mais cultivados em todo o mundo, ficando atrás do arroz, trigo, milho e cevada. A produção mundial de grãos de sorgo foi estimada em cerca de 58,9 milhões de toneladas métricas em julho de 2002 . A área total cultivada com sorgo granífero é de cerca de 37 milhões de hectares, e deste total Ásia e África participam com 82%. No entanto, a maior produção e produtividade estão na América do Norte. Estados Unidos e México juntos produzem 34% da produção mundial. Entre os maiores produtores de grãos de sorgo do mundo, a Índia detém a maior área plantada, com cerca de 11 milhões de hectares. Mas os Estados Unidos lideram a produção mundial, com quase 14 milhões de toneladas numa área de pouco mais de 3 milhões de hectares. India, Nigéria, México, Sudão, China, Argentina, Austrália, Etiopia, Burkina, pela ordem, completam o grupo dos dez maiores produtores mundiais de grãos de sorgo. Na América do Sul, Argentina é o maior produtor, seguido pelo Brasil, que está muito próximo de fazer parte do grupo dos dez. A produção brasileira está crescendo rapidamente e poderá, ainda nesta década, se igualar ou superar a posição da Argentina no Continente.

Em termos globais, sorgo é a base alimentar de mais de 500 milhões de pessoas em mais de 30 países. Somente arroz, trigo, milho e batata o superam em termos de quantidade de alimento consumido. Entretanto, a cultura de sorgo produz muito menos do que seu potencial oferece. O século XX foi o século do trigo, do arroz e do milho. O século XXI poderá ser o século do sorgo.

O sorgo deve ter chegado ao Brasil da mesma forma como chegou na América do Norte e Central: através dos escravos africanos. Nomes como (Milho de Angola) ou (Milho da Guiné), encontrados na literatura e até hoje no vocabulário do nordestino do sertão, sinalizam que possivelmente as primeiras sementes de sorgo trazidas ao Brasil entraram pelo Nordeste, no período de intenso tráfico de escravos para trabalhar na atividade açucareira.

Mais recentemente, à partir da segunda década do século XX até fins dos anos 60, a cultura é reintroduzida de forma ordenada no país através dos institutos de pesquisa públicos e universidades. Deste período vamos encontrar registros de pesquisas com sorgo no Instituto Agronômico de Campinas, no Instituto Pernambucano de Pesquisas Agropecuárias, de Pernambuco, e no Instituto de Pesquisas Agropecuárias do Rio Grande do Sul e em algumas Escolas de Agronomia, como a Esalq de Piracicaba, Escola Superior de Agricultura de Lavras, Escola Superior de Agronomia de Viçosa, Escola de Agronomia de Pernambuco e outras. Coleções foram introduzidas da África e dos Estados Unidos e deram origem a cultivares forrageiras comerciais cujos nomes até hoje são lembrados pelos produtores, como as variedades Santa Eliza, Lavrense, Atlas e Sart. O sistema de produção e distribuição de sementes melhoradas, no entanto, só viria a se desenvolver mais tarde, entre fins dos anos 60 e começo dos 70. Foi quando o setor privado entrou no agronegócio do sorgo. E foi nesse momento que os híbridos de sorgo granífero de porte baixo recém lançados na Argentina (aqui chamados de sorgo anão) chegaram ao Brasil através da fronteira gaúcha com os países platinos. Neste período o Rio Grande do Sul tornou-se o maior produtor de grãos de sorgo do país. Somente o município de Bagé, na fronteira com o Uruguai, chegou a plantar entre 20 e 25 mil hectares de sorgo. E do Rio Grande do Sul, os “modernos” híbridos desenvolvidos pelo trabalho dos melhoristas americanos e adaptados às condições da Pampa Argentina, chegaram a São Paulo. De São Paulo a cultura se expandiu para os estados centrais e durante os últimos 25 anos, o sorgo alternou crescimento e declínio de área plantada. Mas nos últimos 5 anos a cultura de sorgo granífero parece ter encontrado seu nicho de mercado, e com o esforço da pesquisa e das empresas sementeiras consolidou sua posição de cultura alternativa ao milho no sistema de sucessão de culturas. O Rio Grande do Sul continua sendo um estado produtor e consumidor de grãos de sorgo, mas não detém mais a liderança que tinha até os anos 70. O Centro Oeste é atualmente a área sorguera mais importante do país.

Escrito por Barcelos Corretora Produtos e Serviços , em 19/12/2007