Criador de Passeriformes

Um apaixonado

Caros Amigos Criadores,

Prezados Membros da Equipe SISPASS, IBAMA.

Tenho acompanhado e, na verdade estou perplexo com os fatos ocorridos em relação às atitudes tomadas pelo IBAMA e, com as revelações, ousadas, de pessoas q. se dizem criadores, expostas neste site.

Entrei para esta sociedade, Criadores de Passeriformes Silvestres, por ser um apaixonado pela criação de pássaros, notadamente de pequeno porte, sem contudo não me incomodar pelos maiores. Já criei Belga, Tisiu, Chapinha, e quase todos q. conviviam comigo, na minha infância, ao redor da humilde casa dos meus amados Pais. Sou tão apaixonado por estes animaizinhos q. às vzs chego a conversar com alguns deles por longos minutos e tenho quase a certeza de que eles me entendem, tvz eu é que não tenho a capacidade de entendê-los bem. Já, há bastante tempo, mais de trinta anos, em que um casal de CT, que me deram belos filhotes(a sua maioria foi solto perto de minha casa por não haver como criar tantos ao mesmo tempo) ficaram doentes e começaram a embolar(ficar gordinhos).

Estranhamente qdo eu estava longe da gaiola, eles ficavam perto do ninho e quase encostados na parede e, qdo me aproximava da gaiola, os dois vinham para o poleiro q. ficava perto da porta de correr vertical q. dava para o corredor lateral da casa. Custei a perceber – como disse, entendê-los é bem mais difícil – q. o pedido de ajuda estava sendo enviado a mim e isto me fez, imediatamente, procurar um amigo criador e vendedor no Mercado Central, para q. me indicasse um remédio para curar meu casal de CT. Neosulmetina ou outro composto de Neomicina qualquer, foi o responsável pela cura infelizmente de apenas um deles, a fêmea. Foi o primeiro, de tantos q. eu tive, q. veio a adoecer e morrer. Desta época para cá, minha infância e pré-adolescência, nunca mais fiquei sem um passarinho perto de mim, qdo houve época em que eu não os tinha, o meu prazer era chegar ao Mercado Central e passar longo tempo, nas bancas do Orlando(Landinho foi quem me socorreu) e na loja Alvorada dos Pássaros admirando toda aquela variedade de aves como existem lá até hoje. Hoje ainda vou lá com meus filhos assiduamente.

Agora, já quase com meus 55 anos, estou a criar o que eu sempre quis e tinha medo em criá-los, pela complexidade, fragilidade e alto custo em sua manutenção, esses maravilhosos cantadores e amigos “Curiós”.

De lá pra cá, montei família, fiz as minhas crias, hoje com 21 e 18 anos e sempre mostrei a eles esta minha paixão, como mostrei tb as suas obrigações e direitos sociais, morais e como deveriam se portar como pessoas de caráter, cidadãos.

Pois bem, hoje estou aqui defronte a este maravilhoso site, simples, tvz o mais simples q. já tenha visto em meus tantos anos de profissão como analista de sistemas, mas com uma penetração para a categoria das mais fantásticas q. se pode imaginar (Parabéns Dr. Aloísio, acho q. o sr. nunca pensou q. um simples endereço na WEB fosse de tão grande relevância para uma comunidade, como este está sendo. No transcurso de tudo isto o sr. é o maior vitorioso de todos). Aqui, fala-se, comunicam-se pessoas de todas as raças, não interessa quem são, se tem dinheiro ou não, se são cristãos ou não, o que interessa é que todos ou quase todos tem algo em comum: o AMOR a estas avizinhas e, criando-as e havendo a proteção da Lei Democrática, sabemos q. nunca ficaremos sem elas ao nosso lado, caso contrário, sem elas, com certeza morreríamos de tédio. Por isto, me veio uma indagação, uma reflexão. As leis q. foram feitas para preservar as espécies silvestres, faunas etc, não foram feitas para elas, foram feitas para nós, a raça a ser preservada somos nós, os seres humanos. Assim, é agora a minha ótica: devo a minha vida a elas, meus amados Curiós. Portanto a lei foi para mim e não para elas, óbvio, né?

E dentro desta paixão toda, dentro de todos os ensinamentos q. passei aos meus filhos, não posso conceber, aceitar q. ao ler neste site existem pessoas procurando outras por terem vendido anilhas e não as entregues(só o IBAMA tem este poder- vender). Outros aqui vêm e confessam q. caíram no mesmo esquema e, quase no mesmo nível, aparecem pessoas de nível superior com a argumentação de q. para coibir fatos ilegais destes elementos e outros mais que chegam ao percentual de 10% apenas (sei q. não deveriam existir nenhum, mais isto seria utópico, como utópico é votar num presidente para este país e achar q. ele vai sanar todas as mazelas que nos afligem com a rapidez de um estalar de dedos), punem toda uma categoria.

Inadmissível existir pessoas q. sabem q. o órgão regulador e fornecedor de anilhas é somente um e não uma pessoa ou um clube e, ainda aqui aparecer pedindo informações sobre ela, quem a viu?, onde está? etc. Como inadmissível tb é alguém se utilizar de uma cadeira e uma caneta e decidir uma questão q. envolve toda uma categoria sem ao menos ouvi-la. Ditadura ou autoritarismo?, ensinei aos meus filhos q. jamais voltariam a existir neste país. Pois esta tão propalada, tão alardeada, Constituição de 1988 me dava esta garantia. Será q. ensinei corretamente?

Bem Sra. Raquel Sabaini, no pouco tempo q. estou, maravilhosamente, apaixonadamente, criando meus pequeninos e amados Curiós, aprendi q. o mesmo tem o temperamento de um Rei e de uma Rainha e que qq. coisa q. os aborreçam, são capazes de eliminar a sua prole (auto-proteção, como o Leão come a sua cria para não exceder o número permitido dentro do grupo) e qq. coisa q. os insatisfação, são capazes de não colocarem nenhum herdeiro no mundo até que tudo esteja do jeito q. eles querem. Neste caso, como podemos nos dar ao luxo de perdermos um ano ou nos afastarmos por um ano de seu convívio e corrermos o risco deles por puro exagero da natureza, decidirem q. só darão crias se for no lugar onde estavam acostumados, no novo lar não. É Dra. Raquel, precisamos de tempo para ensiná-los a procriar em cativeiro, a acasalar, a cruzar etc e tal. Fazermos isto só a partir de dez meses seria uma temeridade, estes bichinhos poderiam nos punir e nunca mais reproduzir, pois o aprender tarde poderá ser uma castração na futura procriação destes bichinhos.

Depois q. aprendem não há problema algum mais, podem mudar de lar(desde q. continuem bem tratados), de cidade e, até habitar nos frios europeus já sabem. Mas aprender tardiamente, ensiná-los tardiamente, poderá ceifar a vida de vários da espécie.

São Verdadeiros Reis, e são “Irracionais”, imagine se fossem Racionais, o mundo seria bem justo, sem malfeitores, sem maus caráter e tb sem a necessidade de órgãos para a preservação das espécies.

Utopia, pura e maravilhosa.

Dra Raquel, não seria bem mais fácil pegar a relação destes q. infringiram a lei, que vcs têm em mãos, pegar tb os confessos e expurgá-los do nosso convívio ou tvz reeducá-los para q. possam exercer esta atividade saudavelmente? Olha!, não me diga q. não é possível reeducá-los, pois volta e meia estamos vendo na televisão q. o governo está gastando não sei qto com prisioneiros q. foram considerados de grande periculosidade por terem praticado crimes do mais variados possíveis, em reintegrá-los à sociedade? Ora, Sra. Raquel, acho q. esta atitude do IBAMA de cortar o “Direito” de todos é uma atitude extremamente anti-democrática, uma atitude altruísta, principalmente, como já disse antes, ter o órgão a facilidade de tomar atitudes severas, educativas e corretivas por já saber quem são os infratores.

Não somos um monte de cabeças de Bois, não somos gado, para vir alguém para simplesmente no intuito ou na prerrogativa em acabar com uma infração de poucos, pouquíssimos mesmos e, aniquilar a todos, como se estivéssemos com a febre aftosa.

Acho q. se a gripe aviária(se é aviária o IBAMA tem o poder) passar a ser transmitida de homem-a-homem quem será q. vai decidir pela nossa sobrevivência, os médicos dos animais ou os médicos dos homens? Se forem os médicos dos animais, então já sabemos o que acontecerá.

Por outro lado, gostaria de parabenizar e agradecer a existência daqueles que fazem de nossa atividade, criar passeriformes, e, daqueles q. se utilizam de ferramentas e elaboram leis com o único intuito de preservar as espécies silvestres e educar os semelhantes no sentido de se portarem como cidadãos como premissa básica e não a de punir em primeira instância, q. continuem com os seus trabalhos e contem, peçam a ajuda do Senhor para iluminá-los em suas decisões e caminhos.

Atenciosamente.

José Maurício Machado de Carvalho

Escrito por José Maurício Machado de Carvalho, em 13/4/2006

Escherichia coli

Pesquisa investiva em granjas

Pesquisa investiga

bactéria de granjas

Escherichia coli provoca várias doenças e sua incidência é grande na produção de frangos e galinhas

RAQUEL DO CARMO SANTOS

 

A Escherichia coli é a bactéria responsável pela colibacilose aviária, uma das principais doenças da avicultura industrial moderna e que causa grandes prejuízos econômicos. A incidência estimada desta doença está em torno de 5% a 10% na produção de frangos e galinhas. Como é uma bactéria com diversas linhagens patogênicas e diferentes mecanismos de patogenicidade, podendo inclusive atingir o homem e outros mamíferos, seu estudo torna-se complexo. As pesquisas envolvendo essas linhagens para seres humanos começaram a ser elucidadas na década de 1970. Em aves, no entanto, os estudos são bastante recentes. Uma linha de pesquisa do Instituto de Biologia, coordenada pelo professor Wanderley Dias da Silveira, do Departamento de Microbiologia e Imunologia, tem se dedicado ao estudo desta bactéria com a finalidade de se entender melhor seus mecanismos de ação, com o posterior objetivo de desenvolver uma vacina capaz de controlar sua proliferação nas aves e, assim, diminuir os prejuízos que causam à indústria aviária.

Entre as moléstias mais freqüentes provocadas pelas linhagens de Escherichia Coli, Silveira e um grupo de estudantes de pós-graduação estão pesquisando especificamente aquelas que causam a onfalite, a síndrome da cabeça inchada e a coliseptcemia. A onfalite ataca o embrião e produz uma inflamação no cordão umbilical. As linhagens que causam a síndrome da cabeça inchada produzem em aves adultas uma inflamação nos ossos da face superior, com conseqüentes repercussões no sistema neurológico. Outra enfermidade, desta vez presente em qualquer estágio de crescimento do frango é a colisepticemia, que provoca infecção generalizada. Embora alguns destes tipos de doença muitas vezes não provoquem a morte das aves, elas se tornam inapropriadas para o abate e comercialização.

Por enquanto, o tratamento com antibióticos e quimioterápicos é uma das formas de diminuir o impacto destas doenças. Muitas das linhagens, no entanto, têm se mostrado altamente resistentes às drogas utilizadas, explica Tatiana Amabile de Campos, autora da dissertação de mestrado “Estrutura clonal e fatores de colonização de linhagens de Escherichia coli de origem aviária”, apresentada no IB.

O objetivo de Tatiana em seu estudo foi realizar um estudo comparativo com outras linhagens. Foi realizado um teste de adesão em traquéia. “A bactéria entra pelas vias aéreas superiores e adere ao tecido epitelial da traquéia antes de penetrar na corrente sangüínea”.

A farmacêutica Eliana Guedes Stehling também faz parte do grupo de pesquisa da Escherichia coli. Sua contribuição está em identificar outros fatores de adesão em diferentes tipos de células e as possibilidades de invasão do tecido. Eliana, por enquanto, se dedica à parte experimental de seu trabalho de doutorado que deverá estar pronto em seis meses. Gerson Nakazato é veterinário e pretende analisar os genes plasmidiais relacionados à patogenicidade da bactéria nos casos da síndrome da cabeça inchada. Seus estudos ainda são iniciais. Não se pode comprovar cientificamente ainda, mas a expectativa do veterinário é encontrar fatores de virulência da bactéria.

De acordo com Silveira, orientador de todos os trabalhos citados, pretende-se chegar à caracterização da maioria dos possíveis genes relacionados à patogenicidade destas linhagens bacterianas a partir das pesquisas envolvendo as moléculas de DNA, conhecidas como plasmídios. Para os experimentos financiados pela Fapesp, a equipe está utilizando uma coleção de bactérias, todas originárias de galinhas, isoladas e doadas por várias pessoas.

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Escrito por Raquel do Carmo Santos, em 11/4/2006