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ATA da Reunião de BH – 14/05/05

1) REGULAMENTO DE FIBRA:

1.a) Roda de Dentro – o processo da passagem para a roda de fora;

2.7 – Da Roda Interna – Não havendo espaço suficiente para formação de uma roda única, será formada uma roda interna. Não se poderá mexer na roda de dentro após iniciada a marcação da classificatória.

1.b) Formato da roda

2.4 – Da Disposição – As estacas serão dispostas em círculo/quadrado com cantos arredondados com espaço de 0,20m entre as gaiolas, com a frente das mesmas (portas) para fora da roda para facilitar o manuseio.

1.c)

4.2 – Cada roda deverá ter a presença de dois Chefes de Roda e no mínimo mais três auxiliares que funcionarão como coadjuvantes. Caso não haja comparecimento de todos Chefes de Roda oficializados, serão designados, na oportunidade, pelo Diretor de Fibra da Modalidade/Representante da COBRAP, três auxiliares escolhidos entre expositores de sabida competência, probidade e conhecimento das espécies em disputa.

Obs.: A equipe de fiscais e marcadores deverá ser oriunda de diversas cidades, objetivando obter-se a maior justiça e imparcialidade possível.

1.d) Venda de Cartelas – sorteio, o processo e o inicio da marcação;

2.6 – Das Cartelas – As cartelas serão sorteadas e vendidas numeradas de conformidade com igual numeração das estacas, a partir da recepção do dia anterior, conforme horário previamente estabelecido e acordado entre o Clube Promotor e a Diretoria da COBRAP. As vendas serão sempre feitas com todas as estacas no momento do sorteio. Por categoria, onde o competidor poderá comprar no máximo 05 (cinco) números e que serão pagas no ato, evitando-se de todas as formas a recusa a qualquer número sorteado. Só será admitida a troca de cartela caso o competidor tenha tirado números em seqüência, exemplo estaca 3 e 4, neste caso ele poderá sortear outro número.

9.6 – As baterias da Classificatória e Final, deverão ser feitas, após o respectivo sorteio, por grupos de 10 a 20 pássaros de cada vez ;

Excluídos os itens 2.6.1 e 9.4 do regulamento

1.e) Padrão das gaiolas

2.9 – Do Padrão das Gaiolas – As gaiolas serão padronizadas, admitindo-se 7% (sete por cento) de variação e terão as seguintes medidas e formas:

Pássaro Forma Comprimento (cm) / Altura (cm) / Largura (cm)

Bicudo No.5 – Piracicaba ou Catarina 47,5-51,0 / 51,0-54,5 / 21,5-23,0

Canário da Terra No.4 – Piracicaba ou Catarina 46,0-49,0 / 47,5-51,0 / 20,0-21,5

Coleiro Carioca 36,0-38,5 / 25,5-27,5 / 17,5-18,5

Curió No.4 – Piracicaba ou Catarina 46,0-49,0 / 47,5-51,0 / 20,0-21,5

Trinca-ferro Carioca 44,0-47,0 / 42,0-45,0 / 22,0-23,5

2.9.1 – No caso de algum expositor colocar seu pássaro na roda em gaiola fora do padrão, ele terá um prazo de 10 minutos, a contar do momento em que lhe for comunicada a decisão para regularizar a situação, isto na primeira oportunidade que ocorrer com determinado proprietário, na segunda vez terá sua ave imediatamente eliminada.

1.f) Quantidade poleiros nas gaiolas

2.12 – Poleiros – Para que o pássaro possa se movimentar com as asas, o número máximo de poleiros nas gaiolas será de seis não contando os poleiros de cocho e/ou bebedouro que fique na testeira da gaiola.

1.g) Apresentação de pássaro de outra pessoa

2.15 – Pássaro de outrem – O expositor que apresentar pássaro que não seja de sua propriedade, sem que haja autorização por escrito e cujo dono não seja sócio quites de alguma sociedade, além das exigências do IBAMA, será penalizado e o pássaro eliminado. O documento a ser apresentado é a licença de transporte do IBAMA em nome do apresentador, além da relação de passeriforme do proprietário, além da carteira do clube em dia e, da federação quando for o caso..

1.h) Eliminação da roda

6.3 – Eliminar e retirar da roda qualquer pássaro que estiver sem “fogo” ou totalmente parado e, reiteradamente, esteja “piando frio” ou “chamando fêmea” por três vezes consecutivas, sem cantar em seguida;

Obs.: Será eliminado qualquer Trinca-ferro que estiver “pistando” (trincando)durante 10 minutos, sem cantar após 30 minutos depois de fechada a roda.

1.i) Alimentação na gaiola

7.8 – Não permitir que nenhum pássaro fique totalmente sem alimento e/ou água;

Obs.: No caso dos Trincas ele terão que ter obrigatoriamente em seus cochos ração granulada extrusada/peletizada ou papas, ou sementes e só um tipo de fruta ou legume em uma única unidade;

10.3 – Todos os pássaros de cuja gaiola tenham sido retiradas toda a comida e/ou a água, serão eliminados. Não se poderá também retirar o fundo da gaiola no ambiente da roda.

1.j) Vassourada

9.3 – As rodas que ultrapassarem mais de 100 pássaros, terão uma vassourada onde o pássaro terá 03 (três) minutos para emitir no mínimo uma cantada, será feita sempre após as 08:30h. Nesse momento, o proprietário do pássaro deverá acompanhar o processo; O pássaro só será retirado da roda após o “de acordo” dos dois chefes de roda.

1.k) Cartelas p/ computar participação

9.15 – As cartelas dos pássaros desclassificados serão guardadas pelo Diretor ou Chefe de Roda, e serão entregues ao Diretor de Promoção Social ou seu preposto. Todos os pássaros não classificados deverão ser retirados de uma só vez, para não descompor a roda seguidamente;

1.l) Local da marcação

12.4 – Os participantes serão marcados através de um dispositivo manopla que será acionado assim que o pássaro iniciar o canto – uma luz acenderá simultaneamente – e desligado no momento que ele parar de cantar – a luz apagará imediatamente – e assim até que o tempo da bateria seja completado;

Obs.: A respectiva marcação será, preferencialmente, pelo lado de dentro da roda, no caso de haver roda interna, se terá que executá-la, com todo o cuidado para não se espantar os pássaros que estiverem na roda externa. Em locais que não seja possível a marcação pelo lado de dentro, cabe aos chefes de rodas decidirem se a marcação será pelo lado de fora;

1.m) Dar Pausa, é preciso do acordo explícito dos dois chefes de roda

1.n) Obrigatório sorteio das manoplas e não pode trocar sem autorização do Chefe de Roda;

1.o) Em caso de dúvida sobre a interpretação do regulamento ou de casos omissos e fatos novos, o impasse será resolvido por uma comissão composta de: dos dois chefes de roda, diretor da área da COBRAP, Presidente do Clube promotor, da Federação e o mais alto dirigente da COBRAP (Coordenador Geral); Este item valerá para todos os tipos de disputas promovidas pela COBRAP e deverá constar em todos os respectivos regulamentos.

1.p) Premiação/Troféus;

13 – DA PREMIAÇÃO

13.1 – Aos vencedores dos Torneios em todas as modalidades, será entregue aos cinco primeiros colocados um troféu, os demais vencedores de acordo com a sua classificação receberão certificados da COBRAP, pré-impressos, como o nome e os demais detalhes da classificação do pássaro e de seu proprietário.

13.2.1 – Nada impede, todavia, que os Clubes promotores dêem troféus em quantidade maior ao mínimo estabelecido, aos vencedores.

Excluído o item 13.2

1.q) Emissão de Certificados em cada etapa;

2) REGULAMENTO DE CANTO:

2.a) Apresentação da proposta, sobre o canto Alta Mogiana, aprovada na reunião de Araçatuba;

A proposta visando a unificação de regulamentos discutida em Araçatuba e, o ajuste de nominação de notas feito em Dracena por Paulo Roberto Milian e Aloísio Pacini Tostes, firmado em documento manuscrito e assinado pelos próprios, que compõe esta ata e descrito logo abaixo, foi aceito pela Diretoria nos termos do item 22.1, ou seja, a proposta será apresentada, com parecer favorável, inclusive da Diretoria de Canto de Bicudo, a uma convenção prévia e amplamente divulgada, onde será submetida aos participantes do evento, estritamente dentro do previsto no regulamento na COBRAP.

NOTAS DO CANTO ALTA MOGIANA PROPOSTAS:

SUIM-SUIM

KEM-KEM

TI-KÉ-TI

GAN-TUI

TUI-TIA-TIÓ

TI-KÉ

TI-TI

GAN-TI-KÉ-TI

GAN-TUI

TUI-TIA

TI-TU-TI

TI-KÉ-TI

2.b) Premiação/Troféus;

Serão premiados com troféus os dois primeiros colocados em cada categoria. Podendo o clube promotor oferecer um número maior ao mínimo estabelecido

2.c) Emissão de Certificados em cada etapa;

Incluir o tópico: Aos vencedores dos Torneios em todas as modalidades, será entregue aos primeiros e segundos colocados um troféu, os demais vencedores de acordo com a sua classificação receberão certificados da COBRAP, pré-impressos, como o nome e os demais detalhes da classificação do pássaro e de seu proprietário

2.d) Homologação do campeonato 2005:

2.e) Número mínimo de etapas que o pássaro deve participar para ser homologado como campeão/classificado;

14.3 – Só serão homologados os títulos para o Campeonato os pássaros que participarem em metade mais uma das etapas dos torneios.

Caso o pássaro possa obter homologação em duas modalidades prevalecerá somente aquela em que tenha conseguido maior número de pontos, e em caso de empate ficará na categoria de repetição;

3) CONFIRMAÇÃO DA CALENDÁRIO –

Considerações e comentários sobre a mudança no calendário

Tendo em vista o não alinhamento FEBRAPS com a COBRAP, sendo que os clubes SERCA/SP e LONDRINA/PR cancelaram suas etapas por imposição da citada Federação, prejudicando os expositores e criadores locais e a ornitofilia nacional como um todo, o novo calendário aprovado fica sendo o abaixo descrito:

1) 21.08.05 – PARACAMBI (RJ) –

Fibra : Bicudo, Coleiro, Curió e Trinca e + Canto Livre Curió (Preto e Pardo)

2) 11.09.05 – VITÓRIA (ES)

Fibra: Trinca e Coleiro + Canto de Curió (Praia,Paracambi e Livre)

3) 25.09.05 – CAMPO GRANDE (MS)

Fibra e Canto Bicudo e Curió

4) 09.10.05 – UBERLÂNDIA (MG)

Fibra e Canto de Bicudo e Curió

5) 30.10.05 – FLORIANÓPOLIS (SC)

Fibra de Bicudo, Coleiro, Curió e Trinca

6) 20.11.05 – RIBEIRÃO PRETO (SP)

Fibra de Bicudo, Coleiro, Curió e Trinca + Canto de Bicudo e de Curíó

7) 04.12.05 – Maringá (PR)

Fibra Coleiro, Trinca, Bicudo e Curió + Canto de Bicudo e Curió

8) 18.12.05 – BRASÍLIA (DF)

Fibra de Bicudo, Coleiro, Curió e Trinca + Canto de Bicudo e de Curíó

9) 29.01.06 – RIBEIRÃO PRETO (SP)

Torneio dos Campeões – Festa COBRAP

Completo

OBS: Na categoria fibra de bicudo e curió, excepcionalmente este ano, haverá descarte de pontos da etapa em que o pássaro tiver a menor pontuação, ou eventualmente não participar. Das sete etapas, uma poderá ser desprezada, isto é no total só se considerará a soma de 6 etapas.

4) TORNEIO INCENTIVO;

Os clubes realizadores de torneios do Campeonato Nacional poderão realizar torneios de outras categorias e pássaros que terão seus resultados divulgados no site da COBRAP. Dependendo dos números atingidos, poderão essas categorias no ano seguinte serem pontuados para homologação como CAMPEÃO COBRAP.

5) REESTRUTURAÇÃO DAS DIRETORIAS E CONSULTORES;

Embora não haja qualquer questão entre as entidades, mas tendo em vista o não alinhamento e da contraposição do comando da diretoria da FEBRAPS com a COBRAP, ficou decidido que Diretores e Consultores com cargos diretivos na FEBRAPS serão desligados dos quadros da Confederação.

O Diretor Rogério Fujiura sugeriu o desligamento dos diretores não atuantes, mesmo que acéfalas ficassem as diretorias, o que não foi colocado em votação pelo Presidente Aloísio Pacini Tostes, sendo que o mesmo pediu que registrasse o seu protesto.

6) RELACIONAMENTO COBRAP/IBAMA;

Ficou decidido que o relacionamento será intensificado, tendo em vista a demora nas resposta aos questionamentos feitos aquele órgão.

7) DESENVOLVIMENTO DO SITE DA COBRAP;

Um novo site está sendo desenvolvido

8) TREINAMENTO DE JUIZES DE CANTO

As Diretorias de Canto irão apresentar um plano de treinamento a ser implementado dentro de no máximo dois meses. As Diretorias também deverão apresentar o quadro de juízes que irão atuar nas etapas deste ano, sendo que será feito sempre um intercâmbio com as diretorias dos clubes promotores para um melhor funcionamento.

9) RECURSOS FINANCEIROS P/ A COBRAP;

Ficou decido que as federações pagarão a COBRAP um salário mínimo por ano e, que os sócios dos clubes pagarão a COBRAP uma anualidade de R$ 10,00. O pagamento das federações será feito sempre em 05/06 de cada ano. Em breve deverá ser definido como será feito este repasse pelos clubes.

10) ASSUNTOS GERAIS.

As categorias de canto livre com e sem repetição passarão a utilizar o CLE – Canto Livre Eletrônico – Sistema de marcação eletrônica neste ano de 2005. Na categoria com repetição o pássaro deverá emitir uma cantada de pelo menos vinte e cinco segundos, abaixo deste tempo será considerado sem repetição.

Nada mais tendo a tratar foi encerrada a reunião e lavrada a presente ata por mim, Wellington Jesuíno – Diretor de Promoção Social.

Belo Horizonte, 14 de maio de 2005.

Escrito por Wellington Jesuino, em 23/5/2005

Texto para a Revista COBRAP

Editorial

O SONHO REALIZADO

A partir da década de 80 a conjuntura mudou, as agressões ao meio ambiente aumentaram mas a consciência por parte da sociedade também cresceu e tende a crescer cada vez mais. As grandes potências mundiais continuam a explorar desbragadamente os recursos naturais, o homem moderno quer conforto, quer poder e viver em luxúria e desperdício. E nós todos debaixo desses dilemas: ou o homem toma jeito e cuida muito bem da natureza e de todos os seus recursos ambientais ou todos seremos extintos.

De nossa parte, falando da ornitofilia, embora a Lei 5.197 tenha sido publicada em Jan 67, coincidentemente só de vinte anos para cá é que a criação e a manutenção de pássaros nativos brasileiros tomou um rumo no sentido de trabalhar sua preservação, coincidente com o despertar de toda a sociedade de que seria de extrema necessidade cuidar-se bem do meio ambiente. Muitos de nós fizeram a sua parte, a começar pelo grande Mestre Marcílio Picinini de Matias Barbosa MG , o pioneiro, aquele que provou que era possível procriar curiós de forma intensiva em pequenos ambientes e com uma alta produtividade. Não podemos esquecer também do amigo, de saudosa memória, o Ernesto Scatena em Ribeirão Preto SP, que mostrou que criar bicudos era tão fácil como criar canários domésticos. E assim por diante, muitos abnegados criadores de várias partes do Brasil montaram verdadeiros santuários ecológicos onde são produzidas as vidas desses pequenos seres alados da fauna brasileira. Hoje temos centenas de criadouros espalhados por todo o Brasil do Rio Grande do Sul a Roraima, a comunicação se estabeleceu e vamos assim, muitas vezes por conta própria multiplicando os indivíduos nativos com a melhor proficiência. Um exemplo para o mundo de como se pode fazer um trabalho de preservação tão importante como esse, inclusive, porque, não temos conhecimento de nenhum País que exerça esse tipo de atividade com suas respectivas aves nacionais. Somos um povo mestiço e o sangue índio corre em nossas veias, cerca de oito milhões de brasileiros tem por uso e costume manter uma ave junto de si, um pedaço da natureza ao seu lado. Quem de nós pode e tem o direito de legitimamente proibir? O que a sociedade e todos nós queremos é que não haja mais de forma alguma depredação ou prejuízos ao meio ambiente. Qual a solução, então? Reproduzir domesticamente aquelas aves para as quais há demanda das pessoas que desejam mantê-las; esse é o caminho. Além de gerar vidas, pode-se gerar empregos e rendas com a atividade; aqueles que querem ter a atividade amadorista, criam pouco devem ter a sua ação legalizada, outros que querem montar empresas para grandes criadouros também devem ter amparo legal, e os que desejarem apenas manter suas aves que assim o façam com segurança e tranqüilidade de saber que seu pupilo tem origem comprovada e legal.

Não é preciso mais retirar nada da natureza, o estoque existente é suficiente para exercer as atividades de reprodução; aliás os setores que criticam deveriam encontrar, então um destino racional e justo para todo o acervo de aves que está hoje em poder da população, sem propor a crueldade e a insensibilidade da incineração, cadafalso ou extermínio sob o radical argumento de que não se pode manter animais em domesticidade. E o patrimônio genético envolvido vamos extermina-los que base tem esse argumento? Nenhuma, com certeza. Ainda mais se levarmos em conta que estão jogando fora e mal orientando estudantes que precisarão em breve de empregos, de campo para trabalhar. Onde um veterinário vai trabalhar, na selva , curando o bico de um papagaio silvestre; não seria bom um biólogo nos ajudar na busca da alta linhagem, orientando formas melhores nos cruzamentos e na análise da elaboração de um manual com base no comportamento de cada espécie; e o zootecnista, fundamental na preparação de um projeto de criadouro e nas pesquisas sobre o manejo da criação; todos teriam muito espaço a preencher, a um campo enorme, muita pesquisa a ser feita. No Brasil, passarmos pó isso, na Europa, em especial na Bélgica são bilhões de dólares faturados com esse tipo de atividade, tanto na criação como na fabricação de produtos para serem exportados para o mundo inteiro. E nós aqui sendo chamados de cruéis, desalmados e predadores. Também pudera, a mídia sensacionalista, hipócrita e mal intencionada bota lenha na fogueira, só noticia com ênfase tráfico, mortes e degradação, como se tudo devesse ser um paraíso e não houvesse um trabalho organizado que poderia colaborar com a conservação, como é o nosso.

Tudo bem, do nosso lado, nem tudo são flores, alguns maus dirigentes, notadamente aqueles que nem passarinheiros são e se meteram em nosso meio, de há muito, verdadeiros sacripantas, contemptores, só pela sede de poder ou para se enriquecer ilicitamente com os recursos obtidos dos criadores mais humildes. Aí as autoridades resolveram acabar com a festa deles em detrimento de muitos que trabalhavam bem e com seriedade, mudou a regra do jogo, todos foram envolvidos. Mas, sinceramente, era preciso fazer-se algo , a situação estava gravíssima a ponto de pessoas irem até o Pará e de lá trazerem milhares de curiós “filhotes” anilhados com anilhas 2.8 e ainda com o respaldo da legalidade, foi demais. Veio agora o SISPASS, falamos várias vezes sobre isso, a cerca de dez anos atrás propugnávamos para que o controle fosse eletrônico e depois, via internet, não fizemos,o Poder Público fez. Esperamos que agora o joio seja separado do trigo, tudo que não estiver ali cadastrado tem a ver conosco; o que não estiver não é nossa responsabilidade e aí parar as acusações contra nossa classe. Estamos esperançosos. A COBRAP, com cerca de um ano de fundada, com o apoio de muitas Federações: FEBRASCRI, FECRIPAMAT, FECRIMAS, FENOB, FEOMG, FOG, FOGO, FSB e muitos Clubes, notadamente no norte/nordeste está fazendo a sua parte. Fomos a uma audiência pública na Câmara Federal defender os criadores depois na CPI do Tráfico e participamos daquele circo, se alguma coisa foi apurada não temos notícias disso, mas estávamos lá, sem medo enfrentando acusações , algumas descabidas contra a nossa classe. Viajamos por todo o norte brasileiro em companhia do presidente da FENOB, o companheiro Catarino Lima, levando a mensagem de nossa classe a todos os cantos, falando em universidades com a comunidade acadêmica e com os passarinheiros de lá, o início de um trabalho que atinja aqueles criadores por mais longe que estejam. Fizemos as convenções para estabelecer os regulamentos de canto e de fibra que foram aplicados nos torneios com a participação de muitos, em especial as de bicudo em Franca SP, em São José do Rio Preto SP, em Dracena SP, a de Curió na cidade de Paracambi RJ e a de Fibra na SERCA em São Paulo; fomos várias vezes em Brasília falar com o autoridades do IBAMA , na defesa de nossos interesses. Junto com o bicudeiros de Dracena fizemos gestões e viagem pela região para montarmos um pré-projeto para executar um “repovoamento de bicudos” remetemos o esboço ao IBAMA para que depois de aprovado possamos efetivamente executar esta importante ação de preservação.

Comprovamos um Note Book, com a auxílio de muitos e hoje já é um importante instrumento de trabalho. Efetivamos, também, uma belíssima idéia de nosso conselheiro o Eduardo Dornelles de Porto Alegre RS que criou o grupo COBRAP na internet onde há mais de uma ano estamos discutindo tudo democraticamente antes de tomar qualquer atitude mais séria. Aí a idéia da criação de nosso site o WWW.COBRAP.ORG.BR – , com a colaboração efetiva do Geraldo Magela e seu filho Pedro Belo , está aí um sem número de informações e será sem dúvida um dos grandes aliados nessa nossa luta do dia a dia. Temos que agradecer a muitos que a todos os dias estão nos ajudando, fica até difícil dizer sempre esqueceríamos de alguém, são tantos que, até nos perguntamos será que merecemos. Quando lembramos que, não é pessoal é uma luta que todos participam, a luta pela nossa sobrevivência e a luta pelo respeito da sociedade e do reconhecimento de que fazemos sim, uma atitude de preservação, como dissemos anteriormente. Aí vieram os torneios nacionais COBRAP, em Brasília DF, Campo Grande MS, Pirassununga SP, São Gonçalo RJ, Betim MG e Florianópolis SC; um sucesso todos eles, muitos participantes e muitos pássaros maravilhosos um congraçamento entre nós mesmos e muitos expositores participaram de todos eles………somos muito grato a esses que foram os verdadeiros sustentáculos do sucesso, um sucesso que é de todos que é de nossa classe, provamos que temos condições de cada vez mais nos unir em torno de nossos ideais. Estamos aqui, agora em Ribeirão Preto SP, a realizar Torneio dos Campeões com a participação merecida de quem fez, de quem realizou, aos campeões tudo, a merecida medalha de ouro e o certificado de qualidade aos respectivos criadores que na realidade são os principais responsáveis pela nossa sobrevivência. Vamos testar a marcação eletrônica na fibra e quem sabe se aprovada pelos interessados iremos adotar o processo já neste ano. E finalmente a edição dessa Revista COBRAP que nos enche de esperança, estamos no caminho certo, com o apoio de toda a nossa classe. Muito obrigado a todos os amigos passarinheiros desse nosso querido Brasil. Estamos fazendo a nossa parte.

Aloísio Pacini Tostes