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Corre-corre e passarinhos…

O barulho vinha das palmeiras

Quarta-feira, 6 de Agosto de 2008

Corre-corre e passarinhos… descobri!

Antes, meu pedido de desculpas por não aparecer tanto por aqui. A gente quer fazer tudo, mas o tempo corre rápido. Então, primeiro vem o ganha-pão, as leituras obrigatórias, algum estudo. Depois, o lazer, o prazer… e por aí vai. Tem horas em que minha cabeça trava no momento da obrigação e voa na direção de coisas que não têm nada a ver com aquilo. Ontem foi assim. De novo. Graças aos céus e à minha curiosidade nata.

Correria, chuva, entrevistas sobre riscos de acidentes no trabalho, formas de aumentar a segurança, maneiras de conscientizar e envolver os trabalhadores nessa luta histórica por sua própria integridade física, sua saúde e fotos técnicas (meio técnicas, sei lá… digamos, enfim, que são técnicas).

Saí da fábrica debaixo de uma chuva rala, mas de pingos consideráveis. Subi a escada que dá para uma sacada e que é um tipo de hall de entrada aos escritórios. No topo da escada, ouvi um chilro, na verdade uma conversa murmurada por pássaros. O barulho vinha das palmeiras na quina da sacada. Entrei no escritório, liguei a câmera (a danada emite um som ao ser ligada e este som apavora os gatos da família; temi que os pássaros também se assustassem e fugissem, então me precavi) e voltei para o hall, para a chuva.

Procurei com os olhos onde estariam os bichos. Achava que eram um casal. Encontrei um bando de sete pássaros que formavam uma fileira em um galho, com os dois mais velhos na ponta direita, mais próxima ao tronco da palmeira. Seriam um casal? Não sei, mas certamente protegiam os demais de alienígenas como eu porque, ao me verem, se afastaram para o lado de trás do tronco e chilreavam com os demais, que se juntaram para se esquentar e se posicionar onde não havia tantos pingos de chuva. Apontei a câmera mas não disparei. Era só para ver se não sumiriam dali. Ficaram quietos, me olhando. Então, acionei o zoom e os aproximei dos meus olhos. Pareceu-me que seus olhos são claríssimos.

Não sei que pássaros são esses. Já andei procurando informações na internet, mas pesquisar com base na aparência física (pardos, caudas compridas com um barrado negro horizontal seguido da terminação na mesma cor do corpo, mas uns dois tons mais clara) é impossível. Anotei alguns endereços eletrônicos e vou tentar descobrir. Afinal, que pássaros são esses que me surpreenderam e me fizeram ficar até tarde, ontem, tentando decifrá-los? Disseram-me, na fábrica, que são joôes-de-barro, mas na internet vi que essas aves não têm o rabo assim. Além disso, tenho a fantasia de que o joão-de-barro só anda em dupla: ele e sua amada para o resto da vida. Nunca em bandos.

Por causa dessa fileira de criaturas encantadoras, ontem não entrei nem aqui, nem em nenhum blog. Fui dormir tarde e hoje acordei já pensando nisso. Acho que sou passarinheira e não sabia. Curiosa sei que sou. E louca para me desviar de assuntos duros também.

Quem souber que pássaros são esses da foto, por favor, me diga. E se eu finalmente tiver certeza de que alguém os definiu corretamente, conto aqui. Por enquando, fico me perguntando: como é que a natureza é decoradora, não? Ela se preocupa com detalhes tão pequenos. Faz tudo ficar bonito, tão harmonioso. Poderosa que só ela! Pronto, já sei: são anus-brancos. E. Bretas me contou! Sobre as aves, são da família Cuculidade (dos cucos). O nome popular é Anu-branco (guira guira). É uma das aves mais conhecidas no Brasil oriental, comum em cidades, pastos, cerrados e plantações. Pode ser observado em bandos de 6 a 12 indivíduos. Ele tem a íris bem clara, quase branca, e é da mesma família do cuco, do anu-preto, do saci… Alimenta-se de besouros, lagartas, lagartixas, pererecas e até de pequenos camundongos. Gratíssima, Eduardo! Amei… Nossa! A passarada das fotos é da família do cuco, aquele do relógio! E come até perereca (camundongo também… mas não resisti à piadinha besta!).

Flora

Escrito por http://meiandopalavras.blogspot.com, em 7/8/2008

Criadores Amadorista de Pássaros

Orientações importantes

Se você gosta de ouvir o canto de um canário-da-terra, um pássaro-preto ou um curió e gostaria de ter um desses pássaros em sua casa de maneira legal, uma das opções é registrar-se no IBAMA como criador amadorista de passeriformes.

Conheça um pouco sobre os criadores amadoristas de passariformes

Desde a descoberta do Brasil, o povo brasileiro tem o hábito de criar pássaros canoros silvestres como animais de estimação. Este hábito, por muitos anos feito sem controle, causou enorme prejuízo à fauna brasileira, já que a idéia da população era de que a diversidade de nossa fauna não teria fim.

Infelizmente, esta mentalidade gerou a situação atual, onde quase não vemos pássaros silvestres voando em nossas fazendas, chácaras e áreas protegidas. Um exemplo é a situação do bicudo (Oryzoborus maximiliani), pássaro brasileiro que existe em maior quantidade preso em gaiolas do que na natureza.

Para minimizar esta situação, em 1996, o IBAMA publicou a Portaria nº 57, criando a figura do criador amadorista de passeriformes. A partir daquele ano, todas as pessoas que tinham pássaros silvestres anilharam suas aves com anilhas abertas e só poderiam transacionar pássaros nascidos em cativeiro e com anilhas fechadas. Assim, a captura na natureza ficou impossibilitada e nossos pássaros silvestres puderam respirar aliviados!

Em 2001, através da IN 05/01 a atividade de criação amadorista de passeriformes passou a ser controlada diretamente pelo IBAMA, podendo optar o criador, a se filiar ou não a uma Federação.

Atualmente, está em vigor a IN 01/03, a qual se encontra disponível em nosso site.

Para se tornar um criadouro amadorista

Para obter a licença de criador amadorista de passeriformes o interessado deve realizar seu cadastro pela Internet no site www.ibama.gov.br/sispass. É muito importante que a IN 01/03 seja lida antes de realizar o cadastro, assim como o Manual de Utilização do SISPASS (também disponível no site citado).

Quais são os pássaros que podem ser criados pelos criadores amadoristas?

Somente os silvestres canoros brasileiros constantes no Anexo I da IN 01/03. Devido a cultura do povo, muitos pássaros brasileiros são considerados como domésticos, por isso deve-se prestar muita atenção! Alguns exemplos de pássaros silvestres brasileiros e que precisam de registro para serem criados, mas que a população cria como se fossem animais domésticos são: sabiá, sanhaço, tico-tico, canário-da-terra, coleirinho, bigodinho, caboclinho, galo-de-campina, trinca-ferro, azulão, corrupião, pintassilgo e outros.

Orientações importantes para os criadores amadoristas de passariformes:

1 – Não adquira pássaros de criadouros ilegais ou sem anilha, pois eles não poderão ser registrados no IBAMA.

2 – Antes de adquirir qualquer pássaro de um criador amadorista, é obrigatório o registro no Sispass como criador amadorista.

3 – Criadores amadoristas só podem transacionar pássaros entre si (máximo de 50 transações por período de licença) ou adquirir aves de um criador comercial devidamente registrado no IBAMA.

4 – A venda de aves para pessoas que não querem ser criadores amadoristas deve ser feita por criadores comerciais, registrados no IBAMA com a devida nota fiscal.

5 – O criador deve renovar sua licença anualmente, gerando um boleto de pagamento pelo Sispass.

6 – Para promover torneios e exposições, os criadores amadoristas devem encaminhar um calendário até o último dia útil do mês de outubro do exercício anterior.

Criadores amadoristas em nenhuma hipótese deverão soltar os pássaros de sua criação.

Retirado do Site do IBAMA em 07.07.08