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Pássaros reconhecem seus iguais

Usam táticas sutis

Como os pássaros sabem a que espécie pertencem? Quer dizer, como eles reconhecem uns aos outros para voarem juntos?

Dependendo das circunstâncias, pássaros podem reconhecer uns aos outros por um menu complexo de plumagens, forma, comportamento e, em especial, o canto. Porém, nem sempre é importante para eles fazer a diferença, disse Kevin McGowan, ornitologista do Laboratório Cornell de Ornitologia, em Ithaca, NY.

Alguns pássaros impossíveis de ser distinguidos por seres humanos pela visão como espécies diferentes podem reconhecer uns aos outros por diferenças sutis no canto, disse McGowan. Outras espécies participam de exibições de cortejos elaboradas e distintas no acasalamento. Porém, para muitas espécies, às vezes isso não importa, disse ele. Grupos de patos ou gansos podem conter membros de várias espécies diferentes, por exemplo. Se eles são confrontados por um falcão predador ou caçador, todos eles partem juntos.

Se um pássaro individual se perde, McGowan disse, em algumas espécies o membro perdido irá se contentar com outros e ficar com aquela espécie”. Ele comparou a situação com uma pessoa que caminha por uma rua estranha. A pessoa prefere estar com a família, mas se reconhece algo melhor fica feliz em andar com outro grupo.

Entretanto, na época da reprodução, o pássaro individual tenta encontrar um membro da mesma espécie, através do canto ou da pavonada. (Fonte: G1)

Escrito por Kevin McGowan, em 19/6/2009

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Velocidade de Voo do Beija-Flor

Impressionante

Beija-flor voa mais rápido do que um avião caça, diz estudo

Um estudo da Universidade Berkeley, no Estado americano da Califórnia, revelou que o beija-flor macho atinge uma velocidade proporcionalmente maior do que a de aviões caça quando mergulha durante um voo para impressionar as fêmeas.

O pesquisador americano Christopher Clark usou fêmeas de beija-flor empalhadas para induzir os pássaros a fazerem uma exibição impressionante, que ele registrou com câmeras especiais para capturar objetos em alta velocidade. As câmeras capturavam imagens de 500 quadros por segundo.

As aves da espécie conhecida como Anna, que vivem no sudoeste dos Estados Unidos, atingiram velocidades que cobrem um trajeto 383 vezes o comprimento de seu corpo a cada segundo.

De acordo com Clark, o espaço percorrido medido, levando-se em conta o comprimento do corpo da ave e a velocidade máxima atingida pelo animal, foi “maior do que a de um avião caça com sua câmara de combustão auxiliar ligada (o que ajuda a aumentar a velocidade) ou do ônibus espacial durante a reentrada na atmosfera”.

O caça pode chegar a cobrir 150 vezes a medida do seu comprimento em um segundo, e o ônibus espacial, 207 vezes.

Mas os caças têm capacidade de acelerar mais e ultrapassar os beija-flores.

Nos últimos estágios de seu mergulho, quando as aves abrem as asas para um voo ascendente, a aceleração instantânea dos beija-flores é maior do que a de qualquer organismo de que se registrou previamente manobras aéreas, disse Clark.

E ele atinge essa velocidade sem a ajuda de um poderoso motor de jato, acrescenta.

O especialista diz que o estudo é um exemplo de como tais exibições, realizadas com a intenção de atrair uma parceira para o acasalamento, podem ser observadas para verificar os limites das habilidades dos animais.

O mergulho do beija-flor da espécie Anna é mais veloz do que a do falcão peregrino, cuja velocidade máxima chega a cobrir 200 vezes o comprimento de seu corpo a cada segundo.

O trabalho foi divulgado na revista Proceedings of the Royal Society B. (Fonte: Estadão Online)

Escrito por Christopher Clark, em 11/6/2009

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