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ATA Sintética de Reunião da COBRAP

ATA Reunião

No ginásio de competições e eventos das dependências da Sociedade Amigos do Curió – SAC, na cidade de Florianópolis em Santa Catarina, no dia 03 de maio de 2.003, iniciou-se às 10 horas a reunião cuja mesa foi formada pelo presidente Aloísio Pacini Tostes, presidente da COBRAP, Ilso Frigo, presidente da SAC, Paulo Rui de Camargo, Diretor Técnico da COBRAP e Ivan de Sousa Neto, Diretor Técnico da COBRAP, secretariando a mesa e redigindo esta ata.

Aberta a reunião, o presidente Aloísio Pacini Tostes, iniciou afirmando que: Estamos vivendo um momento de mobilização e esforço em todo o território nacional, e, quisemos aproveitar a reunião dos Sicalienses convidando os Consultores e Diretores da região Sul, para aproveitarmo-nos da oportunidade e realizarmos uma reunião setorial tratando de assuntos que estão em andamento. Assim, antecipadamente agradecemos os não Sicalienses presentes, em atenderem o nosso convite, deslocando-se até as dependências da SAC aqui em Florianópolis. Fazendo uma breve sinopse descreveu os motivos que culminaram com a fundação da COBRAP, ainda afirmando que: Estamos ainda na fase de diagnosticar os problemas e necessidades presentes em cada região. Por isto estamos viajando por todo o território. Precisamos estar unidos para que com a soma dos nossos esforços consigamos realizar nossos intentos, bem como ter quem nos representem em momentos em que forças contrárias à nossa atividade tentam difamar a atividade ornitolófica. Nos últimos 20 anos fizemos coisas maravilhosas, permitindo que aprendêssemos e evoluíssemos nas técnicas de criação e manejo, mesmo sem o apoio das universidades e dos órgãos defensores ou fiscalizadores das ações voltadas para a preservação do meio ambiente. No entanto precisamos de organização. Isto envolve seriedade, disciplina, objetivos e coerências nas ações. O IBAMA deve ser entendido como o parceiro e o intermediário entre o a atividade de ornitofilia e o poder público. Mesmo quando um ou outro técnico equivocar-se nas interpretações da lei, devemos buscar conversar, e assegurar o entendimento através do diálogo. Muitas vezes, a simples falta de comunicação cria distanciamento, dando ambigüidade da interpretação de critérios, e muitas vezes tornando-se contrárias as posições. A comunicação é de extrema importância. A internet reduziu as distâncias e ampliou os relacionamentos. O site www.cobrap.org.br será a principal ferramenta das nossas comunicações, dando agilidade na tomada de decisões, e, socializando toda as discussões de implementações em nosso dia a dia. A idéia do Eduardo Dornelles de criar o cobrap@grupos.com.br contribuiu para a interatividade entre os Consultores, Diretoria Técnica e Diretoria Administrativa dando um formato ágil para a operacionalização das nossas ações, e desta forma, quero aproveitar para render-lhe uma homenagem e agradecer-lhe de público pela excelente idéia proposta, e que está contribuindo muito, impedindo que a distancia geográfica pudesse representar um fator limitador entre nós. As competições nacionais terão um novo ordenamento, uma vez que com a COBRAP, conseguiremos sincronizar as ações entre as Federações. Estamos agora indo para a região Norte do país, buscando conversar com todos e assegurar para que os amigos desta região não fiquem desgarrados. Estaremos lá conversando e organizando-nos. Temos problemas seriíssimos para equacionarmos. Citamos o caso da Patativa, cuja taxonomia não está resolvida. Precisamos classificar a Patativa, e temos até uma proposta de nome dentro desta classificação taxonômica que é ramagelanica como um reconhecimento ao esforço intenso e pioneiro de preservação desta ave que vem sendo empreitado pelo Ramatis e o Magela, buscando desenvolver técnicas de manejo e reprodução destes pássaros em ambiente doméstico, e sabemos que sem esta iniciativa não teríamos nenhuma garantia para assegurar a preservação deste pássaro em nossa avifauna. Estamos também com os olhos voltados para a exportação, e, para isto, precisamos mudar a classificação do Curió, pois como bem sabemos, não foi identificada a existência deste pássaro no território angolano, representando um equívoco na nomenclatura, exigindo que tenhamos uma revisão urgente em sua classificação taxonômica, pois só assim poderemos apresentar o Curió como um produto autentico da avifauna brasileira. Ressaltamos ainda que o compromisso da COBRAP restringe-se à exportação de produtos tipicamente nacionais, tendo seus olhos voltados exclusivamente para os pássaros nativos do Brasil. Finalizou lembrando-nos que numa parceria entre a COCPAN, o SEBRAE e a COBRAP estará sendo criado um Certificado de Qualidade, que definirão um conjunto de protocolos para orientar a reprodução de nossos pássaros, visando assegurar a uniformidade de procedimentos e padronização de produtos que serão objetos de exportação, lembrando que este projeto assemelha-se ao Selo Verde que certifica manejo de florestas de acordo com as políticas ambientais, e, define critérios de produção de móveis no mercado moveleiro brasileiro, a partir da utilização de madeira que foram correta e legalmente extraídas das florestas brasileiras.

O Diretor Técnico Paulo Rui de Camargo, lembrou que a exportação de pássaros, é uma excelente opção para viabilizar economicamente a atividade de criação comercial de pássaros, buscando substituir os pássaros brasileiros, que entram nas principais economias do exterior através do tráfico, um dado que pode ser facilmente constatado através de visitas aos EUA ou na Europa.

O Diretor Técnico José Carlos Luz Martins, afirmou que um reflexo importante, como desdobramento da ação de exportação de pássaros, será a divulgação que ocorrerá através da mídia, pois, falando de pássaros exportados, implicará em reconhecer que existe a criação legalizada, dando visibilidade para a nossa atividade, bem como, implicará num aprimoramento constante das técnicas de manejo, despertando interesse das universidades tanto no desenvolvimento de pesquisas voltadas para o segmento passeriforme, como estimulando a formação de zootecnistas e veterinários especializados no nosso segmento. Ressaltando por fim a agregação de um benefício adicional para o criador amador, que estará também sendo beneficiado com estas mudanças, passando a ter acesso a novas técnicas de manejo e contanto com profissionais especializados nas medidas profiláticas, algo que tanto carecemos até os dias de hoje.

O Consultor Estratégico Rogério Fujiura, lembrou que mudanças também ocorrerão nas opções de criação, pois, os valores que tanto prezamos nos predicados genéticos (como fibra e repetição) das aves canoras, não estarão no foco de interesse do mercado exterior. Lembrou que aves coloridas serão mais valorizadas neste novo mercado, implicando que pássaros mais valorizados entre nós como o Bicudo e Curió, terão seus preços relativos barateados, enquanto produto para exportação. O reflexo imediato que constataremos será que Azulões, Saíras, Tiê Sangue, e outros pássaros que tem uma plumagem mais atraente, despertarão maior interesse, terão maior demanda e conseqüentemente melhores preços no mercado internacional.

Mudando de tema, o Consultor Estratégico Rogério Fujiura, manifestou preocupação com uma maior profissionalização na organização dos Torneios, sugerindo que se tornasse uma atividade ampliada, ao invés de restringir-se numa única manhã dominical de competição. Sugeriu que abolíssemos as formas tradicionais, buscando ampliar o tempo de duração de cada etapa do Campeonato Nacional. Afirmou que em atividades com duração de quatro ou “n” dias, de forma que os pássaros possam se apresentar mais de um dia, tendo a chance de se recuperar caso não vá bem em alguma apresentação. Em paralelo faríamos exposição de filhotes ou mesmo adultos para vendas, com a apresentação ou não de seus pais. Propõe ainda no mesmo evento, palestras de Educação Ambiental, tratando de temas que sejam relacionados com a nossa atividade que é a criação em domesticidade, com convite aos órgãos que atuam na nossa área. Comentou que a queixa que já ouviu em conversas informais com a Policia Ambiental, era de que quando eles vão fazer palestras em escolas, por desconhecimento só podem abordar temas relacionadas ao tráfico, contribuindo de forma negativa para a formação de opiniões. Por outro lado, sabemos que a população desconhece a criação como o mais eficaz meio de combate ao tráfico e de preservação de espécies. Sugeriu ainda que por comparação, poderíamos verificar o resultado da criação de vários colegas, e, estabelecer um concurso, onde porte, beleza e canto poderiam ser apreciados, e desta forma, durante as manhãs, teríamos os torneios e apresentações, reservando o período da tarde para exposição. Poderíamos convidar fabricantes e comerciantes em geral para exporem seus produtos, desde alimentos e acessórios, até todos os produtos afins, algo que também seria gerador de receitas para a organização do evento. Lembrou por fim que a organização poderia ser entregue a empresas especializadas em promoções deste tipo de evento, gerando rendas para a Federação, para o Clube sede e para a própria COBRAP.

O Diretor Técnico Fábio Paiva Júnior, prontificou-se em adaptar os regulamentos hoje existentes na FOB (Federação Ornitológica Brasileira), para os nossos pássaros, aproveitando-se de sua larga experiência em competições assemelhadas, e, comprometendo-se estar oportunamente apresentando esta adaptação, como um novo regulamento a ser adotado pela COBRAP, assegurando o surgimento desta nova modalidade em nossas atividades.

Dos diretores da SAC presentes, o Sr. Edelvis Raposo dos Santos (MARLON), Diretor de Eventos da SAC, pediu para manifestar-se afirmando que: Há 20 anos atrás já precisávamos desta Confederação, pois basta vermos o quanto fomos nos enfraquecendo a ponto do IBAMA ter sido obrigado a assumir todo o controle da nossa atividade. Crio pássaros há 40 anos, e, ao longo deste tempo já tivemos momentos muito melhores onde as competições foram boas com a participação intensa envolvendo expositores de todo o Brasil assegurando que as competições tivessem o verdadeiro caráter de nível nacional e hoje vemos a esperança ressurgir com o nascimento da COBRAP. Parabenizo a todos que estão envolvidos nesta empreitada, pois percebemos que nosso segmento volta a promover um esforço sincero no sentido de se organizar, o que nos permite acreditar que resgataremos o orgulho de ser passarinheiro. Tivemos desentendimentos fruto de vaidades, quando em nossa atividade o artista deveria ser o pássaro, e, isto perdeu-se com o tempo. Vejo este momento como a ressurreição de nossa atividade, e, parabenizo o Aloísio por ser uma pessoa que conseguiu com a sua sensibilidade e com a sua capacidade de assegurar o diálogo mesmo diante de tantos infortúnios, reunir todos nós num momento que estávamos distantes uns dos outros, conseguindo trazer-nos para sentarmos na mesma mesa, e traçarmos projetos afeitos aos nosso interesses, objetivos em favor de nosso hoby.

O Sr. Ilso Frigo, Presidente da SAC, aproveitou o ensejo para agradecer o fato da sede da SAC ter sido eleita para a ocorrência desta reunião, buscando deixar claro que as portas estarão sempre abertas, agradeceu a todos pela presença, e aproveitou para manifestar o seu apoio incondicional a COBRAP, afirmando também que na 6ª Etapa do Campeonato Nacional, que ocorrerá em Dezembro de 2.003 na cidade de Florianópolis, caso ocorra da Federação Sul Brasileira não assumir formalmente até o final do mês de junho a sua organização, a SAC assumirá de imediato este compromisso, garantindo que esse campeonato seja realizado.

Nos momentos finais, antes do encerramento da reunião, foi solicitado a todos os presentes que se identificassem numa lista de presença, o qual relacionamos abaixo:

Nome Localidade

Aloísio Pacini Tostes Ribeirão Preto – SP

Ilso Frigo Florianópolis – SC

Jorge Guerreiro Heusi Florianópolis – SC

Marcos Figueiredo São Paulo – SP

Vanderlei Teixeira São Paulo – SP

Luiz Antônio Taddei Jacareí – SP

José Carlos Luz Martins Belo Horizonte – MG

Paulo Rui de Camargo São Paulo – SP

Daniel Martins Florianópolis – SC

Waldomiro Valentim Gomes Junior Florianópolis – SC

Eduardo Trigo Álvares Dornelles Poá – RS

Luiz Fernando da Silva Cirne Porto Alegre – RS

Dirço Amaral Florianópolis – SC

Samuel Crispin Florianópolis – SC

Nicolau Antônio Meurer Marques Porto Alegre – RS

Ricardo Nunes Florianópolis – SC

Rodney Ramos Florianópolis – SC

Manoel Pedro Camillo Florianópolis – SC

Rogério Fujiura São Paulo – SP

Daniel Ramatis Caxias do Sul – RS

Fábio Paiva de Sousa Júnior Porto Alegre – RS

Diego Gonçalves de Azevedo Florianópolis – SC

Diogo G. E. da Silva São Paulo – SP

Paulo Eduardo do Nascimento Taboão da Serra – SP

Sidney Agostinho Réch Florianópolis – SC

Humberto Winkler São Paulo – SP

Hans Emil Winkler São Paulo – SP

Edelvis Raposo dos Santos(Marlon) Florianópolis – SC

Araken Mafra Pinto Florianópolis –SC

Vidal Vanhoni Filho Florianópolis – SC

Jairo João Ferreira – Florianópolis – SC

José Avelino Pupe da Rocha -Porto Alegre RS

Michel Renso Fleck – Porto Alegre RS

Luiz Carlos Hanstchel – Florianópolis – SC

Escrito por Ivan de Sousa Neto, em 2/9/2003

ATA da Convenção do Canto Livre em Dracena/SP 28.06.03

ATA Lucio

Aos 28 dias do mês de junho de 2003, realizou-se na Universidade de Dracena, às 14 horas a Convenção de Bicudos do Canto Regional e Livre; Inicialmente o Dr. José Cláudio, anfitrião, deu as boas vindas ao pessoal e em seguida passou a palavra ao Mestre Aloísio Pacini Tostes, que ressaltou a necessidade de lutarmos por nossos interesses principalmente pelas últimas ocorrências com relação a atitudes de alguns setores da sociedade que não estão entendendo o sentido de nossas atividades. Enfatizou o dever de saber diferenciar sobre os criadores e preservadores de pássaros com traficantes de aves. Para isso, teremos que nos unir perante opinião pública e criar uma forma de conscientização sobre o manejo sustentável de pássaros. O primeiro evento será em Ribeirão Preto SP, com o tema Manejo Sustentado da Fauna Brasileira, para ali discutirmos com o Poder Público e defendermos os nossos legítimos interesses. Foi lançada a idéia do repovoamento de bicudos na região de Dracena, a COBRAP irá efetuar gestões para que isso se concretize. Em seguida, fez uso da palavra o Consultor Paulo Roberto Milian reafirmando a necessidade da união da classe. Com a palavra o Sr. José Carlos Gradela, conselheiro e Presidente do Clube do Bicudo, agradeceu a acolhida oferecida pelo pessoal de Dracena e informou que a diretoria do Clube do Bicudo está sendo montada com participantes de todo o Brasil. O Dr. Ferdinando de Menezes, Diretor de Canto de Bicudo da COBRAP fez uso da palavra agradecendo os presentes e em seguida iniciou sua palestra, dizendo da necessidade da preservação da espécie , explicando as metas da convenção para facilitar o julgamento dos juízes, definindo critérios objetivos para incentivar a criação doméstica. Discorreu sobre o conceito do Canto Regional e da grande insatisfação dos expositores e que depois da separação do Canto Alta Mogiana, Goiano e do Canto Flauta ficou difícil a manutenção dessa categoria que será abolida e que ficou acordado. Então, passou a discorrer sobre o Canto Livre e ficou decidido pela grande maioria dos presentes que se manteria o Canto Livre sem repetição e o Canto Livre com Repetição (Peito de Aço) e que não será considerado a qualidade do canto apenas não se permitirá ao pássaro que cante outros cantos que não bicudo e que ele também não seja apitador, nesses casos o participante será desclassificado. Ficou decidido, também que o pássaro não poderá se inscrever em mais de uma modalidade no mesmo torneio. Depois disso, o Dr. Ferdinando recapitulou as convenções do Flauta e do Alta Mogiana/Goiano. Informou aos presentes que o respectivo regulamento geral de canto de bicudo será o mais breve possível elaborado e colocado no site da COBRAP. Em seguida o Dr. Marcelo Curi de Araçatuba SP discorreu sobre o padrão Alta Mogiana/Goiano com o auxílio de sonograma explicou sobre as nuances do canto e da nomenclatura das notas e da importância de saber declina-las para que se tenha uma correta interpretação, finalizando com isso a convenção. Na presença de 74 participantes, conforme documento assinado, elaborei o presente resumo de memória da convenção. Célia T. Bariani Gradela.

Escrito por Célia T. Bariani Gradela, em 2/9/2003