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Colibacilose

Prevenção e Profilaxia

Texto extraído do Livro Criação de Curiós e Bicudos de Aloísio Pacini Tostes.

Doença infecciosa provocada pela bactéria Escherichia coli, pode ser encontrada como flora normal do intestino do homem, mamíferos e aves. As formas patogênicas para aves são específicas desse grupo e nunca foram encontradas contaminando qualquer mamífero . As formas não patogênicas assim como as patogências são eliminadas pelas aves através das fezes. A bactéria muitas vezes existe em estado latente e em geral aparece depois de alguma queda de resistência ou estado de estresse, principalmente o de fungos. Seus locais de ação são: pulmão – sacos aéreos – coração, fígado, ovários, oviduto, saco da gema do embrião e dos filhotes até a segunda semana de vida (cicatriz umbilical dos adultos), peritônio, podendo tomar toda a economia da ave, causando septicemias. É uma doença gravíssima em um criadouro, responsável pela dizimação de filhotes, todo cuidado é pouco. Se quisermos sucesso temos que evitá-la a todo custo.

Os sintomas são, nas formas mais graves, poliúrias (excesso de urina), dispnéias, morte súbita, crescimento retardado de filhotes, baixa eclodibilidade, baixa fertilidade das fêmeas, febre, espirros, sede intensa e morte ao final do quinto dia.

O diagnóstico se faz com exames laboratoriais de aves mortas.

A profilaxia é feita com muita higiene, não deixar acúmulo de fezes, de muita umidade e com o isolamento da ave suspeita. Como terapia usam-se os antibióticos: cloranfenicol, tetraciclina e eritromicina, bem como sulfas e outros, todavia é melhor fazer o antibiograma porque esta bactéria tem se mostrado muito resistente a muitos tipos de medicamentos.

Escrito por Stella Maris Benez, em 2/9/2003

Bouba Aviária

Prevenção e Profilaxia

Extraído do Livro Criação de Curiós e Bicudos de Aloísio Pacini Tostes

Ataca pouco os bicudos e curiós, mas acontece muito nos canários da terra e pintassilgos, notadamente nos criadouros onde há falta de higiene. Também chamada de Pipoca ou Varíola Aviária. É uma doença infecto-contagiosa provocada por vírus.

Percebe-se claramente quando as aves estão com essa doença pelos inchaços e pelotas nas pernas, nos pés, em volta do bico e perto dos olhos. Há ainda sinais de calvície. Ocorre a formação de nodulações de aspecto tumoral, às vezes contaminadas por bactérias, contendo pus e sangrando muito. As penas da região afetada costumam cair. A bouba interna pode formar verdadeiras aftas no trato digestivo e respiratório, causando morte de cerca de 80 a 90% do plantel. Na forma interna, pode causar diarréia, dificuldade respiratória e de ingerir alimentos, bem como nodulações nos pés, todas de caráter muito contagioso, é a que mais acontece com passeriformes nativos brasileiros.

Quando estão com essa doença em estado avançado, os pássaros quase não comem, ficam febris e acabam morrendo caquéticos. É um flagelo quando acomete os curiós, especialmente.

Não existe tratamento para a bouba, pois é causada por vírus. Quanto mais remédio se dá mais os pássaros sofrem sem nenhum efeito positivo. Teríamos que vacinar as aves todos os anos, porém, no Brasil não temos vacinas das cepas de vírus que acometem nossos pássaros. Alguns criadores arriscam dar vacinas importadas, contudo, estaremos trazendo para o País cepas que inexistem aqui e contra as quais nossas aves não tem nenhuma resistência, mas é a única solução para a cura e prevenção. Diz-se ultimamente que desinfetantes hospitalares de baixa toxidade e que ativa mesmo em presença de matéria orgânica tem também bons resultados na cura e notadamente na prevenção.

Um tratamento à base de Thuya brasilienses é muitas vezes preconizado para lesões externas, podendo ser passado nas lesões através de um pedaço de algodão embebido duas vezes ao dia. Deve-se ministrar esse remédio na água de beber durante 12 dias, a base de 5 gotas para 50 ml de água. Caso não haja o medicamento, podem-se tratar os locais atingidos com tintura de mercúrio cromo ou violeta genciana longe dos olhos, e perto dos olhos, água boricada. Alguns criadores tem administrado , com sucesso, o medicamento homeopático arnica potência CH6.

A profilaxia é a desinfeção e limpeza do criadouro, impedindo a ocorrência de mosquitos e moscas e o isolamento das aves doentes. As contaminadas e que se curam podem tornar-se portadoras sãs e tem resistência para o resto da vida.

Os pássaros mortos quando colocados imediatamente em congelador logo após a morte, podem ser usados para diagnóstico preciso da doença. Caso já se tenha essa certeza, devem ser cremados ou enterrados em vala com muito cal ao redor.

Escrito por Stella Matis Benez, em 2/9/2003