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Bandos de Canários da Terra

O respeito à natureza

MAPEAMENTO DE BANDOS DE CANÁRIO-DA-TERRA NA NATUREZA.

 

Com base em respostas espontâneas de alguns amadores de pássaros, registradas no site www.cobrap.org.br, da COBRAP – Confederação Nacional dos Criadores de Pássaros Nativos, de 02 de julho de 2008 a 08 de julho de 2008, no título Bandos de Canários-da-Terra, de iniciativa de José Ramos, de Goiânia (GO), que desejava saber em que regiões do Brasil existem canários-da-terra vivendo livres na natureza, foi possível elaborar o presente mapeamento, com o objetivo de identificar e ordenar algumas das localidades no território brasileiro. Este trabalho de mapeamento foi escrito, também, para atender a solicitação do amigo Aloísio Pacini Tostes, atual Presidente da COBRAP.

 

É evidente que os dados são parciais, uma vez que, com certeza, muitas outras localidades não foram indicadas, mas que também possuem canários-da-terra vivendo em liberdade na natureza, no território brasileiro.

 

No Distrito Federal.

 

Alegado por Deusivan Alves, de Brasília (DF), em 3 de julho de 2008.

Em Brasília (DF) não tem canários soltos na natureza.

 

No Estado do Espírito Santo.

 

Apresentado por Guido, do Espírito Santo, em 3 de julho de 2008.

Em algumas cidades do interior do Espírito Santo vêem-se grandes bandos de canários voando juntos, porém, na Capital Vitória ainda não são vistos canários soltos.

 

Dados fornecidos por Geraldo Luiz, de Vitória (ES), em 3 de julho de 2008.

Informa que tanto no Jardim da Penha, em Vitória (ES), onde mora, como em outros bairros da cidade, possuem canários soltos, acasalados e procriando a cada ano. Na rua do canal em Jardim da Penha, mais precisamente na rua da Loja Maçônica, atravessando o viaduto da Fernando Ferrari e entrando na UFES, vê-se mais algumas dezenas de canários. Bem próximo, no Parque da Pedra da Cebola, também tem canários, assim como no Orto de Maruípe. Ainda são encontrados canários em toda circunvizinhança da cidade de Vitória (ES).

Os canários estão presente também em Vila Velha (ES). Lá na Ponta da Fruta tem um canário cabeça de fogo, originário da Bahia, que é uma fera. Também tem visto canários no entorno, ou seja, saída de Cariacica (ES) para Santa Leopoldina (ES), e na Serra, em muitos bairros, a começar por Bicanga, até Nova Almeida.

 

Declarado por Joaquim Castello de Barros, de Vitória (ES), em 4 de julho de 2008.

No seu Estado, Espírito Santo, na região das montanhas, a população de canários já é maior do que a de pardais. As pessoas defendem os canários e, para procriação, colocam caixas-ninho nas varandas de suas casas. Cita como exemplos as seguintes cidades: Domingos Martins, Santa Leopoldina e Santa Teresa, todas no Estado do Espírito Santo. Na região Norte do Estado do Espírito Santo os canários estão se multiplicando muito. No Bairro onde mora, na Ilha do Boi, em Vitória (Capital), tem canários soltos cantando e aninhando. Até pouco tempo atrás os canários estavam extintos nestes lugares. Graças à soltura por pessoas da região, está havendo repovoação com canários.

 

Depoimento de Hugo Teles, de Vila Velha (ES), em 6 de julho de 2008.

Em vários lugares, lá no Espírito Santo, teve a oportunidade de notar o aumento na quantidade de canários soltos, principalmente nas regiões de montanha. Lá onde mora, em Vila Velha (ES), têm canários soltos. Há alguns meses atrás, no condomínio onde reside, foram soltos dois casais de canários, mas somente um casal conseguiu procriar. Estão fazendo um trabalho de conscientização entre a vizinhança e tem certeza de que vão conseguir o objetivo, ou seja, povoar o condomínio com os canarinhos. É uma beleza vê-los cantando na natureza.

 

No Estado de Goiás.

 

Esclarecido por José Ramos, de Goiânia (GO), em 2 de julho de 2008.

Em uma fazenda, a 140 km de Goiânia (GO), observou que de uns dois anos para cá, aumentou muito a presença dos canários. Para incentivar a criação dos canários, fabricou e colocou algumas caixas-ninho no beiral da casa onde seus pais moram.

Também, na cidade de Firminópolis (GO), distante 20 km da fazenda supracitada, observou vários canários cantando, pousados em árvores e em cabos de energia elétrica.

 

Escrito por Deusivan Alves, de Brasília (DF), em 3 de julho de 2008.

Em Flores de Goiás (GO) tem muitos canários soltos na natureza. Também, às margens da represa de Corumbá IV existe grande quantidade de canários livres na natureza. Ainda, em Britânia (GO), os canários já invadiram a cidade.

 

Informado por Antônio José, de São Vicente (SP), em 4 de julho de 2008.

Viu muitos canários soltos em Itajá (GO), divisa com Mato Grosso.

 

No Estado de Mato Grosso do Sul.

 

Manifestado por José Irineu Lourenço, de São Bernardo do Campo (SP), em 5 de julho de 2008.

Na cidade de Miranda (MS) tem canários por todos os lugares. É lindo de se ver.

 

No Estado de Minas Gerais.

 

Relatado por Benedito Monteiro de Oliveira, em 2 de julho de 2008.

Lá em Minas Gerais, é comum ver canários pousados nos fios de arame das cercas das fazendas. Nota-se, também, a ocorrência de muitos canários chocando nas casas que ficam às margens das rodovias, onde os moradores fornecem alimentos e caixas-ninho. Há alguns anos, alguns moradores das cidades da zona da mata mineira soltaram canários e estes ficaram na própria cidade, onde vivem em bandos.

 

Transmitido por Luiz Carlos Amaral, em 2 de julho de 2008.

Na sua região, no triângulo mineiro, existem bandos de canários nas áreas urbanas e nas regiões rurais.

 

Alegado por Wallace, de Belo Horizonte (MG), em 3 de julho de 2008.

Em Belo Horizonte (MG) há alguns canários soltos, tanto na famosa praça da Liberdade, quanto no Campus da UFMG e, também, na região do zoológico. Os casais de canários, fruto de soltura há alguns anos atrás, estão procriando em liberdade, fato noticiado no Jornal Estado de Minas.

Ainda, tem visto muitos canários soltos, em outras cidades, ao longo da BR 381, indo de Belo Horizonte (MG) para Guarapari (ES). Durante a viagem, nas paradas para abastecimento do veículo, com combustível, observou que alguns donos de postos de gasolina colocam caixas-ninho, cada uma feita com um gomo de bambu, com um furo, fixadas nas extremidades dos galpões, para os canários construírem o ninho e se reproduzirem. Disponibilizam, também, comedouros com milharina. Muito bonito mesmo, de se ver e de se ouvir.

 

Apresentado por Danilo Navarro Herdy, em 3 de julho de 2008.

Freqüenta muito a região de Alfenas (MG), próximo a Varginha (MG), na região sul do Estado, onde, o número de canários soltos não pára de crescer, a cada temporada. As disputas de canto são intensas e os canários são vistos, praticamente, em todos os bairros da cidade.

 

Dados fornecidos por Carlos Augusto Cavalheiro Gouvêa, em 3 de julho de 2008.

Na sua região, Zona da Mata Mineira, ou seja, em Bicas, Mar de Espanha, Senador Cortes, Guarará, Maripá de Minas, São João Nepomuceno, Rochedo de Minas, Santo Antônio do Aventureiro etc, tem muitos canários vivendo livres na natureza.

 

Declarado por Jânio Luiz de Grassia, em 3 de julho de 2008.

Em Capetinga (MG), na sua chácara, podem ser vistos bandos de canários.

 

Depoimento de Gilberto Landim, de Santa Rita do Jacutinga (MG), em 3 de julho de 2008.

No Município onde mora, Santa Rita do Jacutinga (MG), situado na Zona da Mata Mineira, a 150 km de Juiz de Fora (MG), na divisa com o Estado do Rio de Janeiro, há 15 anos não se via canários livres na natureza, mas, de uns 10 anos para cá, está aumentando muito a sua quantidade. Acredita que seja pela facilidade com que os canários se adaptam em qualquer ambiente.

 

Esclarecido por João Lima, de Inhapim (MG), em 3 de julho de 2008.

Na sua cidade natal, Inhapim (MG), tem mais canários do que pardais. É muito lindo, no final da tarde, ver os canários pousados nos fios de transmissão de energia elétrica e de telefonia.

 

Escrito por Israel Victorino de Souza, do Rio de Janeiro (RJ), em 3 de julho de 2008.

Cita também que no Município de Tabuleiro (MG), em uma parada muito encantadora, à margem da pista, chamada Cantinho da Roça, tem muitos canários no piso do estacionamento, passeando entre os carros. Esta parada fica na estrada que sai de Juiz de Fora (MG), em direção a Ubá (MG).

 

Informado por Wanderley Trajano de Souza, de Araxá (MG), em 6 de julho de 2008.

Na cidade de Araxá (MG), Alto Paranaíba, por enquanto não existe canários soltos na natureza.

Mas, nas rodovias que dão acesso a Uberaba (MG) e a Uberlândia (MG), e, também, às fazendas e sítios do Município de Araxá (MG), os canários estão se multiplicando. Assim como todos, o Wanderley faz a sua parte, colocando várias caixas-ninho na fazenda do seu sogro, e lá muitos canários já se reproduziram.

 

Manifestado por Willerson Wagner, de Juiz de Fora (MG), em 11 de julho de 2008.

Lá no bairro onde mora, Barbosa Lage, em Juiz de Fora (MG), já conseguiu contar, de uma só vez, mais de 15 casais de canários, juntos. Tem até vizinho colocando comida para os canários, por causa da grande quantidade. Está muito bonito.

 

No Estado da Paraíba.

 

Relatado por Pablo Gomes dos Reis, de Campina Grande (PB), em 2 de julho de 2008.

Lá na Paraíba, é raro o canário livre na natureza. Não há canário solto.

 

No Estado do Paraná.

 

Transmitido por Odair, de Curitiba (PR), em 2 de julho de 2008.

Em Curitiba (PR), encontra-se canários soltos em todos os lugares.

 

Alegado por Ademir E. Galvão, de Ponta Grossa (PR), em 3 de julho de 2008.

Nos bairros da cidade de Ponta Grossa (PR), há pequena quantidade de canários. Mas, a 10 km distante de Ponta Grossa (PR), em chácaras e nas margens de rios e riachos, há bandos de canários.

 

Apresentado por Francisco Raymundo, de Curitiba (PR), em 6 de julho de 2008.

Em Curitiba (PR), na área central, nota-se a presença dos canários, e em toda a cidade, em maior ou menor número, bem como na região metropolitana.

 

Fornecido por José Wilson dos Santos, de Londrina (PR), em 6 de julho de 2008.

Lá em Londrina, na região norte do Paraná, ainda não se vêem canários soltos.

Porém, nas cidades de Alvorada do Sul (PR), Primeiro de Maio (PR), Ibiaci (PR) e Porecatu (PR), todas localizadas no entorno da represa Capivara, distante em média 50 km de Londrina (PR), nota-se, de alguns anos para cá, um grande aumento no número de canários soltos.

De ano para ano, aumentam, também, na região de Jataizinho (PR), às margens do rio Tibagi.

Há relatos de vários colegas seus que possuem chácaras, confirmando o aumento do número de canários soltos na natureza.

 

No Estado de Pernambuco.

 

Declarado por Ricardo Codeceira, de Recife (PE), em 2 de julho de 2008.

Em Recife (PE), os canários são encontrados em grande número não só nos bairros, mas também no centro da cidade.

 

Depoimento de Pablo Gomes dos Reis, de Campina Grande (PB), em 3 de julho de 2008.

Recentemente esteve em Recife (PE) e viu muitos canários, principalmente na avenida que leva para o Caxangá, onde está o canal perto de Boa Viagem. Na sede da Associação viu canários soltos por todos os lados. Muito lindo. Chegou até a assustar-se.

 

Esclarecido por Marcelo, de Recife (PE), em 3 de julho de 2008.

Lá no Recife (PE), tem bastante canários soltos. Pode até citar alguns bairros privilegiados com canários soltos: Várzea, Boa Vista, Caxangá, Cordeiro e Bairro Novo; em Olinda e em muitos outros lugares.

 

Escrito por Rubens Marques Neto, de Recife (PE), em 6 de julho de 2008.

Lá em Recife (PE), no Parque da Jaqueira, existe uma enorme quantidade de canários. Fica feliz em fazer sua caminhada diária nesse lindo parque e contemplar tamanha beleza da mãe natureza, ou seja, os canários voltando a povoar a cidade do Recife (PE).

 

No Estado do Rio de Janeiro.

 

Informado por Édson de Andrade Neves, do Rio de Janeiro (RJ), em 2 de julho de 2008.

Lá no Rio de Janeiro (RJ), no Bairro Guaratiba, os canários estão procriando muito e se espalhando por várias áreas.

 

Manifestado por Marcos Rodrigues, de São Gonçalo (RJ), em 3 de julho de 2008.

Em São Gonçalo (RJ), é raro ver um canário livre na natureza. Entretanto os canários podem ser encontrados em áreas destinadas a cemitérios, que parecem mais com jardins. Já, no litoral do Município de Maricá (RJ) tem mais canários do que pardal.

 

Relatado por Marcos Merat, de Niterói (RJ), em 3 de julho de 2008.

Lá em Niterói (RJ), já é comum ver os canários soltos, principalmente na orla do Município. Verificou a existência de canários livres no centro da cidade de Niterói (RJ), onde tem muita grama e árvores, principalmente na região litorânea onde o número de espécimes é até maior. Os canários fazem dos postes e das árvores com galhos secos os seus pontos de observação.

 

Transmitido por Israel Victorino de Souza, do Rio de Janeiro (RJ), em 3 de julho de 2008.

Lá no Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro tem tanto canário que falta pouco para tropeçar nos mesmos quando estão nos gramados.

 

Alegado por Carlos, do Rio de Janeiro (RJ), em 4 de julho de 2008.

No bairro onde mora, Realengo, e em outro bairro próximo denominado Vila Militar, é muito grande a quantidade de canários nas árvores, inclusive onde o trânsito nas ruas é intenso. Nota que a cada dia que passa o número de canários soltos vem aumentando.

 

No Estado do Rio Grande do Norte.

 

Apresentado por Antônio José, de São Vicente (SP), em 4 de julho de 2008.

No Rio Grande do Norte, na zona litorânea, próximo à Capital, não viu nenhum canário. Observou que toda a área foi invadida por sagüis.

 

No Estado do Rio Grande do Sul.

 

Fornecido por C. Minozzo, de Caxias do Sul (RS), em 2 de julho de 2008.

Em Caxias do Sul (RS) existem muitos canários na área rural. Na região urbana também existem canários, mas em menor número.

 

Declarado por Mário Christ, de Estância Velha (RS), em 3 de julho de 2008.

No Vale dos Sinos (RS) existem bandos de canários.

Ainda no Rio Grande do Sul, nas regiões de Sarandi, Seberi e Irai, vê bandos de canários às margens das Rodovias BR386 e BR 157.

 

Depoimento de Édison Alves, de Erechim (RS), em 3 de julho de 2008.

Em Erechim, região norte do Rio Grande do Sul, é de se encantar com a quantidade de canários soltos na natureza.

 

Esclarecido por Paulo Keitel, de Cruz Alta (RS), em 4 de julho de 2008.

Lá na sua região, em Cruz Alta (RS), tem muitos canários soltos. Alguns dias atrás, em um domingo, calcularam, pousados em um fio de energia elétrica, mais de 100 canários.

 

No Estado de Santa Catarina.

 

Escrito por Carlos Eduardo Dressel, de Joinville (SC), em 2 de julho de 2008.

Informou que em Joinville (SC), existe mais canários do que pardais. Os canários tomaram conta da cidade de Joinville (SC).

 

Informado por Frank José Nazário, de Criciúma (SC), em 3 de julho de 2008.

Em Criciúma e regiões próximas existem milhares de canários.

 

Manifestado por Mário Crist, de Estância Velha (RS), em 3 de julho de 2008.

Na região Oeste de Santa Catarina, de Chapecó (SC) a São Miguel d’Oeste (SC), são encontrados bandos de canários.

 

Relatado por Rodrigo, de Orleans (SC), em 3 de julho de 2008.

Lá na cidade de Orleans (SC) têm canários soltos por todos os lados. Em sua casa, diariamente, coloca sobra do trato dos pássaros que estão em gaiolas e os canários que vivem em liberdade alimentam-se à vontade. Tem dois casais de canários que procriam todos os anos no beiral da casa onde Rodrigo mora. Cada casal de canários choca em lados opostos da casa.

 

Transmitido por Osmar da Silva Júnior, de Blumenau (SC), em 3 de julho de 2008.

Lá na cidade de Blumenau (SC) existem muitos canários, chegando aos milhares. Só em sua casa, todo ano nascem, mais ou menos, umas seis ninhadas de duas fêmeas que chocam em caixas-ninho instaladas no beiral de sua residência.

 

Alegado por Carlos, de Blumenau (SC), em 3 de julho de 2008.

Os canários estão presentes em alto número em sua casa, pois disponibiliza um comedouro grande e muitas caixas-ninho para procriarem.

 

Apresentado por Adriano Kowalski Coelho, de Florianópolis (SC), em 4 de julho de 2008.

Em Floripa e região, canário solto na natureza é o que não falta. São vistos pousados em cabos de energia elétrica e telefonia e, também em árvores, com uma variedade grande de raças de canários, desde o nativo terrinha, ao paulista, mineiro etc, além dos filhotes mestiços. É tanta variedade de canários soltos que a mistura de sangue entre eles nos oferece a possibilidade de observar variações interessantes de tamanho e cor. Muitas pessoas têm o hábito de colocar comedouros no quintal da casa para garantir os sustento dos reprodutores e filhotes de canários durante todo o ano. Em certas localidades já está faltando caixa-ninho para aninhar, de tanto canário solto na natureza. Desconhece em Santa Catarina um lugar sequer que não se possa observar a presença dos queridos canarinhos soltos.

 

No Estado de São Paulo.

 

Dados fornecidos por Fernando F. M. Andrade, de Ribeirão Preto (SP), em 2 de julho de 2008.

No Município de Ribeirão Preto (SP): Nas áreas urbanas de Ribeirão Preto (SP) e de Bonfim Paulista (SP) não existe canário solto. Desconhece a existência de canário solto na natureza na zona rural.

Agora, no Município de São Simão (SP), não existe canário solto na área urbana, entretanto, na área rural existem canários procriando livremente na natureza. Alguns sitiantes colocam caixas-ninho na varanda da casa e ali os canários reproduzem-se. Em visita a uma usina de engarrafamento de água mineral no Município de São Simão (SP), em uma área próxima, avistou bandos de canário, cerca de 200 espécimes, livres na natureza.

 

Declarado por Antônio Thomé, de Campinas (SP), em 3 de julho de 2008.

Em Campinas (SP), nas regiões da periferia, onde há parques arborizados e alguns clubes, especialmente no círculo militar, já começam a aparecer os canários.

 

Depoimento de Juliano Candeloro Hermínio, de Marília (SP), em 3 de julho de 2008.

Na região de Marília (SP) não se vêem canários, nem na cidade e nem na área rural.

 

Esclarecido por Antônio José, de São Vicente (SP), em 4 de julho de 2008.

Lá no litoral paulista, nos últimos anos, houve uma invasão de canários, e continua aumentado a cada dia.

Em São Paulo (Capital), viu canários soltos e achou a coisa mais linda.

 

Escrito por Antônio Tomé, de Campinas (SP), em 4 de julho de 2008.

Nos Distritos de Sousas e de Joaquim Egídio, na região de Campinas (SP), vêem-se facilmente bandos de canários. Também encontra canários no lugar em que convive, no Círculo Militar, de Campinas (SP).

 

Informado por Evaristo Cintra Filho, do Bairro Barra Funda, de São Paulo (SP), em 5 de julho de 2008.

Infelizmente nunca viu canário solto na natureza.

 

Manifestado por José Irineu Lourenço, de São Bernardo do Campo (SP), em 5 de julho de 2008.

Em Promissão (SP), onde reside seu pai, tem canários na região do Rio Tietê (Leste). Não são muitos canários, mas podem ser vistos com freqüência. Entretanto, para o lado do Rio Feio (Oeste), ainda não viu canário.

 

Relatado por Ricardo Redondano, de Limeira (SP), em 8 de julho de 2008.

Lá na região de Campinas (SP), especificamente em Limeira (SP), existem muitos canários livres na natureza. Na estrada (SP147) que liga a cidade de Limeira (SP) a Arthur Nogueira (SP) e Mogi Mirim (SP), existem diversos condomínios de chácaras que os moradores preservam os canários, não deixando ninguém caçá-los, cuidando com alimentos e colocando caixas-ninho para que se reproduzam por lá. É uma região que possui muito capim, tais como: braquiária, marmelada etc. Acredita que isto colabore para que os canários se instalem por lá. Está convencido de que os canários já estejam naquela região há mais de 50 anos, e que ultimamente tem aumentado muito o número de espécimes dos mesmos. Neste final de semana (6 de julho de 2008), contou 80 canários se alimentado com quirera, no comedouro de sua chácara.

 

Para concluir, gostaria de registrar que, no apanhado supracitado, foi utilizado o termo popular canário para todas as espécies e subespécies. Entretanto, esclareço que, no Brasil, no Gênero Sicalis, são encontradas as seguintes Espécies: flaveola, citrina, columbiana e luteola.

 

Assim, pode-se relacionar as seguintes espécies:

 

1. Canário-da-Terra-Verdadeiro (Sicalis flaveola). Linaeu, 1766.

 

Com as seguintes subespécies:

 

1.1. Canário-da-Terra (Sicalis flaveola brasiliensis). Gmelin, 1789.

Existe no Brasil nas áreas que vão do Maranhão até ao Sudeste.

Conhecido também por canário-do-chão, canário-do-Ceará e cabeça-de-fogo.

Quando criado em cativeiro usa anilha diâmetro 2,8 mm.

 

1.2. Canário-chapinha (Sicalis flaveola pelzelni). Sclater, 1872.

Sua distribuição se dá do Centro-Sul ao Sul do Brasil.

Além de canário-chapinha, também é conhecido por canário-da-horta e canário-da-telha.

Quando criado em cativeiro usa anilha diâmetro 2,6 mm.

 

2. Canário-Rasteiro (Sicalis citrina). Pelseln, 1870.

No Brasil é encontrado em Mato-Grosso, sul do Pará, Goiás, Piauí, Bahia, Minas Gerais, sul de São Paulo e Paraná.

É conhecido, ainda, por canarinho-rasteiro.

Quando criado em cativeiro usa anilha diâmetro 2,5 mm.

 

3. Canário-do-Amazonas (Sicalis columbiana). Cabanis, 1851.

No Brasil é encontrado no Amazonas, Pará, Goiás e Mato Grosso.

É também conhecido como canário-do-campo.

Quando criado em cativeiro usa anilha diâmetro 2,5 mm.

 

4. Tipiu (Sicalis luteola). Sparrman, 1789.

Vive no Brasil oriental e meridional. Na Amazônia existe apenas em certas áreas campestres.

Além de tipiu, é também conhecido como tipio, tipió, canário-tipio, canário-de-lote, cigarrinha, canário-do-rio-grande e tico-tipió.

Quando criado em cativeiro usa anilha diâmetro 2,5 mm.

 

Autor do texto: Fernando F. M. Andrade.

Ribeirão Preto (SP), 13 de julho de 2008.

Também autor do livro CRIADORES DE CANÁRIO-DA-TERRA.

Escrito por Fernando F.M.Andrade, em 14/7/2008

Obras na Amazônia põem espécies de aves em perigo

Avassaladora extinção

Mais oito espécies de aves da Amazônia poderão entrar para a lista de ameaçadas de extinção até 2020, caso as obras de infra-estrutura planejadas pelo governo federal sejam de fato implementadas na região. Outras oito serão severamente afetadas, com redução de pelos menos 50% na sua área de ocorrência, segundo um estudo publicado na revista internacional Conservation Biology.

O trabalho busca avaliar o impacto da construção de estradas, hidrovias, hidrelétricas, gasodutos, ferrovias e outras grandes obras de infra-estrutura sobre a biodiversidade de aves da Amazônia – o que serviria, também, como uma demonstração do impacto sobre a biodiversidade total da floresta.

As previsões são baseadas em um modelo de 2001, produzido pelo cientista William Laurance, do Instituto Smithsonian de Pesquisas Tropicais, que prevê um desmatamento anual adicional na Amazônia de 2.690 km2 (cenário otimista) a 5.060 km2 (cenário pessimista) em decorrência das obras.

Desde 2001, governos e políticas mudaram, mas os projetos continuam basicamente os mesmos. “Nenhum foi descontinuado”, diz a bióloga Mariana Vale, autora principal do estudo. “Os projetos vão e voltam, mas continuam na pauta do governo. Se forem implementados, o cenário continua válido.” Ela explica que os cálculos são baseados em taxas históricas, associadas ao impacto de obras passadas. “Quando uma estrada é construída, sabemos que o desmatamento aumenta. O que tentamos mostrar no estudo é quem vai sair prejudicado nessa história”, afirma Mariana.

As duas vítimas mais graves serão a choca-de-garganta-preta (Clytoctantes atrogularis) e o dançador-de-coroa-dourada (Lepidothrix vilasboasi), que se tornarão “criticamente em perigo” de extinção em 2020. Das outras seis espécies identificadas no estudo, uma seria classificada como “em perigo”, duas como “vulneráveis” e três como “quase ameaçadas” – segundo as classificações de ameaça definidas pela União Mundial para a Natureza (IUCN). Nenhuma dessas aves está (por enquanto) na lista atual de espécies ameaçadas do Ibama.

Os cientistas ressaltam que as previsões são todas conservadoras, pois consideram apenas o cenário otimista de desmatamento e incluem apenas espécies com área de ocorrência (hábitat) igual ou menor a 500 mil km2, além de outras limitações metodológicas.

Surpresa – A maior surpresa para os pesquisadores não foi o número de espécies potencialmente ameaçadas, mas o local onde elas ocorrem. Metade são espécies de várzea, que vivem exclusivamente em regiões periodicamente alagadas da floresta – e não em qualquer várzea, mas em trechos específicos de certos rios.

Segundo o especialista Mario Cohn-Haft, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, os resultados refutam a idéia de que espécies da várzea seriam menos vulneráveis a alterações ambientais por viverem em regiões onde o regime dos rios já causa uma perturbação constante do hábitat. Além disso, mostram que há endemismo (restrição geográfica) de espécies na várzea – outro tema controverso entre os cientistas.

“Como as margens dos rios formam uma zona contínua, seria tentador imaginar que os bichos da várzea ocorrem em qualquer lugar, mas não é assim”, explica Cohn-Haft, que assina o estudo ao lado de Mariana e outros dois pesquisadores dos Estados Unidos. Dentre as oito espécies que perderiam mais de 50% do hábitat, seis também são endêmicas de regiões de várzea.

Outra novidade do estudo é a identificação de ecorregiões de avifauna – áreas situadas entre rios, que limitam a dispersão geográfica de espécies, inclusive de aves. Mesmo sem um conhecimento completo da biodiversidade amazônica, os pesquisadores conseguiram calcular que qualquer espécie que seja endêmica de algumas dessas regiões estará automaticamente ameaçada em 2020 caso os projetos de infra-estrutura sejam colocados em prática.

Eles já sabem que muitas aves que vivem nessas ecorregiões e hoje são classificadas como “subespécies” serão reclassificadas como “espécies” nos próximos anos, o que poderá aumentar ainda mais a lista de ameaça.

“Torço para que nossas previsões não se concretizem”, afirma Mariana, que fez o trabalho para seu doutorado na Universidade Duke, nos EUA. Ela agora é pesquisadora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. (Fonte: Herton Escobar/ Estadão Online.

Escrito por Herton Escobar, em 14/7/2008