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Salmonelose II

Prevenção e Profilaxia

A Salmonelose

J.Bernardino

Consultor Técnico COBRAP – www.cobrap.org.br

Membro do Grupo – Sítio dos Carduelis – carduelis@grupos.com.br

A Salmonelose é uma doença de origem bacteriana, é o agente etiológico são as Salmonellas sp. , no caso de aves silvestres a mais comum é a S. typhimurium e a mais comum entre as aves de forma geral é a S. gallinarium. Existem outras mas, vamos nos ater à doença. O período de incubação é de 3 à 5 dias.

A transmissão pode ser feita pelos seguintes formas:

de ave para ave através do contato ente elas.

ovos de galinha.

fezes secas.

alimentos contaminados por fezes e secreções.

aves portadoras sãs.

insetos, roedores e moscas.

Transmissão da mãe para os filhotes através do ovo pois, os ovários são contaminados.

Essa doença tem duas formas, à saber:

Forma aguda : diarréia marrom avermelhada à branca, febre, perda de peso, perda de apetite e da sede, mancha roxa no abdomem, a ave fica embolada e finalmente, morte. Ao nascerem os filhotes devemos observar se apresentam uma mancha preta no lado direito de seus abdomens, isto é sinal de salmonelose.

Forma Crônica : acontecem de forma geral, artrites. A ave sobrevivente se torna uma portadora sã.

O Tratamento é feito à base de antibióticos de alta sensibilidade mas, para aves sobrevivente à fase crônica isso não eliminará as bactérias de seu organismo e portanto, essas aves devem ser descartadas do plantel pois, tornam-se fontes de contaminação para as outras aves do plantel.

Para fazer-se o controle e evitar-se epidemias no plantel deve-se: manter um manejo higiênico e sanitário adequado no criadouro, fazer-se quarentena das novas aves adquiridas, de aves que apresentem qualquer sintoma de doença, de aves que retornem de exposições e concursos. Evitar-se superpopulação nos criadouros pois, um ambiente com superpopulação torna-se positivo para propagação de doenças. Fazer uso de medicamentos de forma preventiva mas, sempre sob orientação de um médico veterinário para ter-se um planejamento das aplicações e doses adequadas.

Minha experiência pessoal com salmonelose deu-se em 1991. Eu tenho o hábito de fazer quarentena em aves mas, visitando uma exposição no Parque da Água Branca, vi e gostei de uma fêmea Canela Vermelho Mosaico(CN VM MS), uma beleza de fêmea e a comprei. Fiz as assepcias necessárias e como era quase época de iniciar-se a criação, no caso específico dessa fêmea, não fiz o período mínimo de quarentena e coloquei-a diretamente na voadeira das fêmeas do plantel. Chegou a época, acasalei todos os casais e começamos os trabalhos para obetermos um ano de bons resultados na criação. Numa determinada semana, começaram à morrer fêmeas, uma na segunda-feira, duas na terça-feira, uma na qurta-feira e uma na quinta-feira, essa a Canela Vermelha Mosaico. Meu pai colocou essa fêmea em um saco plástico e colocou-a no congelador e na sexta-feira rumei para São José dos Campos e levei a canária(numa caixa de isopor repleta de gelo para conservá-la) à clínica Pró-ave. Lá fui recebido pela Dra. Stella Maris Benez e respondi à uma série de perguntas para que fosse montado um perfil do meu criadouro. Foi feita a necrópsia da canária e o anti-biograma. Constatou-se que a doença era SALMONELOSE e o anti-biograma mostrou que a bactéria infectante era resistente à 06 dos antibióticos utilizados e de resposta intermediária ao norfoxlaxino, que na época não existia para uso animal, existindo em medicamento para uso humano. A resistência da bactéria à tantos medicamentos era fruto, com certeza, do uso indiscriminado e intuitivo de antibióticos, hábito de muitos criadores que na ânsia de protegerem seus plantéis de doenças, acabam fortalecendo e dando resistência à organismos patológicos, criando verdadeiros monstros. Fizemos um tratamento para todo o plantel, em meio ao período reprodutivo e tivemos naquele ano, uma baixa produtividade mas, mais nenhum caso de Salmonelose. Vejam bem, um pequeno descuido e pronto, uma ano prejudicado.

Escrito por José Bernardino, em 2/9/2003

Salmonelose

Prevenção e Profilaxia

Texto extraído do Livro Criaçao de Curiós e Bicudos de Aloísio Pacini Tostes

É provocada pelas bactérias gran-negativas Salmonella tifimurium, ocasionando a paratifose e pela Salmonella pullorum, provocando a pulorose. Essa doença, quando atingem um criadouro, costumam dizimá-lo. Em geral são produzidas por um bacilo transmitido pelas fezes de pássaros doentes depositadas no ambiente. São difíceis de se detectar porque seus sintomas são parecidos com uma série de outras doenças. Outra grande dificuldade no combate a esses males é que pode ocorrer a existência de portadores sãos, principais causadores da disseminação. Pássaros curados dessas doenças não deverão mais servir de reprodutores.

Há a forma muito aguda; quase não tem sintoma e mata rapidamente. Os sintomas são: emagrecimento, depressão, respiração difícil, conjuntivite, diarréia esverdeada, inapetência e finalmente convulsões nervosas e morte; e a forma crônica; infecções na parte urogenital, com diarréia e aos poucos a ave vai definhando, morrendo extremamente debilitada.

As doenças podem ser detectadas por exame microbiológico de fezes ou de material coletado das aves mortas e necropsiadas. Para tratar corretamente, é preciso ter o antibiograma para se saber exatamente qual o antibiótico que deve ser ministrado. Na maioria das vezes usa-se o cloranfenicol, a tetraciclina, ampicilina, nitrofuracina e sulfa.

A profilaxia dessa terríveis doenças é feita pela adoção de quarentena de novas aves adquiridas e desinfeção periódica e sistemática do ambiente dos criadouros. Locais secos e arejados para as gaiolas e viveiros também são fatores importantes para controle, bem como a eliminação de roedores, uns dos maiores transmissores das doenças.

Escrito por Stella Maris Benez, em 2/9/2003