Postagens relacionadas com Artigos

Dosagem Metabólica

Uma forma interessante para se calcular a dose das medicações das aves

Um tempo atrás o nosso amigo Dr. Zeca enviou-nos um texto a respeito de doses de medicações para pássaros.

O texto originário do site http://www.vet.uga.edu/ivcvm/1999/Dorrestein/dorrestein.htm tinha título de “METABOLIC CONSIDERATIONS FOR TREATMENT BIRDS”, cujo autor era Dr. Gerry Dorrestein. O autor não é pouca coisa, é professor do departamento de patologia da faculdade de veterinária da Universidade de Utrecht na Holanda, é ainda co-autor do livro ” AVIAN MEDICINE AND SURGERY” e autor do capítulo a respeito de antibióticos em pássaros no livro “ANTIBIOTICAL THERAPY IN VETERINARY MEDICINE”. Mas deixemos os “entretantos” e vamos logo aos “finalmentes” … Inspirado em um artigo de 1990 a respeito da utilização de uma escala metabólica para se inferir doses de medicamentos em diferentes espécies de animais exóticos o Dr. Dorrestein comenta que isso nunca se tornou uma prática comum na medicina de animais exóticos, tendo como principal razão a série de cálculos matemáticos para se fazer as conversões necessárias.

Trazendo essa idéia para os pássaros nosso autor menciona que a extrapolação das doses de medicamentos de humanos, mamíferos e aves de granja para pássaros é uma prática comum. Essa prática ,porém, tem seus limites. A maioria dos pássaros têm um peso corporal pequeno e uma taxa metabólica basal alta, 50 a 60% maior nos passeriformes q em outras aves com o mesmo peso corporal. O problema é que os estudos a respeito das drogas fornecidas para nossos pássaros é baseada, geralmente, em estudos em galinhas, papagaios ou pombos, assim sabermos a concentração correta a ser fornecida é muito importante.

A dosagem baseada no metabolismo parte do princípio que a quantidade da droga a ser administrada aos animais está mais estritamente relacionada ao consumo energético diário que com o peso corporal do animal. Usando uma fórmula ele montou ,para as variações de peso mais comuns dos pássaros, uma tabela de conversão do peso corporal para taxa metabólica basal (TABLE 1). Com a mudança do cálculo das doses de mg/Kg de peso por dia para mg/Kcal por dia e levando em conta o consumo de água diário dos animais, também baseado nas variações metabólicas individuais (0,5ml/kcal) as doses passam a ser espécies independentes. Assim a dose da medicação a ser misturada à água servirá para qualquer espécie, com qualquer peso, pois o fator limitante da dosagem será o volume de água consumido no dia.

O cálculo da concentração da medicação na água de beber deveria ser baseada na ingestão hídrica diária, como isso pode variar com a temperatura e umidade do ambiente, habitat original do pássaro (deserto, matas) e pelo tipo de dieta (frutas, verduras) o próprio criador deveria sempre recalcular o atual volume de água consumido por seus pássaros e ajustar a concentração visando o fornecimento da dose média calculada em mg/kcal.

Na TABLE 2 do artigo foi feita uma listagem de vários antibióticos já com a dose calculada em mg/kcal. A TABLE 3 nos trás exemplos de cálculos utilizando-se vários antibióticos em passeriformes e não passeriformes de variados pesos.

A dose da medicação é calculada utilizando-se da fórmula :

DOSE = TMB x dose em mg/kcal

Exemplo:

Tomemos a ERITROMICINA e uma ave de 20g bebendo 3,5 ml de água por dia.

Pássaro com 20g de peso na TABLE 1 vemos que a Taxa metabólica Basal (TMB) é de 7 kcal/dia. Na TABLE 2 temos as doses em mg/kcal na segunda coluna.

TMB=7

Dose em mg/kcal=1,17

Dose individual = 7 X 1,17 => 8,19 mg/dia de eritromicina

Os 8,19 mg devem estar distribuídos em 3,5ml de água, que é o volume de água ingerido pelo pássaro por dia. Para se encontrar a concentração total de um litro da água medicada dividimos os 8,19 pelos 3,5 e teremos 2,34mg em cada ml de água, multiplicando-se esse valor por 1000 (um litro = 1000ml) temos 2340 mg/l. Assim devemos adicionar em um litro de água 2.340mg de eritromicina.

O mesmo fazemos para calcular qualquer dose de qualquer medicação, como vemos nos exemplos da TABLE 3.

Aparentemente é complicado, mas após o entendimento se mostra extremamente fácil e prática.

Penso que quando formos colocar em prática esse método não deveríamos dar aos pássaros frutas e verduras se possível, para que a dose ingerida seja o mais correto possível. Um outro cuidado que penso ser importante é utilizarmos bebedouros âmbar ou com alguma proteção contra a luz, visto que a luminosidade pode afetar certos medicamentos.

Além disso só devemos medicar nosso pássaros quando realmente necessário e de preferência com a prescrição de um médico veterinário e seguirmos a prescrição da forma e pelo tempo recomendados.

Notemos que na TABLE 3 ocorreu uma troca das doses metabólicas entre NYSTATIN E POLYMYXIN. O autor ainda faz alguns arredondamentos matemáticos na TABLE 3, o que pode dar números um pouco diferentes quando calculamos utilizando a TABLE 2.

Bem esse foi meu entendimento. Lembro aos amigos que meu forte não é matemática, assim sendo se algum matemático de plantão tiver outra visão ou outras colocações será muito bem vindo. Apenas achei importante não deixar esse interessante artigo passar desapercebido.

Um abraço e bons cálculos,

Anderson

Carangola MG

Escrito por Anderson Moreira de Almeida, em 1/6/2004

Fontes de Contaminação

Para prevenir doenças

A contaminação ocorre através do HOMEM, ANIMAL, AMBIENTE, PEIXES, INSETOS, etc…

O homem, torna-se um dos maiores agentes de contaminação, devido à sua falta de cuidado com a higiene pessoal e ambiental.

As mãos, veiculam qualquer microrganismo com um simples contato, ocasionando contaminações constantes e intermitentes.

O homem traz consigo, uma variedade grande de bactérias, seja no trato intestinal, sejam aquelas do tipo transitórias, localizadas na pele humana.

CONTAMINAÇÃO ATRAVÉS DO HOMEM:

· Coliformes totais: Enterobacter sp, Klebsiella sp, Citrobacter sp.

· Coliformes fecais: Escherichia coli, Enterococos, Salmonella sp, Yersinia enterolítica, Clostridium perfringens, Proteus sp, Salmonella typhi, Shigella sp, Vibrio cholerae.

Fungos: Cândida albicans

Parasitas: Entamoeba histolytica, Ascaris lumbricoides, Taenia sp, Giárdia lamblia.

No nariz humano, há uma grande incidência de Staphylococcus aureus (produtor de enterotoxina causadora de inúmeros casos de toxinfecção alimentar) e Enterococos.

Na boca, temos Enterococos, Cândida albicans e Escherichia coli.

Os animais, são fontes de contaminação, veiculando principalmente as seguintes bactérias: Escherichia coli, Salmonella sp, Yersinia enterocolitica, Enterococos, Brucella abortus, Micobacterium bovis.

Os animais de estimação, têm um % alto de contaminação pelo Staphylococcus aureus e Salmonellas.

Peixes , mariscos e ostras, trazem consigo, o Vibrio parahaemoliticus, o Proteus sp, Salmonella sp, Staphylococcus aureus, Enterococus.

Insetos transportam os microrganismos pelas peças bucais, patas e intestino.

As baratas (Periplaneta americana) regorgitam os alimentos. Preferam amiláceos, cerveja, queijo e animais mortos.

Como dissemos, o homem é um portador potencial de bactérias. Vejam, a seguir, as quantidades aproximadas de bactérias no ser humano:

Poro: 10 a 62.500 bactérias

Costas: 300 bactérias/cm2

Couro cabeludo: 1.500.000 bactérias/cm2

Axilas: 2.500.000 bactérias/cm2

Intestino: 300.000.000 coliformes fecais/grama de fezes

Gengiva: 36.000.000.000 bactéria/cm2

Saliva: 750.000.000 bactéria/ml

Podemos exemplificar dizendo que 1 BACTÉRIA ESTA PARA UM COPO DE ÁGUA, ASSIM COMO 01 HOMEM ESTÁ PARA UM OCEANO.

TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS:

A transmissão no alimento, via de regra, é feita pelo próprio homem, direta ou indiretamente, se estiver doente ou se for portador são. Por isso, devem-se tomar os devidos cuidados no combate à contaminação (prevenção)

Exemplo de contaminação:

Fezes – O homem pode ser portador de parasitas ou de bactérias patogênicas. Ao ir ao banheiro, as mãos do homem estarão em contato com partes íntimas de seu corpo e lãs poderão depositar tais bactérias ou ovos dos parasitas em suas mãos. Posteriormente, graças A UMA HIGIENE ERRADA, poderão chegar ao alimento. Outro meio de contaminação, é a presença de parasitas no orifício anal, que provocam em seu portador, um certo prurido(coceira), fazendo-o levar os dedos a esta região, contaminado suas mãos.

Nariz: através da coriza, espirro, milhares de bactérias e vírus penetram no ar, e daí nos alimentos. Coçar o nariz e pegar em alimentos, é CONTAMINAÇÃO NA CERTA.

Boca: tossir, cantar ou falar sobre os alimentos, é tão errado quanto espirrar.

Mãos: é com as mãos que os alimentos são preparados, guardados e distribuídos. Se elas estiverem sujas, mal lavadas, com cortes ou machucadaas (Staphylococcus aureus), com unhas compridas, serão veículo de transmissão de bactérias.

Fonte: Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Alimentos – Dr. Eneo Alves da Silva Jr.

Postado por Vanderlei Teixeira

Escrito por Eneo Alves da Silva, em 28/5/2004