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Peixes e aves codificados

Todos mapeados

O método de classificação de DNA barcoding, para identificar espécies por trechos de seus genomas apresentados em forma de código de barras, está auxiliando cientistas a descobrir e a mapear peixes e aves em todo o planeta.

Iniciado em 2005, o All Birds Barcoding Initiative (ABBI) pretende montar um arquivo de 10 mil espécies de aves com seus respectivos códigos de barras de DNA. De acordo com o argentino Pablo Tubaro, líder da iniciativa, o método tem apresentado bons resultados e apenas duas espécies não puderam ser identificadas por meio da técnica no continente americano.

Essa relativa facilidade em identificar aves faz do ABBL um centro gerador de procedimentos para sequenciamentos de outras espécies animais e vegetais, disse Tubaro, que em dezembro participou do Simpósio Internacional sobre DNA Barcoding do Programa Biota-FAPESP, na sede da Fundação.

O trabalho já permitiu descobertas que vão além da identificação de espécies. Ao fazer o levantamento de populações na América do Sul, os pesquisadores descobriram espécies que estão presentes tanto na região de Yungas, entre a Bolívia e a Argentina, como na vegetação atlântica brasileira, dois sistemas que não possuem ligação atualmente. “Desconfiamos que essas regiões eram ligadas por uma vegetação contínua no passado”, apontou Tubaro.

Graças ao DNA barcoding, os cientistas descobriram, por exemplo, que 99% das espécies de aves presentes no Uruguai estão na Argentina. Das espécies do Sul do Brasil, 94% também estão presentes na Argentina, mas aquele país compartilha apenas 52% de suas aves com a Bolívia. “Isso indica a enorme diversidade de pássaros da Bolívia”, afirmou.

O banco de dados da ABBI pretende ser uma fonte de referência para estudiosos e interessados em pássaros. Segundo Tubaro, a boa qualidade das identificações permite que os dados tenham aplicações que vão desde aplicações em investigações forenses até estudos de biologia evolucionista.

Barbatanas de tubarões – Aplicações inusitadas também ocorrem em outra iniciativa com DNA barcoding, o Fish Barcode of Live Initiative (Fish-BOL). Com auxílio da técnica, pesquisadores que participam do projeto analisaram, por exemplo, várias toxinas do peixe baiacu.

A técnica também permitiu mapear todas as espécies de tubarões que frequentam os mares da Austrália, que foram identificados por meio de características de suas barbatanas.

O canadense Robert Hanner, coordenador do Fish-BOL, conta que o necessita de sistemas robustos de identificação de espécies, o que significa critérios e metodologias padronizadas de coleta de informações e de produção de dados. A solução para essa demanda foi centralizar os trabalhos em uma instituição especialmente projetada para a tarefa.

O Canadian Centre for DNA Barcoding (CCDB), da Universidade de Guelph, em Ontário, foi concebido, segundo Hanner, para ser uma verdadeira “fábrica de barcoding”. “Com ele, conseguimos aumentar a quantidade e a qualidade do sequenciamento”, afirmou.

Os trabalhos do CCDB já garantiram o sequenciamento de 95% dos peixes de água doce do Canadá e 98% dos peixes ornamentais comercializados para aquários. Entre as contribuições desses estudos está a separação de populações que se imaginava serem formadas por uma só espécie. Também foram detectadas espécies idênticas que haviam recebido nomes diferentes quando foram registradas.

Segundo Hanner, o Brasil tem um enorme campo de trabalho em mapeamento de espécies de peixes. Ao mostrar um mapa do país, o pesquisador lembra que as principais espécies já catalogadas com DNA barcoding estão nas regiões Sul e Sudeste.

Ainda há muito peixe para ser registrado nadando no resto do país, disse. Ao todo, foram codificados 904 tipos de peixe na América Latina, muito pouco diante de um universo estimado em mais de 8 mil espécies. (Fonte: Agência Fapesp)

Escrito por Pablo Tubaro , em 6/1/2010

Doença de Pombo, não existe

Elas são vítimas

Então, se formos falar das doenças “supostamente” transmitidas pelos pombos ou aves, seremos obrigados a expor ao ridículo os medos e os preconceitos referentes aos pombos. Pois, de tudo o que são acusados, ou é MITO ou PURO PRECONCEITO por falta de informações corretas. A saber:

A “DOENÇA DO POMBO” não existe;

A “TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA DIRETAMENTE DO POMBO” é impossível de acontecer, já que o parasita no pombo não desenvolve o ciclo vital e reprodutivo, condição indispensável para se tornar infeccioso ao ser humano. E, além disso, sabe-se que a PRINCIPAL causa da toxoplasmose é a ingestão de verduras mal lavadas e carnes contaminadas mal passadas. Infelizmente, você não vai saber se estão ou não contaminadas, pois a aparência não modifica;

A “SALMONELOSE” é uma bactéria encontrada até num OVO DE GALINHA, que você pode estar comendo sem saber, e, é praticamente sinônimo de comida estragada;

A “TUBERCULOSE AVIÁRIA” difere-se da tuberculose humana e bovina. Comum a todas as aves, sua bactéria pode ser encontrada no solo, na serragem, nas ostras, nas minhocas e até no LEITE FRESCO. Embora o homem seja bastante resistente ao bacilo, suas principais fontes de contágio são a CARNE MAL COZIDA e LEITE MAL FERVIDO;

OS “PIOLHOS DE POMBO” são ácaros encontrados também em outras aves silvestres, específico das penas, mesmo que “eventualmente” passem para as pessoas que toquem em aves infectadas, não sobrevivem mais que algumas horas, ou seja, morrem de fome!!! Faltam penas ao homem para que possam alimentar os piolhos;

“HISTOPLASMOSE E A CRIPTOCOCOSE” são doenças transmitidas por fungos que se desenvolvem em dejetos, são originários também das fezes humanas, de outros animais, do solo orgânico e até de frutas podres. Esses fungos, não resistem ao sol e às altas temperaturas do nosso clima. As condições ideais para seu desenvolvimento são os ambientes fechados e com grande acúmulo de matéria orgânica;

“A ORNITOSE, PSITACOSE OU CLAMIDIOSE” atinge a muitas aves e mamíferos, inclusive o homem, mas para que haja contágio é necessário um contato íntimo com a ave doente, e, felizmente até 16/11/2003, não havia feito parte de nenhuma estatística. Daí, imagino que não deva ser fácil se contaminar!! !

Para concluir devo informar que: Não há o que temer dos POMBOS, pois, geralmente, as vítimas de doenças de aves são criadores que possuem grande quantidade de aves em ambientes SUJOS, ESCUROS, SEM CONTROLE VETERINÁRIO, SEM HIGIENE, e, ainda mantêm contato freqüente com pássaros doentes. POBRES DAS AVES QUE DEPENDEM DESTES IRRESPONSÁVEIS E INCONSEQÜENTES! ELAS, SIM, SÃO AS GRANDES VÍTIMAS!

Quanto à histoplasmose, toxoplasmose e criptococose, observe as opiniões profissionais de saúde:

“… não existem provas de que os pombos sejam um dos transmissores.

..” (Referência à toxoplasmose.)

“… são produzidos por fungos que existem dispersos na natureza.. .”

“… não existe nenhum caso registrado nos órgãos responsáveis. ..” (Referência à histoplasmose e à criptococose.) Dr. Paulo Bruxelas – Médico e Veterinário – Rio de Janeiro

JORNAL DO BRASIL DE 17/07/95

“… Há contudo, uma informação errônea: os pombos não são transmissores da toxoplasmose. Isso é uma crença antiga, infelizmente,ainda divulgada”. – Drª. Marilu de Noronha – Veterinária do Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaistman

JORNAL O GLOBO DE 13/ 09/01

“… Para que alguém pegue Toxoplasmose de um pombo, é preciso que essa pessoa COMA UM POMBO DOENTE MAL PASSADO, já que o microorganismo se aloja em seu tecido orgânico. Quero dizer com isso que não se pega toxoplasmose de pombo com o simples contato com o animal”. – Drª. Mariângela Freitas de Almeida e Souza – Médica veterinária – Rio de Janeiro

Escrito por Fátima Borges Ferreira , em 14/5/2010