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Fontes de Contaminação

Para prevenir doenças

A contaminação ocorre através do HOMEM, ANIMAL, AMBIENTE, PEIXES, INSETOS, etc…

O homem, torna-se um dos maiores agentes de contaminação, devido à sua falta de cuidado com a higiene pessoal e ambiental.

As mãos, veiculam qualquer microrganismo com um simples contato, ocasionando contaminações constantes e intermitentes.

O homem traz consigo, uma variedade grande de bactérias, seja no trato intestinal, sejam aquelas do tipo transitórias, localizadas na pele humana.

CONTAMINAÇÃO ATRAVÉS DO HOMEM:

· Coliformes totais: Enterobacter sp, Klebsiella sp, Citrobacter sp.

· Coliformes fecais: Escherichia coli, Enterococos, Salmonella sp, Yersinia enterolítica, Clostridium perfringens, Proteus sp, Salmonella typhi, Shigella sp, Vibrio cholerae.

Fungos: Cândida albicans

Parasitas: Entamoeba histolytica, Ascaris lumbricoides, Taenia sp, Giárdia lamblia.

No nariz humano, há uma grande incidência de Staphylococcus aureus (produtor de enterotoxina causadora de inúmeros casos de toxinfecção alimentar) e Enterococos.

Na boca, temos Enterococos, Cândida albicans e Escherichia coli.

Os animais, são fontes de contaminação, veiculando principalmente as seguintes bactérias: Escherichia coli, Salmonella sp, Yersinia enterocolitica, Enterococos, Brucella abortus, Micobacterium bovis.

Os animais de estimação, têm um % alto de contaminação pelo Staphylococcus aureus e Salmonellas.

Peixes , mariscos e ostras, trazem consigo, o Vibrio parahaemoliticus, o Proteus sp, Salmonella sp, Staphylococcus aureus, Enterococus.

Insetos transportam os microrganismos pelas peças bucais, patas e intestino.

As baratas (Periplaneta americana) regorgitam os alimentos. Preferam amiláceos, cerveja, queijo e animais mortos.

Como dissemos, o homem é um portador potencial de bactérias. Vejam, a seguir, as quantidades aproximadas de bactérias no ser humano:

Poro: 10 a 62.500 bactérias

Costas: 300 bactérias/cm2

Couro cabeludo: 1.500.000 bactérias/cm2

Axilas: 2.500.000 bactérias/cm2

Intestino: 300.000.000 coliformes fecais/grama de fezes

Gengiva: 36.000.000.000 bactéria/cm2

Saliva: 750.000.000 bactéria/ml

Podemos exemplificar dizendo que 1 BACTÉRIA ESTA PARA UM COPO DE ÁGUA, ASSIM COMO 01 HOMEM ESTÁ PARA UM OCEANO.

TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS:

A transmissão no alimento, via de regra, é feita pelo próprio homem, direta ou indiretamente, se estiver doente ou se for portador são. Por isso, devem-se tomar os devidos cuidados no combate à contaminação (prevenção)

Exemplo de contaminação:

Fezes – O homem pode ser portador de parasitas ou de bactérias patogênicas. Ao ir ao banheiro, as mãos do homem estarão em contato com partes íntimas de seu corpo e lãs poderão depositar tais bactérias ou ovos dos parasitas em suas mãos. Posteriormente, graças A UMA HIGIENE ERRADA, poderão chegar ao alimento. Outro meio de contaminação, é a presença de parasitas no orifício anal, que provocam em seu portador, um certo prurido(coceira), fazendo-o levar os dedos a esta região, contaminado suas mãos.

Nariz: através da coriza, espirro, milhares de bactérias e vírus penetram no ar, e daí nos alimentos. Coçar o nariz e pegar em alimentos, é CONTAMINAÇÃO NA CERTA.

Boca: tossir, cantar ou falar sobre os alimentos, é tão errado quanto espirrar.

Mãos: é com as mãos que os alimentos são preparados, guardados e distribuídos. Se elas estiverem sujas, mal lavadas, com cortes ou machucadaas (Staphylococcus aureus), com unhas compridas, serão veículo de transmissão de bactérias.

Fonte: Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Alimentos – Dr. Eneo Alves da Silva Jr.

Postado por Vanderlei Teixeira

Escrito por Eneo Alves da Silva, em 28/5/2004

Giárdia

Cuidados e prevençã0

A giárdia é um microrganismo unicelular, um protozoário, do mesmo grupo dos coccídeos, tricomonas e toxoplasmas. Possui flagelos que o auxilia na locomoção.

A espécie que comumente afeta as aves é a Giardia psittaci, que é de uma espécie diversa da que parasita o homem, a Giardia lamblia. De um modo geral a psittaci não acomete o ser humano, nem a lamblia parasita as aves.

A contaminação se dá pela forma direta, ou seja, através da ingestão dos cistos de giárdia encontrados na água e nos alimentos. Os cistos são uma forma de resistência do protozoário, que permite sua subsistência por um tempo prolongado na matéria orgânica ou na água.

A disseminação desse microrganismo se dá pela eliminação dos cistos através das fezes das aves contaminadas. No organismo da ave o parasita habita o intestino delgado, principalmente o duodeno, onde se reproduz por divisão binária.

No intestino da ave a giárdia pode permanecer um longo tempo sem causar sintomatologia, nesse caso o animal parasitado é denominado de portador assintomático, quando apesar de estar sadio pode disseminar para o meio a forma contaminante da giárdia (o cisto).

O grupo de aves mais comumente afetado é o dos psitacídeos, porém os passeriformes também podem ser contaminados. Na literatura norte-americana não encontramos relatos de giárdia em canários (serinus) e fringilídeos. Em nosso meio não foram encontradas informações estatísticas a esse respeito.

Como esses parasitas mantém-se albergados no intestino o sinal clínico mais comum é a diarréia.

Alterações cutâneas também podem surgir, como pele seca, prurido e arrancamento de penas. Pode ainda afetar os filhotes recém-nascidos, causando debilidade e morte.

As fezes podem ter aspecto mucóide e apresentar mau odor. Nas infestações maciças até um quadro de má absorção intestinal dos alimentos pode ocorrer, com perda de gordura e nutrientes pelas fezes, ocasionando um quadro de letargia e desnutrição.

O diagnóstico de certeza é feito com o encontro doas cistos e trofozoítos (forma adulta habitante do intestino). Contudo algumas dificuldades surgem, pois a eliminação dessas formas pelas fezes é inconstante. O ideal é a realização de exames de fezes seriados a fresco (com menos de 10 minutos após a evacuação).

Um único exame negativo não afasta a possibilidade de contaminação.

Na impossibilidade do exame a fresco a conservação das fezes em formalina 10% (5% segundo alguns autores) é recomendada, pois a giárdia na forma trofozoítica é frágil e desintegra-se facilmente. Preservar os trofozoítos é importante, pois aumenta a chance de diagnóstico, que estariam reduzidas se a procura for feita apenas pelos cistos. A ave contaminada não elimina o protozoário em todas as evacuações.

Um método utilizado pelos laboratórios com o intuito de facilitar a identificação dos cistos é o uso da solução de sulfato de zinco, que é facilmente preparada e faz com que os cistos flutuem, se separem das fezes e possam ser mais facilmente identificados com o uso do microscópio.

O tratamento mais é feito com metronidazol por um período de 5 a 10 dias. No entanto há muitos relatos de resistência a esse medicamento. O mais indicado seria a administração da dose diária diretamente no bico, pois a dissolução na água de beber pode reduzir a sua eficácia. Outra opção terapêutica é o febendazol, que tem o inconveniente de ser mais tóxico, podendo ocasionar alterações na plumagem e até a morte da ave. Temos ainda o relato do uso da paromomicina, um antibiótico aminoglicosídeo com ação antiprotozoário e o dimetridazol, que apesar de eficaz tem vários efeitos tóxicos.

Geralmente está indicado o tratamento para todas as outras aves que estiveram em contato com o indivíduo infestado.

A reinfestação, muitas vezes confundida com resistência do parasita à medicação, pode se tornar comum se o ambiente que a ave vive não tiver um bom controle sanitário. Muitas vezes é necessário que seja repetido o tratamento periodicamente. Em algumas aves nunca estarão completamente curadas da giardíase.

Como a forma de propagação é pela ingestão de água e alimentos contaminados por fezes, todo esforço para se prevenir que isso ocorra será de grande valia.

O fundo da gaiola deve ser protegido por grade removível e os alimentos e a água devem estar fora do alcance dos dejetos, preferencialmente em recipientes externos à gaiola. Devemos impedir que aves silvestres adentrem no criatório, pois podem ser reservatórios da giárdia. Outro cuidado é a quarentena e exame de fezes das novas aves adquiridas pelo aviário.

Desinfetante a base de amônia quaternária e cloro a 10 % são efetivos na inativação dos cistos.

A grande verdade é que aves que são mantidas em ambientes saudáveis, com alimentação e água adequadas estão sendo submetidas à melhor profilaxia de doenças infecciosas e parasitárias que existe.

Concluindo: Ave que não come fezes não terá parasitose intestinal.

Anderson Moreira de Almeida

Consultor da COBRAP (www.cobrap.org.br)

Escrito por Anderson Almeida, em 18/5/2004