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A luta pela preservação

Quando se fala em preservação das espécies, se pensa em combate ao tráfico, reflorestamento, conscientização … Talvez em último lugar na fila vem alguém e diz: Poderíamos criar as espécies ameaçadas em ambiente controlado / doméstico. Isso iria impedir a extinção.

Muito bem, na china com os Pandas Gigantes isso está ocorrendo, com sucesso. Recentemente a TV GLOBO em seu excelente programa GLOBO REPORTER, fez uma reportagem que mostrou um inglês que lucra U$ 1MI por ano criando répteis nativos dos países tropicais e muitos do Brasil.

Mas você sabia que no Brasil, várias espécies de animais estão salvos da extinção total graças ao trabalho de abnegados criadores que os reproduzem já a algumas dezenas de anos??? Existem passarinhos que não tem mais habitat para viver em liberdade e hoje existem aos milhares em ambiente doméstico. Estão se reproduzindo e virando animais de estimação.

Você sabia que é possível criar pássaros nativos do Brasil sem precisar capturar na natureza? Sim, é possível, mas o IBAMA, ao invés de educar, deseduca e não informa a população. Isso é uma ofensa no que diz respeito à prestação de serviço público.

Você sabia que para algumas espécies, mesmo que o sujeito queira caçar, não vai conseguir mais encontrar na natureza? É verdade. Espécies como os bicudos por exemplo são raríssimos na natureza. Mas nas casas e criatórios amadores e comerciais, se reproduzem aos milhares.

O que me impressiona é que em qualquer reportagem que se faça sobre o tráfico de animais tem sempre um funcionário do IBAMA para acompanhar. Mas eles nunca falam que existe a criação regulamentada e que esta criação pode fornecer todas aquelas aves a um custo acessível e com saúde e qualidade. Os interesses são outros.

De vez em quando vai um ou outro na TV e diz que de cada 10 passarinho pegos na natureza 9 morrem antes de chegarem a gaiola do comprador final. De onde vem este número??? Acho que é mera especulação e sensacionalismo. Aliás, seria burrice do traficante de animais deixar sua mercadoria morrer.

De outro lado, conheço profissionais que trabalham prestando serviço de auxílio aos órgãos fiscalizadores e por inúmeras vezes ouvimos as atrocidades que são cometidas pela falta de preparo destes órgãos. Certa vez uma veterinária amiga nossa falou que recebeu uma ligação notificando uma apreensão de mais de 100 canários da terra em uma rinha clandestina.

Pois bem quando ela chegou no local para prestar atendimento, estavam mais da metade mortos. Por quê? Simplesmente porque os seres inteligentes que apreenderam os pássaros, colocaram todos os mais de 100 indivduos em uma só gaiola grande para transportar.

Pensem, se os bichos foram apreendidos em uma rinha, é porque brigam! Quem colocaria mais de 100 pitbulls em um mesmo recinto??? Só um burro ou alguém mal intencionado.

Daí me vem a pergunta: Porque uma emissora séria como a TV GLOBO, vai na inglaterra mostra a criação de répteis como forma de combate ao tráfico e não mostra o trabalho de milhares de criadores sérios que salvam nossos passarinhos da Extinção???

Em recente oportunidade um grupo de criadores e representantes de nossa classe foi a Brasília e acompanhados do Senador Aloízio Mercadante foram recebidos pela Sra. Ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Ela ouviu nossos argumentos e assim a COBRAP segue tentando mostrar à sociedade a legitimidade de nossa atividade. Vamos seguindo em frente!

É preciso entender que a criação de pássaros nativos do Brasil é uma atividade sustentável que gera receitas e empregos. Além, é claro, de preservar nossos passarinhos.

No Quinto Dia Deus criou as aves dos céus e nós do Criatório Quinto Dia preservamos esta criação! (Rafael Cardoso dos Santos)

Pombos trazem micose que pode matar

Perigo aumenta no verão 

Temperaturas elevadas e umidade excessiva criam um ambiente propício para a maior incidência de casos de doenças transmitidas por animais de hábitos gregários (que vivem em bandos), como aves e morcegos. Uma das complicações que podem se tornar comuns nesta época do ano é a criptococose, mal que atinge o aparelho respiratório e o sistema nervoso central, podendo levar à morte.

“Esta é uma doença que tem se tornado cada vez mais incidente em grandes centros urbanos pela dificuldade de se controlar os hospedeiros do fungo. O hábito de alimentar pombos aumenta de forma descontrolada esta população. Os pássaros e aves criados em gaiolas e os galinheiros devem ser mantidos sempre limpos”, recomenda o médico veterinário responsável pela Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), Paulo Guerra.

Presente nas fezes desses animais, o fungo Cryptococus neoformans é transmitido ao ser humano pelas vias respiratórias. Os primeiros sintomas podem ser confundidos com os de uma alergia, como a rinite, ou com uma micose. Em poucas semanas, se apresenta como pequenos ferimentos na pele (ulcerações) e nódulos se formam nos pulmões, provocando sangramentos. No estágio mais avançado, quando ataca o sistema nervoso central, as convulsões passam a ser freqüentes. A doença acomete principalmente pessoas imunodeprimidas, ou seja, com baixa resistência.

Como não é de registro obrigatório nos órgãos sanitários, a doença não está classificada entre as que necessitam de maior atenção, a exemplo de outras de característica epidemiológica, como a dengue. “A criptococose também depende de cuidados que devem ser tomados em primeiro lugar pela própria população, a fim de se evitar as aglomerações destes animais”, aponta a infectologista Eletânia Esteves de Almeida, que acompanha o único caso notificado neste ano em Foz do Iguaçu (PR).

A operadora de caixa Regiane de Carvalho, 25 anos, está em tratamento desde fevereiro, quando apresentou os primeiros sintomas. “No começo parecia uma alergia. Sem o diagnóstico preciso, a doença foi tratada como um problema respiratório, até que precisei fazer uma biópsia”, conta. O laudo revelou que o fungo da criptococose já havia se instalado no pulmão esquerdo. A solução, neste caso, será a remoção de um terço do órgão atingido. A cirurgia está marcada para amanhã e o tratamento deve se estender por até um ano.

De acordo com Regiane, ela teria contraído a doença quando mantinha contato direto com as fezes de pombos no quintal de casa. “Todo dia, a garagem amanhecia toda suja. A primeira coisa que fazia era varrer tudo, sem me preocupar com a poeira que inalava”, lembra. Para evitar a contaminação, recomenda- se que, antes da limpeza, o local seja lavado. “A água impede que o fungo se espalhe pelo ar. Além disso, se sótãos e porões precisarem ser limpos, o correto é utilizar luvas e máscaras”, recomenda o veterinário Guerra. (Gazeta do Povo/PR)

Gazeta do Povo/PR