Evitando desperdício

Macete na alimentação

Imagino que a verba destinada aos pássaros possa realmente estar curta. Mas certamemte pode-se tomar algumas medidas para reduzir drasticamente o custo e o desperdício de alimentos. Muitas medidas podem ser tamadas, mas abaixo vou enumarar as que me vêm à cabeça neste momento. Vele ressaltar que jamais devemos restringir a quantidade de comida, devemos apenas tomar alguns cuidados:

– Sementes: para os pássaros que se alimentam de sementes, indico utilizar um comedouro para cada tipo de semente. Isso contribui para evitar que o pássaro, ao escolher a semente que mais aprecia, lance as outras ao chão;

– Tipo de comedouro: comedouros devem ser higiênicos, de facil limpeza e manuseio. Existem no mercado alguns modelos com tampa plástica, com furos redondos no centro. Esse é muito bom para evitar desperdício.

– Disposição dos comedouros: sempre em locais onde os pássaros não defecam, não molhem o alimento ao tomar banho, não ocorra chuva.

– Para os pássaros frugívoros, utilizar um alimento industrializado completo pode eliminar a necessidade de fornecer frutas;

– Se não houver alternativa a frutas e verduras, um passeio pelo Ceasa da cidade resolve o problema, pois diariamente muitas toneladas de alimentos, plenamente utilizáveis, são descartadas.

– Alimentos alternativos: para pássaros de facil manejo como o Canário da Terra, podemos complementar sua alimentação com produtos muito baratos como fubá, etc. Sementes alternativas podem ser utilizadas, como as sementes de vassoura, brachiária, amargoso, colonião, etc. Todas muito abundantes e muito apreciadas por determinadas espécies.

– Para aproveitamento de todas as sementes, pode-se utilizar algum soprador, de forma que as cascas e impurezas sejas separadas das sementes, que são re-fornecidas aos pássaros.

– Para baratear os custos, indico procurar algum cerealista da região, onde se compre sementes a atacado, muito mais em conta do que no varejo.

Espero ter ajudado;

Estamos a disposição para mais dúvidas.

Abraços

Rob de Wit

Zootecnista

Fone: 19 3802 1721- Holambra – SP

Escrito por Rob de Wit, em 11/8/2006

A culpa é de quem???

Aloísio Pacini Tostes – Ribeirão Preto SP –

Publicado do Atualidades Ornitológicas 131

Como era bonito, belo e resguardado o meio ambiente há cem anos atrás, é só examinar pinturas/fotografias da época que comprovaremos a verdade dessa afirmativa. O homem, daí para a frente, após a segunda guerra mundial, nos últimos cinqüenta anos com o desenvolvimento acelerado, vem devastando todo o planeta. A degradação ambiental é tanta que qualquer um poderá imaginar o que está para acontecer brevemente: o caos total, os recursos naturais se esgotarão e a vida na terra estará muito ameaçada.

Nos sentimos na obrigação de citar alguns fatos que estão sendo noticiados recentemente para fundamentar nossa matéria, vejam por exemplo o que foi feito nos ¨Everglades¨ na Flórida nos Estados Unidos, drenaram os brejos, aterraram os pântanos para implantar granjas, fazendas e as conseqüentes plantações utilizando agrotóxicos, tudo está virando um deserto. Só dez por cento das aves que lá existiam resistiram a essa tragédia ambiental. Agora estão gastando – eles que podem e são ricos – bilhões de dólares para tentar reverter à situação anterior da extraordinária degradação. Trazendo a questão para o Brasil, o que está se fazendo em todas as regiões para a expansão das lavouras é inconcebível, quantos milhões de hectares tem a sua cobertura vegetal natural destruída. No nordeste, pode-se viajar de avião mais de uma hora sobre uma terra pálida e desértica sem nenhuma árvore à vista, um desastre. Aqui na região de Ribeirão Preto, um outro deserto, todo verde da cultura de cana-de-açúcar e do álcool, nenhum pé de pau, também. E mais, vejam só esta: ¨A expansão dos canaviais para o oeste paulista e o Centro-Oeste brasileiro segue a passos firmes e largos, há mais de 40 projetos de usinas em instalação as fronteiras agrícolas estão avançando principalmente na área de pastagem¨. A nosso ver, a pastagem agride muito menos o meio ambiente do que uma lavoura mecanizada em grandes extensões de terra. Outra enorme agressão é são as culturas de soja se espalhando para todo o Brasil, não tem jeito de parar, cada vez mais áreas virgens são desmatadas, em nome do progresso e obtenção de riqueza. O mundo inteiro tem necessidades e precisa consumir, a natureza que se dane. Em suma, estamos debaixo de ações avassaladoras de destruição do meio ambiente em todos os sentidos e em todo mundo, nem é preciso falar mais nada. No nosso País os efeitos estão em nossa frente, aquilo que está acontecendo estamos vendo, participando e sentindo.

Quem se preocupa com as aves sabe que muitas espécies são muito exigentes com o seu habitat e não sobrevivem quando há qualquer tipo de interferência. Afirma-se e constata-se que populações de muitas regiões já desapareceram para sempre e pior o processo não se interrompe. Além disso tudo, a caça predatória e o tráfico que infelizmente não cessam apesar de todo o esforço que é feito para combatê-los. Necessário utilizar inteligência para localizar e punir eventuais infratores.

Incumbe, então aqueles que amam e querem a conservação e a preservação das aves se articulem para protegê-las e preservá-las para gerações futuras. Tudo com muita transparência e em cima de fatos concretos e verdadeiros. Providências efetivas podem ser tomadas, a criação de parques nacionais, áreas de proteção ambiental, RPPNs, em números cada vez mais crescentes, com o intuito de proteger as populações silvestres que lá existem. Indispensável a preservação das matas ciliares, cucurutos de morros e cursos d’água, combate a queimadas, exigências obrigatórias em todas as localidades.

Ainda mais, devem os órgãos públicos criar normas factíveis que busquem coibir todo tipo de agressão ambiental, mas que ao mesmo tempo estimulem – como diz a Lei – as atividades legais daqueles que agem no sentido de preservar através da reprodução doméstica as espécies que podem servir à demanda da população que quer e tem interesse em manter, perto de si, um animal nativo sem que ele seja retirado da natureza. Há logicamente aqueles que produzem animais para abate, que da mesma forma devem merecer o devido respeito. Por isso, necessário o reconhecimento público a respeito dos criadores que estão reproduzindo em larga escala os animais nativos e que uma vez registrados e reconhecidos como legais não podem ser mais tratados como silvestres. Em muitos exemplos na criação de passeriformes já se está se produzindo a quinta geração. Esses indivíduos não podem mais ser tratados como se fossem selvagens. Neste caso está se buscando a mais alta linhagem de pássaros repetidores, de fibra (cantam muito, com destemor) e de excelente canto. Chegar a este ponto requer refinados cuidados genéticos nos cruzamentos. Não será um pássaro retirado da natureza que irá ajudar nesse mister, pois não há nenhum histórico da genealogia dele. Ademais, há a certeza que os estoques que estão em poder dos criadores são suficientes para não se precisar de animais silvestres. Há um fato importante que só acontece no Brasil: primeiro são espécimes que são silvestres (selvagens, da natureza) e segundo são os nascidos em domesticidade que são nativos mas que, logicamente, não são silvestres, sinônimo de selvagem, são nascidos em ambientes domésticos pela ação de manejo humano e que nada tem haver com ambiente selvagem. Todavia, esses pássaros criados, poderão servir num futuro próximo para se fazer reintroduções monitoradas e áreas escolhidas e adequadas para tanto. É um aspecto novo e que tem que ser considerado por todos os envolvidos, senão não como haver entendimento. Essa questão tem gerado muitos conflitos e discussões a respeito de quem é a propriedade do bicho.

Outra questão interesse de ter um ¨pet¨ é comum a todos os povos do mundo, na Europa e na América do Norte é normal, não é desejo, apenas, de pessoas consideradas do terceiro mundo, como os brasileiros. A Bélgica e toda a Europa que o dizem, exportam para o mundo bichos e apetrechos ligados à criação, e faturam bilhões de dólares com essas atividades. Depois de tudo isso que dissemos que são as verdades dos fatos, fica uma pergunta: a degradação ambiental continua a passos largos, A CULPA É DE QUEM………..

lagopas@terra.com.br