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Criação

Jornal O Liberal de Belém do Pará de 25.11 –

Curiós campeões já nascem no Pará

Demorou, mas a época chegou. O Pará já procria, em cativeiro, curiós de alta qualidade. A novidade foi comprovada no último torneio de canto fibra, disputado em Benevides, no último dia 19, numa promoção do Clube de Criadores de Pássaros do Pará, presidido pelo criador Édson Roldan.

Concorrendo com pássaros originários dos maiores criadores do Brasil, os curiós paraenses tiveram performance surpreendente, de acordo com a avaliação de uma das maiores autoridades no assunto – Aloísio Pacini Tostes, que veio a Belém para dar palestra e ajudar na organização do torneio.

O curió Diamantino, com 155 cantos, venceu o torneio de pardos. Em segundo lugar ficou o curió Guamá. Os dois foram procriados no criatório de Paulo Henrique Menezes Corrêa, mais conhecido como Paulo Praia.

Lá também nasceu outra fera do canto praia – o curió Sadanzinho, que venceu o torneio passado. “Ele é muito organizado. É fera”, resume Aloísio Tostes, se referindo a Paulo Praia, que nasceu em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, mas reside em Belém desde 1977.

Com um plantel de dois reprodutores e 15 curiolas, que reproduzem aproximadamente sete filhotes por mês, Paulo Praia pretende aumentar seu plantel, em função da procura, que aumentou muito depois de ter procriado campeões. Mas ele alerta os novos criadores: “Ter um filho de campeão não basta. É preciso conhecer o pássaro para tirar o que ele tem de melhor”.

TORNEIO DE CANTO DE CURIÓ/BENEVIDES

CURIÓS PRETOS

1º lugar – Pampo – Luiz Marcos – 139 cantos

2º lugar – Reborréia – Nildo – 137 cantos

3º lugar – Miruca – Tide – 91 cantos

4º lugar – Pagode – Cel. Piedade – 78 cantos

5º lugar – Dificela – João Braz – 59 cantos

Outros participantes: Angola, Troféu, Imprensa, Kizumba, Maestro, Evereste, Marola, Brejão.

CURIÓS pardos

1º lugar – Diamantino – Carlinhos – 155 cantos

2º lugar – Guamá – Júnior Lago – 138 cantos

3º lugar – Milionário – Osvaldo Filho 81 cantos

4º lugar – Bacana – Osvaldo Pitibú – 40 cantos

5º lugar – Amendoin – Osvaldo Filho – 08 cantos

Outros participantes Bin Laden, Máscara, Sadanzinho, Le Pony.

Aloísio Tostes elogia os criadores paraenses

Os criadores de pássaros do Pará tiveram a oportunidade de conviver, durante alguns dias, com uma das maiores autoridades do ramo no Brasil. Aloísio Pacini Tostes, a convite do Clube de Criadores de Pássaros do Pará, deu dicas importantes de como criar melhor um pássaro. Ele também se disse surpreso com a inovação do clube, de promover torneio de canto de curiós pardos com sucesso, o que não acontece no Sudeste e no Sul do País, que concentram os maiores criadores do território brasileiro. “Já aconteceu em torno de oito torneios aqui (em Belém), e nos dois últimos deles ganharam os curiós nascidos em Belém (procriados por Paulo Henrique Menezes Corrêa, conhecido como Paulo Praia), suplantando inclusive os curiós importados de São Paulo. Belém já tem pássaros de alta linhagem”, elogia Tostes. Acompanhe a entrevista:

Quando os 100 maiores criadores de curiós e bicudos do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil começaram a reproduzir esses pássaros em cativeiro, em larga escala?

De uns 20 anos para cá, e está crescendo cada vez mais. Hoje, nós já estamos com mais de uma centena de criadores espalhados por todo o Brasil, principalmente no Sudeste, reproduzindo aves nativas.

Quais os segredos para a reprodução com qualidade?

Em primeiro lugar, é a higiene e organização. As técnicas são conhecidas, mas o que precisa é a informação que, às vezes, não chega até os mais humildes. Como eles não têm a informação, muitos querem, mas não sabem como fazer. Por isso é que a gente precisa se reunir em associações, em clubes, porque eles podem pegar a informação de um profissional ou de uma pessoa que saiba mais e transmita isso aos mais desinformados. A grande função do clube é de arregimentar as pessoas e equalizar os conhecimentos. A mesma higiene que se deve ter com um passarinho é a mesma que se tem num berçário. O lugar deve estar longe de animais predadores e nocivos, com boa circulação, temperatura, sem umidade, com boa luminosidade e limpo. As fêmeas gostam de chocar em lugar onde não haja incômodo para elas, onde não haja nenhum tipo de agressão.

Alguns veterinários afirmam que alguns animais sofrem de depressão. Isso acontece também com os pássaros?

Com certeza. É a coisa que mais incomoda uma ave é isso. Uma ave não pode sentir medo. Ela tem que estar num lugar onde não seja incomodada e não estar num lugar que sinta que possa haver um perigo iminente para ela, como é o caso de um predador ou pessoas estranhas chegando, falando alto. Isso tudo provoca o estresse. Então, elas de jeito nenhum vão reproduzir num lugar como este.

Quais as características dos curiós e bicudos mais valorizados no mercado?

Os curiós e bicudos são os que têm uma série de predicados. Aqueles que cantam mais bonito, aqueles que repetem mais o canto, que são mais valente para participar de torneios de fibra são os que têm maior valor. Isso não ocorre, por exemplo, com um papagaio. Todos os papagaios custam o mesmo preço. Um curió varia de uns R$ 200,00 até R$ 100 mil, como é o caso do Cyborg, que é o melhor curió do Brasil. Ele está avaliado em R$ 100 mil.

Existem muitos dessa espécie?

Muitos não. Como eu lhe disse, é como se fosse um jogador de futebol. Existe aquele que é um craque e aquele que é um cabeça-de-bagre. E assim é com os passarinhos. Existem alguns que despertam mais a atenção, porque existe a diferença de qualidade entre eles. O que não é um caso de uma arara, que é bonita, mas todas são iguais e têm um preço só. Já os curiós e os bicudos, não. Cada um é diferente do outro.

Qual o potencial do Pará para a reprodução em cativeiro?

O Pará é um dos Estados do Brasil que mais tem curió na natureza. Aqui não há uma ameaça iminente de extinção porque é uma coisa monstruosa o que existe de curió na beira desses igarapés, nessas fazendas. Só que aí vem o problema, porque os criadores não querem capturar bichos na natureza. Primeiro porque é proibido por lei, segundo é proibido pela sociedade. A mídia não aceita, ninguém aceita. Além disso, se eu capturar um curió na natureza eu vou ficar cinco anos pelejando com ele para ver se vai ser um bom passarinho, ao passo que, se eu comprar um passarinho de ótima qualidade, filho de um pai e de uma mão que têm uma boa genética, eu já vou ter quase segurança de que ele vai ser um pássaro bom. Essa é a vantagem de ter um pássaro de criador. E o pessoal de Belém já sabe disso.

Para se ter uma idéia, já aconteceram em torno de oito torneios aqui e nos dois últimos ganharam os curiós nascidos em Belém (procriados por Paulo Henrique Menezes Corrêa, conhecido como Paulo Praia), suplantando inclusive os curiós importados de São Paulo. Belém já tem pássaros de alta linhagem.

Qual o custo para reproduzir pássaros em cativeiro?

Se a pessoa quer fazer um criadouro profissional, vai ter um custo, porque tem que arrumar um criatório, arrumar gaiola, ter as matrizes, então há um custo. Mas não quer dizer que a pessoa tenha que ter um criadouro profissional. Ela pode ter um criador amador também. Criador amador é aquele que produz pequena quantidade e pode transacioná-la, sem que tenha que abrir uma firma. O custo neste caso é pequeno. Já para um criador profissional, precisa ter um custo maior, porque precisa de contabilidade, tem que emitir notas fiscais, ter que dispor de veterinário e biólogo, empregados registrados, entre outros. A atividade é lucrativa.

Qual a importância das associações para que a criação seja disciplinada?

Nós vivemos em sociedade. A gente só sabe alguma coisa, só cresce, só faz algo produtivo se estiver em grupo, propondo idéias entre os amigos. Por isso, se alguém que tiver um passarinho na casa dele e sem informação, essa pessoa não vai cumprir regra nenhuma. Então, o clube, a associação é uma forma de passar essa informação. A associação tem que trabalhar em parceria com o Ibama, com o batalhão da florestal e com a Delegacia do Meio-Ambiente, porque o interesse de todos no fim é o mesmo.

A devastação das matas é um processo contínuo. Qual a saída para que o curió não seja uma espécie em extinção?

No Pará, por enquanto, não corremos risco de extinção, porque a população que existe na natureza é muito grande. Mas vamos supor que ele esteja em processo de declive. Qual seria a saída para nós? Pedir que aqueles que detém posses rurais que façam com os animais, com os curiós o mesmo que é feito com as árvores. Não permitir que haja uma degradação. Isso seria uma conscientização dos proprietários rurais de que eles deveriam proteger a biodiversidade. A segunda seria criar reservas nacionais, que seriam lugares em que tudo estaria sendo resguardado. A terceira é a atividade dos criadores que estão reproduzindo em ambiente doméstico. Seria como se fosse uma reserva.

O Ibama não poderia regularizar a situação de criadores que dispõem de poucos recursos?

Essa é uma coisa terrível. Calcula-se que de 5 a 6 milhões de pessoas por todo o Brasil que têm uma ave nativa em casa. Teoricamente, essas pessoas detêm aves irregularmente. Se o Ibama for até a casa das pessoas para tomar as aves, eles não têm onde guardá-las. Um papagaio, uma arara, um curió, um bicudo, seja qual for a ave que estiver em poder dessas pessoas espalhadas em todo o Brasil não teriam para onde ir. O centro de triagem, que é o depósito que o poder público tem, é um verdadeiro crematório, onde se faz uma carnificina de animais. Não é culpa do Ibama, mas da falta de recurso, porque os técnicos do Ibama eles ficam revoltados. Eles são, talvez, as maiores vítimas disso tudo, porque muita gente não sabe direito das coisas e acusa o Ibama, que é um órgão que não recebe dinheiro do orçamento. Além disso, não há concurso público para repor os funcionários. Eles ganham uma mixaria, estão há sete anos sem reposição salarial, mas estão lá trabalhando.

Existe legislação para punir os traficantes de pássaros?

Existe a Lei 9.605 de 2 de dezembro de 1998, que é a Lei de Crimes Ambientais, o Decreto Lei 3.179, de 21 de setembro de 1999, e a Lei 5.197, de 3 de janeiro de 1967, que é a Lei de Proteção à Fauna. Essas três são as mais importantes.

O que o senhor abordou na palestra que fez para criadores paraenses?

Falei da questão da parceria do Ibama, contando com uma historinha que anteriormente a gente agia com uso e costumes. De vinte anos pra cá, essa mentalidade está mudando. Os clubes e associações estão procurando fazer uma coisa melhor possível para sobreviver. Depois falamos de como se faz a criação, como seria a melhor forma de criação. Depois falamos dos cantos mais bonitos que existem no Brasil afora. O pessoal do Ibama deu a sua impressão da coisa também. Falaram que estavam dispostos a fazer a parceria desde que fosse feito com muita seriedade. Mostramos como as pessoas podem fazer o controle genético da criação. O que nós queríamos trazer na realidade era trocar informações. Outro fato importante também que aconteceu foi a fusão dos dois clubes que estavam com criadores aqui em Belém. O que o senhor acha da inovação das associações paraenses, de instituir o torneio de cante de curiós pardos?

Foi a coisa mais sensacional que eu vi. Eu tenho praticamente 50 anos de torneio, mas eu nunca tinha presenciado o torneio de curió pardo. Ninguém tinha pensado nisso antes. Foi uma sugestão que pra mim foi maravilhosa. Inclusive, vou tentar divulgar isso nas revistas em que eu escrevo, para que a coisa passe para o Brasil inteiro. Essa já foi uma contribuição que o pessoal daqui deu. Para se ver como é bom a troca de informação.

O senhor já trabalha nessa área há quanto tempo?

Já sou criador há praticamente 10 anos, mas desde criança mexo com passarinhos. Profissionalmente, estou criando há três anos, com um criatório profissional. Eu vendo um passarinho e emito nota fiscal, tenho seis empregados, fora a minha família que me ajuda, especialmente a minha esposa. É uma atividade que exerço praticamente na minha residência, com os galpões separados, e que é maravilhosa para mulheres, que vão trabalhar naquilo, dentro da sua casa, e vai arrumar recursos sem precisar trabalhar para fora.

Escrito por João Elísio, em 2/9/2003

 

O enigma do aprendizado

Canto

Se o criador amigo observar bem, vai notar que:

Quando usamos o curio apenas para galar, a fêmea, nas madrugadas, cantam na beira do ninho fazendo o papel do pai, e os filhotes acabam assimilando o seu canto. Isto ocorre com a maioria das fêmeas mais fogosas, e de boa qualidade, produto da seleção natural que o próprio criador faz. Eu já adquiri filhotes de bons criatórios, com trinta dias de nascido, levei para casa, criei com carinho em ambiente propicio com equipamento de som profissional, e o filhote veio abrindo o arremate. No mato, o macho fica no galho próximo ao ninho, cantando para os seus filhotes.

Antigamente, se caçavam quase a totalidade dos filhotes, e alguns aprendiam. Por mais novo que seja o filhote caçado, tinha no mínimo dois a três meses de idade, três meses ouvindo o pai cantar e mesmo assim, com uma vitrola com uma mola retornando o braço que o sr. Ildo da Penha fabricava, alguns filhotes aprendiam. Outros provindos do nosso nordeste, quase nunca aprendiam a cantar.

Realmente os curiós de algumas regiões tem a tendência no sangue a aprender um determinado canto. O tipo de canto, totalmente diferente como o do praia grande, faz com que tenham uma certa dificuldade no aprendizado. Eu comprei uns curiós do finado Raimundo Reis da Bahia, filho do Mossoró, e não consegui encartar a contento o canto praia em seus filhotes. Na primeira vez que ouve o canto regional do nordeste, volta ao canto de seu pai. Basta deixar um dia ouvindo o curio pai cantar, que esquece todo o aprendizado de meses e as vezes, de anos. Mesmo a mistura destes com o curio praia, a tendência é prevalecer o sangue mais forte. A mistura do japonês ou negro com qualquer outra descendência, a tendência é nascerem filhos com traços típicos pois são raças tradicionalmente mais fortes, por serem milenares.

Sempre se falou em curio inteligente, cabeça mole e etc, aos filhotes que aprendem a cantar aquilo que apresentamos. O fruto da seleção genética tem contribuído para que cada vez saiam mais filhotes cantando o praia grande clássico. A linha soberano é uma delas. O índice de aprendizado é muito grande, mas dificilmente encontramos curiós desta linhagem, cantando correto por muito tempo. O próprio Junichi e Julio, grandes conhecedores da raça e canto, juizes de curio em sampa, afirmam que o curió é pássaro para 4 a 5 anos, porque depois vão perdendo notas. A persistência na genética de pais com canto praia é importante, para desfazer esta afirmativa, pois seus filhotes tem a tendência, cada vez mais, a não esquecer e gravar para sempre as notas. A grande dificuldade está no fato de muitos criam dado a facilidade de criar, farinhadas que se encontram em cada esquina e etc, mas a grande maioria não conhece com perfeição as notas que o curio deve dar, o timbre de voz desejado e etc, e como resultado, vemos poucos curiós aproveitaveis nos torneios. Os criadores de curiós com cantos regionais, com certeza levam uma vantagem imensa. Na época em que o curio Sorocaba e Piracicaba, eram valorizados, este problema não existia.

Mesmo no nordeste, Maranhão mais especificamente, já notei curió repetidor com canto regional muito semelhante ao nosso praia grande clássico, com uma nota muito próximo ao samaritá e os seus filhotes encartam o canto praia grande com facilidade. Isto eu vi solto no mato. Na Bahia, numa região se não me falha a memória, denominado Nazareth das Farinhas da Ladeira, uma cidade histórica pelos folclores, eu pessoalmente presenciei curiós com o canto muito semelhante ao praia grande.

Então, eu concluo que os curiós de sangue forte, que por milênios ouviram e entoaram a mesma melodia, e canto original ainda por cima, como o vitetel do nordeste, que tem o canto original e não artificial como o praia grande, pela própria facilidade das notas, tem tendência a se impor Outros, por um motivo ou outro, o filhote deve ter ouvido um determinado canto mais fácil de ser assimilado acaba partindo para o obvio.

Há que salientar que tudo na vida há exceções. Mesmo o ser humano tem tendência a falar errado, pela própria facilidade e dificuldade da língua portuguesa. Quantos podem se gabar de usar o português correto e clássico, sem gírias ou termos incorretos ou inapropriados? Eu tiro por mim, descendente de orientais, nascido no Brasil, que tenho uma dificuldade natural no aprendizado da lingua portuguesa, coisa que não acontece com a língua japonesa. Quando sou convidado a fazer um discurso em português, tenho que dar uma preparada, e pensada, mas quando em japonês, as palavras fluem naturalmente. Faço discursos sem a necessidade de preparar nada antecipadamente.

Embora o Isair afirme que os filhotes só aprendam a cantar após três dias de nascido, eu discordo. A primeira fêmea que eu tive em 1954, foi galada por um curio do vizinho próximo. Era um praia grande, caçado na região de Pedro de Barros que dava inclusive o Kim Kim, mas que tinha assimilado algumas notas de outro passaro. O vizinho vendeu o curio, quando a fêmea estava no último dia do choco, e o novo proprietário levou para local distante, desconhecido. Os filhotes vieram cantando exatamente o canto do pai, com o defeito e tudo, embora nunca tenha ouvido após o nascimento. Quantos e quantos criadores não possuem exemplos similares? A fêmea foi caçado na região de Parelheiros, na época era permitido, de canto origem santo amaro, conhecido pelos antigos de curio bico de machado, que em nada se assemelha ao praia grande. Era uma curiola de porte majestoso, bico enorme como o bicudo. Muitos falam que os pássaros aprendem no ovo. Eu conheço um senhor de nome Arlindo, na região de Parelheiros, que era caçador de curiós Santo Amaro. Quando a fêmea estava chocando, o mesmo caçou o pai, e os filhotes vieram com o mesmo canto do pai, embora na região não existisse mais curios.

Por enquanto a criação de curiós é um mistério. Não é uma ciência exata. Ao contrario do bicudo do norte, que, se desvirtua um pouco o canto, numa muda de penas, é possível fazer retornar ao canto original, com o curio o mesmo salvo raríssimas excessões isto não acontece, talvez por ter um canto quase que totalmente artificial. 0s criadores de bicudo levam uma grande vantagem neste aspecto.

Escrito por Katsuhito Wada, em 2/9/2003