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O Aquecimento Global e os Criadores

Da fala à ação

O AQUECIMENTO GLOBAL E OS CRIADORES – parte do texto foi publicado no Atualidades Ornitológicas 136

Aloísio Pacini Tostes – Ribeirão Preto SP

A globalização tem trazido muitos reflexos à conjuntura econômica que nos cerca e não outra saída, pelo menos no caso de nosso País que está totalmente integrado ao sistema, dependemos dessa engrenagem que nem sempre é justa, ainda mais quando envolvem relações comerciais das nações mais ricas com o dito terceiro mundo. O vertiginoso aumento da população mundial, desperdício ocasionado pela exagerada utilização de bens de consumo, e a poluição do meio ambiente nos levará, em breve, a uma crise: os recursos naturais irão se exaurir.

Infelizmente, desde muito tempo, o mundo é subjugado, governado e direcionado pelo poder econômico de uns poucos contra os interesses de bilhões de outros indivíduos que teriam o mesmo direito de viver em paz, dentro de um clima de justiça e fraternidade. No entanto, o que prevalece até hoje é a injustiça, o egoísmo e a ambição desregrada, levando a imensa maioria a viver na miséria e no abandono. As guerras existentes são, na verdade, instrumentos para os mais fortes se apoderarem dos recursos naturais dos mais fracos, indicativo que nos alerta para o futuro próximo: quem tem e tiver mais poder de fogo vem fazendo e cada vez mais, fará prevalecer sua força, sem dó nem piedade e ainda propagar que são ações contra o terrorismo.

Nada obstante a presunção dos poderosos, a força da natureza agredida é bem maior, eis que ela já deu vários avisos, e agora com ênfase “o efeito estufa” evidência que algo de muito grave está acontecendo, ou seja, a previsão de uma catástrofe iminente: o aquecimento da temperatura na terra. Alerta e prova de que estamos passando dos limites quanto à degradação ambiental. Os gases nocivos – dióxido de carbono, fruto da queima de derivados de petróleo, entre outros – lançados na atmosfera estão excedendo, em muito ao suportável, ocasionando um buraco negro na camada de ozônio que tem a função de proteger a Terra da excessiva ação dos raios solares.

Várias conferências mundiais recomendam: temos que agir de imediato para conter a nefasta emissão. Elaboraram, com ajuda da ONU, o Protocolo de Kyoto que os EUA e a China se negaram a assinar, porque as recomendações poderiam prejudicar os respectivos crescimentos econômicos. Não há saída, ou tomamos atitudes enérgicas agora ou todos juntos iremos assistir o colapso das instituições e o conseqüente fim da convivência pacífica entre as pessoas e os povos, o que quer dizer o fim do mundo.

Quanto mais ficar para depois maior o prejuízo e o grande perigo da irreversibilidade. Aí surge a preocupação de alguns, quem sabe um paliativo, parar ou diminuir a utilização de combustíveis aqueles oriundos do petróleo (não renováveis) para a energia renovável que não agride tanto o meio ambiente. Não deixa de ser um passo importante, mas a que custo para nós? Com a energia solar e eólica tudo bem, porém na produção, em larga escala, de bio-diesel e do etanol, o preço não seria muito alto? Estamos apavorados com a degradação que as lavouras de cana vêm provocando em nosso País, num crescente que não sabemos onde irá parar. O fogo nos canaviais para facilitar e baratear a colheita, a mão de obra barata dos trabalhadores que são explorados e não detém vínculo empregatício com os donos das usinas e das riquezas. Será que não se reverterão as tendências da intenção dos empresários rurais e esses inverterem o interesse em produzir alimentos e aumentar a fome exacerbando a prática da monocultura afora a degradação que as lavouras de soja e milho já provocam.

No Estado de São Paulo isto já está acontecendo de forma acentuada. A destruição dos habitats naturais é avassaladora, em muitas regiões não há mais local para abrigar os animais silvestres, a dizimação é quase total, sem falar da poluição das águas que logo nos levará, na sucessão, ao caos pela falta de água potável. Só nos resta proteger com unhas e dentes as unidades de conservação e estimular cada vez mais a implantação de RPPNs e proteger as nascentes e margens dos rios. O que nos preocupa também, o fato de os países ricos e suas multinacionais estarem adquirindo as empresas brasileiras que fazem parte do processo e cada vez mais irão se beneficiar da produção e do comércio internacional que advirão nas várias etapas do processo até que o etanol ou o bio-diesel cheguem ao consumidor final, ficando mais ricos ainda. De outro lado surgem então as frentes ambientalistas, as ONGs nacionais e as internacionais (poderosas e ricas), os justiceiros, os imaculados, os aproveitadores e a mídia, na maioria, tendenciosa que só veicula aquilo que lhe dá audiência: o terror, sangue e violência.

Todos se arvoram no direito de defender o meio ambiente, uns com autenticidade e outros porque melhora a imagem ou querem fazer política à custa de uma causa que todos, logicamente apóiam. Aí surgem os imbróglios, os desentendimentos e a falta de coordenação. A sociedade como um todo fica sem saber direito em quem confiar e quem está com a verdade. O certo é que, a preocupação com a biodiversidade que tem muito a ver com toda a questão ambiental que é preocupação de todos nós, não é propriedade de ninguém que se intitula melhor mais inteligente, bem como, mais preocupado ou ligado por ofício ou não à proteção ambiental.

Chama atenção a questão da Gripe das Aves, e como dá “Ibope” falar sobre isso!!!! Outro dia vi e ouvi um biólogo numa palestra na frente de mais de 200 pessoas, dizer “não sei”, “não tenho certeza” e “tenho dúvidas” , a pergunta era se ele acreditava na ameaça dela chegar até aqui. Óbvio que medidas preventivas têm que ser tomadas, mas, todo esse exagero, para nós não passa de uma fantasmagórica estória de interessados em tirar proveito ao tentar passar para a população assombrada com se fosse uma ameaça iminente de uma pandemia. Outro fato, pessoas ligadas a algumas ONGs se julgam as únicas que cuidam do bem estar animal e que a luta é só deles o que não é a realidade e nem desqualifica quem batalha com seriedade nessa luta, o que incomoda muito são os constantes exageros. O fato é que a grande maioria das pessoas tem amor e tratam os bichos com o carinho que merecem.

O assunto é controverso, haja vista os animais de produção que geram riquezas e que abatidos para serem fonte de alimento e que são vítimas primordiais de maus tratos. Como fazer com setores radicais que pregam o não uso de animais oriundos da fauna brasileira de modo algum, nem para abate como também como “estimação”. A Lei existente permite e diz que deve ser estimulado, utilização de um recurso natural de forma sustentável, para eles é balela. Reconhecemos que pode haver gente que prega esse sofisma, mas se olharmos para sua vestimenta, seus apetrechos e ao seu redor, poder-se-á constatar que tudo ali foi retirado da mesma natureza que abriga os animais. As roupas de algodão – lavouras altamente invasivas – bolsa ou cintos de couro à custa da morte de animais, e assim por diante. Só acreditamos que possam falar com isenção deste tema os índios ou aqueles que renunciam as comodidades da vida moderna, passam a viver no meio da mata, não se aproveitam da água encanada, luz elétrica, se alimentam de raízes e assim por diante. O certo é que desde que os europeus vieram para cá a degradação se iniciou. Nosso ambiente natural, hoje existente, está todo contaminado de norte a sul, com raríssimas exceções em áreas inóspitas ou de dificílimo acesso.

Temos que conviver com isso e tentar fazer o melhor para conservação, sempre usando o bom senso como forma na tomada de decisões. Uma atitude democrática foi a criação do CONAMA, que embora palco de discussões acaloradas pelo menos dá chance a quem tiver interesse legítimo a defender compareça aos Grupos de Trabalho e exprima suas opiniões. No entanto, acreditamos que as entidades organizadas que representam segmentos importantes envolvidos na questão ambiental deveriam ter assento assegurado na Câmara Técnica, senão o sistema fica manco. E assim os criadores estão nesse momento passando por um processo de descrédito, sentimos que estão sendo tratados como indivíduos de segunda classe, desalmados e criminosos. Conhecemos bem essa questão de tolerância zero, mas dentro da Lei e do respeito às normas e as pessoas de bem. Compete à polícia combater o tráfico, o que achamos louvável e apoiamos, mas volta e meia exageros são cometidos, em especial contra os mais humildes.

As estimativas estatísticas levantam que 22% dos lares brasileiros detêm aves, o que daria, no mínimo, a nosso ver perto de cinco milhões de pessoas que criam ou detém passeriformes, imaginem a força que teriam se houvesse a união e a regularização da maioria, inclusive no voto. Há e deve haver um trabalho para que todos esses que estão na marginalidade migrem para a regularidade e para o respeito às normas. Não é um trabalho simples, é preciso um esforço conjunto muito grande nesse sentido. Não venham os justiceiros e os imaculados dizer que tem que ser usada a intransigência e uma forma radical para resolver esse imenso passivo ambiental. Apreender as aves e deixa-las morrer de propósito ou por desídia, por mais absurdo que pareça está acontecendo em muitíssimos casos. Ou, quem sabe cremá-los, assim não há tantas despesas e a prova do crime destruída. Funciona assim: os bichos são encaminhados para uma instituição privada mancomunada e lá são praticadas as barbaridades, infelizmente não temos provas, mas as evidências estão aí.

Quando a opinião pública souber disso, é só lembrar do caso do ursinho branco lá na Alemanha. O que temos notado é a consolidação no meio da classe menos favorecida e esclarecida que o IBAMA é sinônimo de punição e de opressão, muita gente se nega a buscar a eventual regularidade de seus pássaros com medo de autuação. São alegados inúmeros motivos, alguns até plausíveis, por isso é que nossa opinião é que em todos os casos deve ser usado o bom senso, inclusive por causa da preocupação que temos com a integridade física dos pássaros envolvidos que muitas vezes não é levada em conta. Tolerância zero é para bandidos que matam e assaltam ou mesmo para traficantes e não pode ser aplicada para criadores de pássaros que mantém pequena quantidade de indivíduos. Repetimos, tirar de uns para levá-los para depósito aonde morrerão é um enorme contra senso.

Da mesma forma, temos ainda outras atividades que requerem o maior carinho das autoridades como os pescadores ou os extrativistas que muitas vezes provocam danos à natureza. O que podemos fazer de efetivo para proteger a biodiversidade? Em primeiro lugar sobrestar os desmatamentos, depois criar mais unidades de conservação e sem hesitação: cuidar dos animais que estão na natureza, buscar os traficantes onde estiverem e praticar a reintrodução em aéreas identificadas e protegidas. Sim, estamos dispostos a fornecer passeriformes nascidos domésticos nesse trabalho de repovoamento, é uma grande preocupação que temos no nosso objetivo de preservação. Isto posto, é preciso ficar claro que os criadores de pássaros nativos, não são pessoas alheias ou cruéis e estão sim, estão preocupadíssimos com a natureza. Evidente, então, o aquecimento da temperatura na terra deve ser tratado por todos os segmentos que lidam com meio ambiente e há a disposição e a obrigação da classe em participar e contribuir pela preservação da vida na terra.

Escrito por Aloisio Pacini Tostes, em 29/5/2007

Realizações de Torneios

Comentário Interessante

Quem organiza as Competições ?

As competições de pássaros nativos ocorrem na forma de Mini Torneio, Torneio Regional, Etapa de um Campeonato e Concurso.

Para a realização deste tipo de atividade, deve ser solicitado um Alvará junto ao IBAMA, a partir do Escritório mais próximo do local de realização do evento. Pessoas físicas, Clubes, Associações, Federações e Confederação podem solicitar Alvará para assumir a organização deste tipo de evento.

Os torneios e exposições devem ser realizados em locais adequados e devidamente protegidos de ventos, chuvas e sol. Somente poderão participar aves com anilhas invioladas, sem quaisquer sinais de adulteração e de origem comprovada (cadastrados no SISPASS ou com Nota Fiscal de Criador Comercial ou Loja).

Organizar estes eventos tem algumas implicações de responsabilidades e as respectivas penalidades legais (multa ou prisão) a respeito do mesmo. Veja o que diz a legislação sobre infrações que se ocorrerem o organizador poderá sofrer punições:

§ 8º Organizadores dos torneios e exposições de que trata este artigo e criadores amadoristas, serão responsabilizados administrativa, civil e penalmente quando constatadas irregularidades, como:

I – comércio ilegal, caracterizado como tráfico, praticado por criadores amadoristas registrados no IBAMA e participantes do evento dentro e fora do âmbito deste ou, ainda, em suas proximidades, que de imediato terão suas aves apreendidas e as licenças suspensas podendo ser canceladas após a apuração dos fatos, sem prejuízo das demais penalidades previstas na legislação em vigor.

II – criadores amadoristas com passeriformes sem anilhas, anilhas violadas ou adulteradas;

III – anilhas gravadas com datas que não correspondam à idade real do espécime;

IV – relações de passeriformes adulteradas;

V – anilhas com diâmetros (bitola interna) incompatíveis com o tarso da ave ou em desacordo com as especificações contidas nos Anexos I e III; e

VI – qualquer evento sem a via original da Autorização expedida pela Gerência

Porque não vemos passarinheiros organizando os seus próprios Torneios ?

Além dos riscos citados acima, estes eventos exigem que o organizador assuma necessidades logísticas tais como:

– Conseguir (alugar ou emprestar) um local com amplo espaço para acomodar a competição;

– Divulgar o evento de distintas formas para assegurar que tenha um número de participantes adequado para cobrir despesas decorrentes da realização do evento;

– Contar com uma Equipe para: orientar os locais reservados para o estacionamento dos visitantes e expositores; trabalhar na recepção e venda de fichas de inscrição; preparar as planilhas de inscrições para serem entregues aos Juizes; convocar Juízes, Chefes de Rodas e Auxiliares; pessoas que estarão envolvidas com a sinalização, montagem e transporte das estacas;

– Adquirir Troféus ou Certificados de Participação para serem entregues no final da Competição.

Quem organiza o Calendário de Competições ?

Geralmente os Clubes tem um Calendário próprio de Competições locais ou regionais, e à Federações Estaduais fica a incumbência de desenhar um Campeonato Estadual. Por fim o Campeonato Nacional é definido pela COBRAP em reuniões com os Clubes interessados em recepcionar uma etapa.

Torneios tem época própria ?

Sim e geralmente eles ocorrem na alta temporada: final de Outono até o final do Verão (de agosto à abril).

Quem julga nos Torneios ?

Geralmente a Diretoria dos Clubes ou das Federações tem um conjunto de pessoas que foram previamente designadas para cumprir tal função, vez que foi comprovado nestes o notório saber para exercerem esta função.

Quais modalidades de Competições existem para o Canário da Terra ?

Podemos agrupar as distintas modalidades em dois Grupos: Coletivos e Individuais.

No Grupo de Competições Individuais temos:

– em praticamente todas as Competições a Modalidade de Canto Livre;

– No Estado de São Paulo temos a Modalidade de Canto Metralha Clássico e Metralha tanto para Pardos como Amarelos;

– No Estado do Rio Grande do Sul tínhamos até 4 anos atrás as Modalidades Retinido e Retinido Corrichado tanto para Pardos como Amarelos.

No Grupo de Competições Coletivas temos: Concursos de Mutações e Rodas de Fibra.

Cumpre lembrar que para cada uma das modalidades citadas até o momento existe um conjunto de regras especificas e estas são denominadas Regulamento da Competição.

Como funcionam as Competições ?

Além dos quesitos comentados quanto as condições em que os pássaros podem participar das Competições, há outros quesitos que devem ser cumpridos (estaremos comentando sobre as Competições organizadas por Clubes, Federação ou Confederação):

– Só podem participar das Competições (que são organizadas por Clubes, Federações ou Confederação) os pássaros cujos proprietários mantêm vinculo formal (são associados) com algum Clube;

– Para participar de cada Torneio ou Etapa de um Campeonato é necessário “comprar” uma ficha de inscrição, cujos valores oscilam entre R$ 10,00 e R$ 15,00;

– No momento de aquisição da Ficha de Inscrição, o expositor deverá provar estar em dia com as suas obrigações financeiras com o Clube onde é associado. Obs.: Aqui em São Paulo estaremos inovando a partir de 2.007 com a utilização de Cartão Magnético que irá facilitar o controle destas informações.

– Na Ficha de Inscrição deverá ser preenchido o Nome do Pássaro, Numero do Anel, Nome do Proprietário e o Clube ao qual é associado;

– Estas Fichas de Inscrição deverão ser entregues (ao Juiz ou Chefe de Roda) no momento de introdução do pássaro à Estaca da Competição;

– Os resultados classificatórios da Competição serão apresentados após o encerramento de cada Modalidade, e imediatamente depois são entregues os Troféus ou Certificados de Participação que constam a Modalidade que o pássaro competiu e a Classificação obtida naquele dia.

– Para melhor compreensão sugerimos que seja lido o Regulamento de cada Modalidade, pois isto irá enriquecer os seus conhecimentos com informações complementares.

Como saber onde estará ocorrendo determinada Modalidade de Competição ? Como é julgado ?

Em geral todas as Modalidades ocorrem em um único e amplo recinto. São espaços gigantescos para acomodar cada modalidade para cada espécie de pássaro, acomodar os carros estacionados dos expositores e visitantes, bem como é reservado um espaço para reunir stands de fábricas, distribuidores e lojistas, que lá estarão divulgando ou comercializando produtos tipicos da nossa atividade.

Obs.: Geralmente nos stands encontramos uma variedade maior do que em qualquer boa loja, independente do seu porte. Por isto, mesmo a maioria que não leva seus pássaros para competir, gostam de ir apreciar a apresentação dos bons pássaros e aproveitar para comprar gaiolas, acessórios, remédios, alimentos, etc …, itens que dificilmente são encontrados em lojas próximas do próprio domicilio.

Para cada Modalidade é destinado um espaço especifico. Estes espaços tem distancia suficiente entre uma e outra Modalidade, visando assegurar que a performance do pássaro não seja interferida por ruidos de pássaros da mesma ou de outras espécies.

Canto Individual

No Canto Individual é assegurado que cada Modalidade tenha uma Estaca especifica. Por exemplo: Canto Livre, Canto Metralha Clássico Amarelo, Canto Metralha Clássico Pardo, Canto Metralha Amarelo e Canto Metralha Pardo.

Ao redor de cada Estaca é colocado uma corda de proteção, formando um circulo com raio de 5 metros. Na parte interna desta área ao redor da Estaca, estará o Juiz, o Auxiliar e o Expositor (dono do pássaro que estará se apresentando). Ao Juiz é designado a tarefa de avaliar qualitativamente as cantadas que irão ocorrer a cada apresentação. Ao Auxiliar fica as atribuições de chamar cada pássaro para apresentação, cronometrar os 5 minutos de apresentação e sempre verificar o ambiente do entorno para assegurar que não esteja ocorrendo nada que possa interferir na apresentação do pássaro.

Na forma de julgamento de cada uma destas modalidades podemos destacar que:

– No Canto Livre são computados (anotados em papel) a quantidade de cantadas emitidas durante os 5 minutos de apresentação de cada pássaro. No final da apresentação de todos os pássaros, a classificação será considerada pela quantidade de cantadas, sendo que aquele que tiver produzido maior quantidade entre todos, receberá o primeiro lugar.

Obs.: Na temporada 2.007, a FEBRAPS estará iniciando uma mudança nas competições patrocinadas por ela. Ou seja, a partir da próxima temporada, o Canto Livre no Estado de São Paulo será avaliado pela somatória dos tempos acumulados em cada cantada. Assim, o primeiro lugar será daquele que permanecer o maior tempo cantando.

– No Canto Clássico ou Especial são analisados a Qualidade do Canto em detrimento da Quantidade de Canto. Para realizar este julgamento, há um conjunto de quesitos qualitativos que estão citados no Regulamento da Competição de Canto Individual da FEBRAPS. Assim, no final, levando em consideração os quesitos qualitativos e depreciativos de cada apresentação é que são atribuidos notas e definido a classificação do dia.

Por fim, para responder a pergunta deste tópico, temos a infelicidade de informar que na maioria das vezes não há sinalizações adequadas, para que cada expositor ou visitante possa localizar com facilidade o local onde ocorrerá a Modalidade do seu interesse. Desta forma, é perguntando e no boca a boca que acabamos conseguindo localizar o local que procuramos.

Canto Coletivo

Deixarei de comentar sobre os Concursos de Mutações devido ao fato de que a ocorrência desta Modalidade só aconteceu uma única vez na cidade de Belo Horizonte e foi organizado pela COBRAP.

A Modalidade mais comum de Canto Coletivo são as Rodas de Fibra. Aqui o bicho pega, pois o número de pássaros é grande, o tempo de competição dura toda manhã e o ambiente no entorno é de muita animosidade.

A Roda é formada utilizando estacas de alturas iguais (para apoiar as gaiolas) e que são posicionadas em circulo de forma que: entre uma e outra gaiola fique a distância que varia de 20 e 30 cm. Cara a cara os CTs irão cantar com o intuito de tentar se sobrepor em relação aos seus vizinhos. Nestas demandas de canto, no ultimo periodo de julgamento, os fiscais estarão anotando a quantidade de cantadas produzidas durante 15 minutos. A classificação será em ordem decrescente e considerando a quantidade de cantadas anotadas.

Quem coordena todo os aspectos operacionais inerentes é o Chefe de Roda. Este terá a prerrogativa de designar quem serão os seus auxiliares/fiscais. Para participar da Roda o pássaro deve ser apresentado na Estaca até as 8 horas da manhã e o seu término ocorre entre 11h30 e 13h00. Há outros quesitos a serem cumpridos e para isto sugerimos que seja lido o Regulamento de cada evento local, regional ou estadual.

Quem não inscreve pássaros paga para assistir o Torneio ?

De um modo geral não são pagas as visitações ao recinto das Competições. No entanto acredito que isto esteja com os dias contados e logo estarão sendo cobrados pequenas taxas para os visitantes que vão ao local com o “único” intuito de assistir as Competições. Organizar Torneios tem representado uma obrigatoriedade moral para os Clubes e um evento com prejuizos financeiros que o seu caixa não tem conseguido absorver nestes novos tempos. Por outro lado, pagar valores simbólicos para assistir a apresentação dos melhores exemplares de cada modalidade sempre representará uma oportunidade de excelente conhecimento e aprendizagem.

O Regulamento é sempre o mesmo ?

Não. A cada temporada é divulgado o Regulamento que estará valendo, e este poderá ter sido modificado ou mantido em relação à temporada anterior. Da mesma forma, cumpre alertar que nem sempre o Regulamento de um Campeonato Estadual é exatamente o mesmo de uma atividade Local ou Regional. Assim, se um amigo pretende colocar pássaros para participar de determinada competição, deve ter o cuidado de ler antecipadamente o Regulamento específico, para não ser surpreendido com particularidades que destoem em relação ao que estaria acostumado.

Cumpre ressaltar que alguns Regulamentos estão presentes nos arquivos deste Grupo, o que permite que se familiarizem com as particularidades inerente da propria região do seu domicilio.

Nada substitui a importância visitar as competições, para que o Criador ou Mantenedor, se atualize com as tendencias que estão ocorrendo no ambiente da Criação Doméstica. Portanto amigos, jamais deixem de visitar os Torneios a cada temporada, pois, caso contrário vão ficar desinformados ou submetidos a informações contraditórias que podem ocorrer no meio passarinheiro.

Escrito por Ivan de Souza Neto

Saudações Sicalienses com Paz, União e Seriedade

Escrito por Ivan de Souza Neto , em 25/4/2007