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ATA COBRAP – São José Rio Preto (SP) – 17.05.03

ATA DA CONVENÇÃO ALTA MOGIANA/GOIANO

Aos dezessete dias do mês de maio de dois mil e três, com início às 14:45 horas, foi realizada na cidade de São José do Rio Preto – SP, no Salão de Convenções do Ipê Park Hotel, a Convenção de Canto de Bicudo Alta Mogiana/Goiano. O Senhor Noadyr Severiano, Presidente da Sociedade Ornitológica de São José do Rio Preto, abriu a sessão agradecendo a presença de aproximadamente 150 (cento e cinqüenta) pessoas, com representantes da Guiana Francesa, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais.

Para compor a mesa foram convidados os senhores Aloísio Pacini Tostes – Presidente da COBRAP, Noadyr Severiano de São José do Rio Preto Presidente da SOSJ, Milton Nacagami de Araçatuba, Paulo Roberto Milian e José Carlos Gradela de São José do Rio Preto, Manoel De Camargo de Mogi das Cruzes, José Geraldo Amadeu, Marcelo Curi de Araçatuba e eu, Wellington Jesuíno de Brasília para secretariar a convenção, todos à exceção de Sr. Noadyr dirigentes da COBRAP.

Em seguida foi lido o e-mail do Sr. Ferdinando (1º Diretor de Canto da COBRAP) explicando a sua ausência em função da sua profissão de médico, e que para acompanhar a saúde de uma vida humana não pôde comparecer, o que foi entendido e louvado por todos.

Preliminarmente, foi exposta, fora da pauta, antes de se iniciar propriamente a Convenção, pelo Sr. Gradela e pelo Sr. Milton a idéia de criação do Clube do Bicudo, que visaria fortalecer e unificar a classe criadora deste pássaro em âmbito nacional, em seguida o Sr Aloísio apresentou o Sr. José Carlos Gradela como candidato a Presidente abrindo a possibilidade de outras candidaturas, o que não houve, sendo o mesmo aclamado por unanimidade como Presidente, que apresentou a sua diretoria, também aclamada por unanimidade pelos presentes.

Tomou a palavra o Sr. Paulo Milian narrando um fato ocorrido quando da impossibilidade do Olívio Nishiura proferir um curso sobre canto de curió em Mato Grosso, pedindo que ele o substituísse, o pedido foi aceito com certa reserva, pois o Sr. Paulo Milian não se sentia seguro para realizar o curso, após a realização da palestra ele foi procurado por inúmeras pessoas que lhe disseram que a partir daquele momento aprenderam muito, neste momento o Sr. Paulo Milian fica emocionado, deixando correr as lágrimas, e disse que é isto que a nossa categoria necessita, união de todos para nos fortalecer e que este é o propósito do Clube do Bicudo e da COBRAP.

Tomou a palavra o Sr. Aloísio que agradeceu a presença do amigo Eric da Guiana Francesa, Romualdo Picinini e destaca o Sr José Kovacevich, o Arfão de Barretos, um dos realizadores do primeiro torneio de bicudos do Brasil em 1955, em seguida se emocionou e chorou ao falar do Sr. Aldo Jesuíno, companheiro bicudeiro desde a década de 60, meu pai que está acamado vítima de derrame cerebral e sem possibilidade de recuperação, narrou que precisamos resgatar a união e força que existiu há alguns anos atrás.

Em seguida o Sr. Wlade do Paraná, em nome de algumas outras pessoas presentes, pede que o Sr. Aloísio explique e se defenda das acusações feitas pela FEBRAPS, acusando-o de ser responsável pelo endurecimento do IBAMA com essa legislação atual para os passarinheiros e problemas com distribuição anilhas e regulamentação de pássaros; o Sr. Aloísio, estranhando a colocação pelo total descabido do conteúdo da pergunta que representa a artimanha de se tentar jogar a sua própria culpa nos outros, apresenta os fatos de direito que ocorreram, desde 1988: onde o IBDF e o Poder Público confiou em nossa seriedade para a distribuição de anilhas e de todo o funcionamento do segmento ornitofílico, em muitos casos a organização funcionou temos hoje muito que nos orgulhar da criação; todavia a liberalidade com que se desenvolveu na questão anilhas e “legalização” dos pássaros , iniciou-se com uma terrível questão judicial em Santa Catarina envolvendo a FENAP; depois na Bahia, envolvendo a FEBRAPS; o tráfico na região norte do Brasil onde marginais traziam sistematicamente centenas de curiós “filhotes anilhados” e foram surpreendidos pela fiscalização; a FEBRAPS afirmou na Revista Cães e Cia que distribuiu 230 mil anilhas no ano de 1998, fato confirmado em entrevista do próprio Presidente; e, para completar aquela reportagem do Tim Lopes no Rio de Janeiro onde surpreenderam pássaros sendo anilhados na sede da entidade, e a confecção de anilhas 2002 à revelia e como desafio ao IBAMA, se lutar pela sobrevivência da classe pregando sempre a transparência e a seriedade seria prejuízo para o passarinheiros, não é nem preciso dizer mais nada; Depois, então, de tudo isso explicado não resta dúvidas de quem é culpa de tudo que aconteceu, todos os presentes que não tiveram nada a opor à explanação do Sr. Aloísio, já que os fatos foram e podem a qualquer momento ser comprovados.

Deu-se, então, o início da apresentação desenvolvida pelo corpo de diretores e consultores da COBRAP, que teve a frente dos trabalhos o Sr. Ferdinando. O Sr. Aloísio explicou que a apresentação seria feita pelo Sr. Manoel de Camargo, que acompanhou de “longe” o trabalho, mas que se esforçaria ao máximo na apresentação e o ajudaria no que fosse necessário. Tomou então a palavra o Sr. Manoel De Camargo e iniciou a apresentação mostrando os objetivos da mesma, que são: – Extrair a subjetividade; – Valorizar a padronização do canto; – Facilitar o julgamento dos juízes; – Estabelecer critérios objetivos para o julgamento; – Considerar o desempenho/apresentação; – Incrementar a criação doméstica de bicudos; – Estabelecimento de cursos para juízes; – Criação da Escola Nacional de Árbitros em Ornitofilia – ESNAO. Em seguida foram passados alguns cantos de bicudos no intuito de mostrar aos presentes com detalhes as notas que o núcleo do canto Alta Mogiana e Goiano eram exatamente o mesmo, o que foi entendido e compreendido por todos.

Abriu-se a discussão sobre as diferenças, o Sr. Paulo Milian coloca que a diferença era que o Goiano tem obrigatoriedade de ter alteada e não teria risada/gargalhada e que o Alta Mogiana tem obrigatoriedade de ter risada/gargalhada e não ter a alteada, e que os presentes é que iriam decidir o regulamento para os torneios da COBRAP, diferente da FEBRAPS onde o regulamento foi imposto pelo Diretor de Canto porque ele queria assim, sem explicar o motivo. A Sra. Marizilda de Dracena, pediu a palavra e ponderou que apesar do pouco tempo na criação de bicudos, disse que o pássaro que tiver mais notas no canto será o mais valorizado, sendo ideal que o pássaro possua um maior número de notas, pois é isso que procuramos “o melhor”.

Após o debate entre os presentes foi decido em consenso que a risada/gargalhada faz parte dos dois cantos, mas não é obrigatória, não sendo considerada falta/penalidade o bicudo que não a emitir, mas será considerada virtude aquele que a emitir, aumentando assim a nota de julgamento.

O Sr. Stenio, pediu a palavra para pedir uma explanação do Sr. Aloísio sobre um problema que aconteceu na reunião da FEBRAPS em que o diretor de canto disse que o canto flauta não tem risada/gargalhada, o que foi explicado que a mesma é natural do canto e que é uma absurdo dizer-se isto; foram demonstrados com alguns exemplos de canto de pássaros da década de 60 e 70 que a emitiam e chamou o Sr. Arfão como testemunha, que confirmou que o canto flauta tem a risada/gargalhada, o Sr. Aloísio explicou que estão esquecendo a história, o passado para beneficiar alguns pássaros ou inventando-se regras confusas e que não se fundamentam na verdade e na história.

Depois de outro questionamento do Sr. Stenio, o Sr. Aloísio mostrou e provou através de sonograma que o canto do bicudo Fiote, canta igual aos bicudos Dois de Ouro e Barrica, engolindo a nota da batida e risada a cada 2 cantos, ou seja Alta Mogiana sem alteada, com 13 notas no módulo de repetição e que portanto, não possui 30 (trinta ) notas em um canto só, seríam três cantos para formar 30 notas, e que o Fiote também dá o TAL, o que foi entendido por todos; outra questão perguntada sobre a risada, ficou provado ainda através do sonograma que o Fioti emite a risada na entrada de canto e que ela cantada no final do canto é edição de disco ou quando o bicudo interrompe o canto abruptamente, ficando muito bem entendidas todas as repostas às perguntas do Sr. Stenio.

Passou-se então a votação de alguns pontos polêmicos: – 1º) a nota TAU ou TAL– ficou convencionado, por unanimidade de votação dos presentes que é uma nota do canto e que não é defeito o bicudo emiti-la e nem será falta/penalidade o pássaro não emitir; – 2º) Nomenclatura da modalidade – duas propostas foram apresentadas: Clássico, que seria o canto sem alteada e Super-Clássico, que seria o canto com alteada e, a segunda que seria Alta Mogiana os sem alteada e Goiano os com alteada, por maioria venceu a segunda proposta; as notas básicas do Alta Mogiana: (entrada): si-suim – tche-k-ti – gã – tiá – tió – toiu – tiua – tal (opcional) – ti-tu-ti – (módulo repetição): kem-kem – tche-k-ti – gã – tia – tió – toi – tuuá – tal (opcional) – ti-tu-ti>>>>>; Goiano (entrada): si-suim – tche-k-ti – gã-kem – tim-tim – to-k-tó – tia – tió – toi – tiua – tal (opcional) ti-tu-ti – (módolo de repetição): kem-kem – tche-k-ti – gã-kem – tim-tim – to-k-tó – tia – tió – toi – tiua – tal (opcional) ti-tu-ti – ; sendo que a gargalhada de entrada também é opcional, sendo enriquecedor para aquele bicudo que a emitir.

– 3º) O julgamento das duas modalidades será feito na mesma estaca pelo mesmo juiz, porém se houver disponibilidade de estaca e juiz, o julgamento poderá ser separado; – 4º) O expositor é quem definirá em qual categoria o pássaro irá concorrer, a proposta foi aprovada pela maioria; – 5º) O juiz instruirá o expositor que inscreveu seu pássaro em modalidade não compatível a mudá-lo de categoria avisando a platéia, o que foi aprovado por unanimidade; – 6º) Foi aprovada , por unanimidade, a planilha de julgamento apresentada e aprovada e que será mostrada em separado, e que a mesma será preenchida em duas vias, ficando a segunda via com o proprietário, após o término do julgamento; – 7º) Aprovada por unanimidade que o pássaro que emitir duas cantadas com 5 (cinco) ou mais cantos ou uma cantada com 10 (dez) ou mais cantos será enquadrado na categoria com repetição; – 8º) Foi rejeitada pela maioria a proposta de desclassificar o pássaro que não emita pelo menos um canto nos 3 (três) minutos iniciais, devendo permanecer na estaca durante os 5 (cinco) minutos; – 9º) Foi aprovada pela maioria que o horário de início do torneio de cantoria será 08:30 horas de domingo.

A seguir o Sr. Aloísio, explicou que com base em tudo que foi discutido e aprovado será elaborado um respectivo regulamento, o mais breve possível, convidou os presentes a participarem da COBRAP, que está aberta a todos que queiram contribuir com a classe de criadores de pássaros nativos. Divulgou o endereço da página da COBRAP www.cobrap.org.br na internet para que todos acessem e façam suas contribuições. Agradeceu a numerosa participação de aficionados presentes que convencionaram os parâmetros que serão adotados nos torneios da COBRAP. Eu, Wellington Jesuíno secretariei a convenção e firmo como os demais presentes.

Escrito por Wellington Jesuino, em 2/9/2003

ATA COBRAP – Porto Alegre – 07.12.02

ATA Nº 001 REUNIÃO DOS INTEGRANTES DA COBRAP- REGIÃO SUL – Rio Grande do Sul e Santa Catarina

Aos sete dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dois, na sede do clube Gaúcho dos Criadores de Bicudos e Curiós do Rio Grande do Sul, sito na Avenida Nonoai nº 101- Bairro Nonoai, na cidade de Porto Alegre / RS, reuniram-se para tratar de assuntos do interesse da COBRAP os seguintes membros: Sr. Eduardo Trigo Alvares Dornelles conselho fiscal, Sr. José Avelino Pupe da Rocha, conselho deliberativo, Sr. Fábio José F. P. de Souza Junior diretor técnico, Sr. Nicolau Antônio Meuer Marques diretor técnico, Sr. Procópio José Lumertz diretor técnico, Sr. Dirço do Amaral suplente conselho fiscal, e Sr. Daniel Ramatis dos Santos diretor técnico. Sob a coordenação do Sr. Eduardo Trigo A. Dornelles representando e por solicitação do Sr presidente da COBRAP, Sr. Aloísio Pacini Tostes, iniciou-se a reunião com a exposição preliminar da saudação que o nosso presidente da externava a todos, bem assim dos motivos relevantes e imperiosos que impediram a sua participação em nossa reunião. Ato contínuo foi lida uma mensagem em que solicitava ao Sr. Eduardo Trigo A. Dornelles que expusesse aos membros presentes os resultados obtidos na reunião efetivada em Brasília no dia 11 de outubro de 2002, junto a Diretoria de Fauna do IBAMA, quando foram recebidos pelos Srs. Fernando Dal’lava assessor, Maria Iolita Bambi coordenadora e Dr. Anchieta, Diretor de Fauna do IBAMA, reunião que foi tida como imprenscindível aos interesses comuns. Foi uma reunião esclarecedora, transparente e profícua. Ainda pelo coordenador foi noticiado que no dia 12 de outubro na capital do país fundava-se a Confederação Brasileira dos Criadores de Pássaros Nativos, um sonho antigo que se tornou realidade concomitantemente com a regulamentação do Estatuto da COBRAP. Vencidos estes assuntos foi relatado os resultados da 1º reunião efetivada em Ribeirão Preto no dia 15 de novembro de 2002, no salão de convenções do Hotel Prince, quando tivemos uma participação significativa de representantes dos diversos Estados do Brasil, quando foi tornado público a nominata dos membros do corpo diretivo e consultivo, bem assim do conselho fiscal, escolha que obedeceu critérios de capacidade cognitiva, experiência, relevância de serviços prestados, capacidade técnico-profissional, condicionado a aceitação do escolhido em desempenhar as funções.Atendendo solicitação do nosso presidente Aloísio Pacini Tostes, foi falado sobre a filosofia da entidade, dos estatutos e dos planos futuros. Ratificou-se os nossos valores em cima do lema, Paz União e Seriedade e que nossa filosofia deveria obedecer fielmente esses valores básicos. Feita esta exposição os membros Sr. Fábio José F. P. de Souza Junior e o Sr. Procópio José Lumertz, ratificaram o interesse em cooperar com realização das metas futuras da COBRAP. E como nada mais foi tratado deu-se por encerrada a presente reunião do que para constar lavrou-se a presente Ata.

Escrito por Daniel Ramatis, em 2/9/2003